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Renan Galina quebra recorde sul-americano e brasileiro nos 100m do Sul-Americano de Atletismo sub-20

Renan ao lado de Sandra Regina
Foto: Divulgação/CBAt


O paranaense Renan Gallina cumpriu a promessa feita antes da viagem e fez ótimas provas dos 100 m no Campeonato Sul-Americano de Atletismo Sub-20, que começou nesta sexta-feira (19/5) no Estádio El Salitre, em Bogotá, na Colômbia. Depois de correr a semifinal em 10.19 (-0.5), ele venceu a final com o excelente tempo de 10.01 (1.9), quebrando o recorde brasileiro sub-20, que era do Paulo André Camilo (10.18), e conseguindo o segundo melhor tempo da história na América do Sul, atrás somente dos 10.00 de Robson Caetano, alcançados em 1988 na Cidade do México.

A marca também é recorde sul-americano sub-20 - a anterior era o 10.18 de Paulo André - e Renan igualou o recorde sul-americano sub-23 para os 100 m, de Erik Cardoso (10.01).

A competição está sendo transmitida ao vivo pela TV Atletismo Brasil, por meio do YouTube da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Com o resultado, o brasileiro de 19 anos conseguiu o melhor tempo do ano no Brasil e na América do Sul e o 10º no Ranking Mundial Adulto de 2023. Quebrou ainda o recorde do torneio, que era de Erik Cardoso desde 2019.

Treinado por Sandra Regina Crul, Renan ficou a um centésimo de segundo do índice exigido pela World Athletics para o Campeonato Mundial de Atletismo de Budapeste, na Hungria, que será disputado de 19 a 27 de agosto. O velocista já está qualificado para a prova dos 200 m do Mundial, com 20.12 (0.8), obtido no ano passado em Cuiabá (MT).

“Estou muito feliz com esse resultado. Estamos focados no sub-10 segundos, tanto eu quanto ele... quase foi. Mas estamos quase lá. Muito obrigada pela torcida de todos”, comentou a treinadora Sandra Regina.

Antes de Renan, que teve uma carreira supervencedora nas categorias de base nos 100 m, 200 m e salto em altura, só o paulista Eric Cardoso havia chegado tão perto do recorde sul-americano. Ele também correu 10.01 em 2021.

O paranaense de Maringá venceu a terceira série da semifinal, com tranquilidade, mas na final teve um adversário de peso. O colombiano Ronal Longa terminou em segundo lugar, com 10.08, numa disputa muito apertada. Ezekiel Newton, da Guiana, ficou em terceiro ugar, com 10.42. A delegação brasileira viveu momentos de expectativa no estádio porque o cronômetro da pista cravou 9.99 na chegada, mas depois o tempo foi corrigido.

Renan ainda disputa nesta sexta o revezamento 4x100 m e depois os 200 m - com semifinal no sábado e final no domingo. "Nos 200 metros a partir de agora eu miro os 19 segundos. Talvez possa aproveitar a altitude de Bogotá para fazer marca", diz Renan Gallina, que começou no atletismo aos 12 anos, por diversão. Foi ao Estádio Willie Davis, em Maringá, correr a 'Tiradentina', quando foi observado e convidado por Sandra Crul para treinar.

O piauiense José Eduardo Mendes conquistou a medalha de ouro nos 110 m com barreiras. Ele venceu a prova com 13.41 (0.0), novo recorde brasileiro e sul-americano da categoria na especialidade. Ele já era recordista brasileiro, com 13.47 (0.6), desde abril de 2023, e agora quebrou a marca do colombiano Juan Carlos Moreno, com 13.42 (0.8), desde 2013.

O Brasil fez dobradinha na prova já que Thiago Resende Ornelas, companheiro de treinamento de José Eduardo, em Taubaté, ficou na segunda colocação, com 13.53. Os dois são orientados por Rodrigo Pereira dos Santos, treinador-chefe da equipe masculina na competição. O venezuelano Egbert Alejandro Espinoven terminou com o bronze, com 14.03.

Nos 100 m com barreiras, a catarinense Lays Cristina Rodrigues também conquistou o ouro, com 13.76 (-0.5), seguida da chilena Chia Lai Ruan, com 13.97, e da argentina Helen Bernard Stilling, com 14.02.

Após as duas primeiras etapas desta sexta-feira, a delegação brasileira soma 23 medalhas, sendo 9 de ouro, 6 de prata e 8 de bronze. A equipe busca manter uma longa hegemonia na competição.

Das medalhas de ouro ganhas para o Brasil na segunda etapa do Sul-Americano destaque também para Matheus de Barros, no salto em distância, com 7.69 m (-1.9) e para Vinícius Moura Galeno, nos 400 m, com 46.32. Ambos fizeram suas melhores marcas pessoais. E também para Renan Galina, que venceu os 100 m pela manhã, em 10.01 (1.9), recorde brasileiro e sul-americano sub-20, e a tarde fechou o revezamento 4x100 m do Brasil, que conquistou a medalha de prata em 39.80, com uma diferença pequena para a Colômbia que levou o ouro com 39.77.

As medalhas do Brasil (*)

Ouro
Alberto Rodrigues dos Santos Filho – arremesso do peso – 17,26 m
Renan Gallina – 100 m – 10.01 (1.9) **
Vinícius Moura Galeno – 400 m – 46.32
Lays Cristina Rodrigues – 100 m com barreiras – 13.76
José Eduardo Mendes da Silva – 110 m com barreiras – 13.41(0.0)**
Matheus de Barros – salto em distância – 7.69 m (-1.9)
Taniele Rodrigues de Jesus – arremesso do peso – 14,46 m
Arthur Monteiro Curvo – lançamento do dardo – 66,03 m
Brasil – Revezamento 4x100 m feminino – 44.81

Prata
Suellen Vitória Silva de Sant'Anna – 100 m – 11.62
Aurélio Miguel Leite – salto com vara – 4,90 m
Camille Cristina de Oliveira – 400 m – 54.08
Elias Oliveira dos Santos – 400 m – 46.64
Thiago Resende Ornellas – 110 m com barreiras – 13.41 (0.0)
Brasil – revezamento 4x100 m masculino – 39.80

Bronze
Vitor Oliveira de Souza – arremesso do peso – 16,33 m
Helena Mees Valério – 1.500 m – 4:46.78
Tainara Mees – 100 m – 11.70
Andreas Lothar Uber Kreiss – salto com vara – 4,80 m
Gabriella Cazoti Barcellos – lançamento do dardo – 40,81 m
Otávio Henrique Vicente – 10.000 m marcha atlética – 48:52.28
Gabriela da Silva Araújo – salto em altura – 1,73 m
Yuri Benites – lançamento do dardo – 59,11 m

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