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Judoca Rafael Silva anuncia que Paris 2024 será sua última olimpíada

Judoca Rafael Silva comemora vitória
Foto: arquivo COB

 

O judoca Rafael Silva, carinhosamente chamado de Baby, anunciou que os Jogos Olímpicos de Paris, no ano que vem, será a sua última olimpíada. Depois de conquistar sua sexta medalha em Mundiais de judô, aos 36 anos, ele se tornou o mais velho medalhista da história da competição e se diz motivado para buscar também a terceira medalha olímpica.

 

Com a medalha de bronze da categoria +100kg conquistada em Doha, no último sábado, o brasileiro que já havia pensado em se aposentar do dojô depois das Olimpíadas de Tóquio renovou seus ânimos e mesmo depois de dois bronzes olímpicos, ele garante que chegará forte a Paris 2024, quando vai fazer sua despedida olímpica.

 

“Essa medalha no Mundial é algo que realmente coroa essa decisão (de continuar depois de Tóquio). O que me motiva é que ainda consigo melhorar nos treinos, ainda estou melhorando aspectos técnicos.  A sensação de conseguir ir ao bloco final, conseguir ter aquele frio na barriga da disputa por medalha... Me alimento muito desses momentos. Olimpíadas são um momento em que essa energia é dobrada. Vale a pena continuar treinando e sonhando. Falta um ano e pouquinho só. Vou me preparar bastante para essa última dança”, disse Baby em entrevista coletiva no Clube Pinheiros.

 

Rafael Silva foi bronze nas Olimpíadas de Londres 2012 e Rio 2016. Em Tóquio, pela primeira vez ficou fora do pódio olímpico depois de perder as quartas de final para o vice-campeão Guram Tushishvili, da Geórgia, e cair na repescagem diante do francês Teddy Riner, dono de cinco medalhas olímpicas e 14 em Mundiais.

 

O resultado em Tóquio refletiu os tempos difíceis de recuperação de lesão antes dos Jogos. Algo que fez Baby pensar na aposentadoria. “Quando voltei de Tóquio, eu não tinha experimentado voltar de Olimpíadas sem medalha. Foi bastante amargo, porque o processo da disputa pela vaga foi bastante difícil. Você começa a se questionar se ainda vale a pena treinar, se ainda vale a pena passar por tudo isso para chegar lá no final e as coisas não darem tão certo quanto a gente imagina. Pensei muito nisso”.

 

Baby revela que conversou bastante com sua esposa e com Leandro Guilheiro (treinador e medalhista olímpico) e eles o apoiaram nessa questão, garantindo que apoiariam qualquer que fosse a decisão do judoca. “Eu me mantive treinando durante esse tempo. As coisas foram melhorando. Teve uma competição em Israel, fui bem e depois dessa competição me motivei bastante a continuar sonhando em ir às Olimpíadas”, disse o medalhista olímpico.

 

No momento, o foco de Baby é buscar uma terceira medalha olímpica em Paris, mas aos poucos vai traçando uma transição de carreira. Já faz um curso de gestão e pretende seguir no esporte.

 

“Tenho me preparado para continuar no campo do esporte, continuar trabalhando com judô. Penso em fazer transição para esse lado, em contribuir de outras maneiras para continuar ajudando o judô brasileiro. Tenho essa caminhada de um ano e pouco (até Paris). Vou me esforçar ao máximo para chegar lá, ter minha classificação muito boa e chegar lá com reais chances de medalhas”, finalizou Baby.


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