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CBV/Divulgação |
A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) respondeu no fim da tarde desta terça (02), o Conselho de Ética do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) após ser suspensa por seis meses e perder repasses financeiros após Wallace, suspenso pelo COB, jogar a final da Superliga masculina. Na nota, a confederação chama a decisão absurda e afirma que isso vai prejudicar a preparação para os Jogos de Paris-2024.
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A entidade falou que recebeu com perplexidade a notícia de sua suspensão e a vê como "totalmente desproporcional e pouco razoável". Ela ainda fala que o COB deveria considerar o parecer dado pelo CBMA (Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem), liberando Wallace para jogar a final, após ele ser liberado pelo STJD.
Em resposta, ela irá atrás de medidas judiciais cabíveis para que, segundo ela, seus direitos estejam garantidos diante da ameaça à participação de equipes na quadra e na praia e do desenvolvimento do vôlei como esporte e instrumento social.
Com repasse de recursos bloqueados, a CBV afirma que esta medida irá impedir a participação das equipes brasileiras nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, nos Mundiais de base e em etapas do Circuito Mundial de vôlei de praia.
Ao final, a confederação diz que repudia violência e a sua incitação, que são incompatíveis com os valores de respeito e igualdade que norteiam o esporte.
Confira a nota na íntegra:
A CBV recebeu com perplexidade a decisão do Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (CECOB), que suspende por seis meses a filiação da entidade ao Comitê Olímpico do Brasil (COB). A decisão chega ao absurdo de determinar a suspensão do repasse de recursos do COB à CBV e recomendar que entidades públicas ou privadas retirem seus patrocínios e apoios.
Na decisão, totalmente desproporcional e pouco razoável pela total ausência de responsabilidade da CBV no ato que desencadeou o processo, o CECOB não observa as regras do próprio estatuto do COB, ao não considerar a decisão do Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), instância arbitral eleita pelo COB conforme ata de seu Conselho de Administração. Na decisão divulgada nesta terça-feira, o CECOB se contradiz ao pedir o descredenciamento do CBMA como instância arbitral, admitindo que hoje o órgão é competente para atuar nestes casos. Importante destacar que nem ao menos o sigilo do processo ético foi respeitado, uma vez que a imprensa tomou conhecimento da decisão antes mesmo de qualquer comunicado oficial à CBV.
Assim, a CBV se vê obrigada a tomar todas as medidas jurídicas cabíveis para garantir seus direitos, diante da ameaça à participação das equipes de quadra e de praia em importantes competições internacionais, e do risco aos patrocínios e parcerias que dão tranquilidade para o crescimento profissional de jogadores, para a realização de eventos de quadra e de praia, e para o desenvolvimento do voleibol como esporte e como instrumento social.
A CBV reitera que está muito segura das ações que tomou neste caso, todas elas respeitando a legislação e as normas que se aplicavam. Desde o início, a CBV buscou resguardar o voleibol, a Superliga, clubes, jogadores, patrocinadores e torcedores, mesmo sem ter relação direta ou responsabilidade sobre qualquer fato que gerou este cenário. E entende que toda esta comunidade do voleibol não deve ser prejudicada por atos praticados por terceiros ou decisões que extrapolam os limites estabelecidos na legislação.
A decisão do CECOB prejudica gravemente a preparação do vôlei brasileiro para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, e impede a participação das equipes nos Jogos Pan-Americanos, nos Mundiais de base e nas etapas do Circuito Mundial de vôlei de praia. Apesar disso, a CBV garante que empenhará todo o seu esforço e seus recursos para manter a preparação dos atletas, de quadra e de praia, para estas importantes competições. E espera que o COB respeite seu estatuto e a legislação vigente, e não tome qualquer medida sem que a CBV tenha direito amplo e irrestrito à defesa.
A CBV também reitera que repudia qualquer tipo de violência ou incitação a atos violentos, incompatíveis com os valores de respeito e igualdade que norteiam o esporte.
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