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Escândalo de suborno a juízes estoura na ginástica rítmica israelense

Equipe israelense de ginástica rítmica, com agasalhos brancos, sobem ao pódio com a medalha de ouro do Campeonato Europeu e acena para o público
Time israelense campeão do Campeonato Europeu em 2020 (Foto: Efrem Lukatsky/AP)


Uma investigação publicada pelo Canal 13 e o jornal Haaretz nesta semana, revelou um escândalo de suborno na ginástica rítmica, envolvendo familiares de ginastas israelenses e juízes de competições internacionais pegou com tudo a modalidade responsável por um ouro para o país em Tóquio-2020.

A modalidade vem crescendo no país, com a atleta Linoy Ashram sendo campeã mundial e atual campeã olímpica. O país foi o primeiro fora do leste europeu a conquistar um ouro na modalidade em Jogos Olímpicos.

Ayelet Dayan-Levitt, mãe da ginasta Ofir Dayan, campeã europeia por equipes em 2020, denunciou que Icha Kramer, ex-membro do Conselho da Federação de Ginástica de Israel, disse: "Não basta ser o melhor, é necessário muito dinheiro e conexões". Dayan ainda contou que um juiz assegurou a ela que a presença do time israelense na final em Pequim-2008, foi em troca de joias no valor de US$ 16.500.

O Canal 13 mostrou uma gravação de Kramer contando que um jurado aceitou suborno de US$ 40.000 e ajudou que a equipe se classificasse para aquelas Olimpíadas. 

Texto em hebraico, alihado a direita, com Kramer contando sobre o suborno para os Jogos de Pequim-2008
Em áudio, Kramer contou sobre os subornos (Foto: Reprodução/ Canal 13)

Em Pequim, ela (a treinadora) levou 40 mil dólares e isso ajudou muito a equipe a chegar nas Olimpíadas, contou Kramer.

Dayan falou que teve contato pela primeira vez com o esquema em 2015, antes do Europeu Júnior de 2015, quando o treinador pediu para os responsáveis pelas atletas juntarem dinheiro para presentes e disse: "Se não dermos presentes aos juízes, não temos nada para competir".

Segundo ela, se esperava ver qual jurado pegava a posição mais influente e ele que iria receber uma sacola com presentes caros.

A Federação de Ginástica de Israel negou as acusações e está processando Ayelet Dayan em ILS 800.000, o equivalente a US$ 220.250 e afirmou em nota: "Infelizmente, uma senhora descontente difama a associação de ginástica, que é conduzida de maneira exemplar (...) traz honra e prestígio, com razão, ao esporte israelense".

A FIG (Federação Internacional de Ginástica não se pronunciou sobre o assunto. 

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