Foto: Tertius Pickard (AP) |
A seleção brasileira voltou a campo neste sábado e
conheceu sua primeira derrota na Copa do Mundo. O algoz da vez foi o conjunto
francês, que se mostrou mais regular dentro dos 90 minutos e ainda aproveitou
melhor as chances construídas ao longo do tempo. Com o 2x1 a favor das
europeias, o Brasil precisará vencer a Jamaica na última rodada para confirmar
a classificação ao mata-mata.
O primeiro tempo viu uma França melhor, controlando
as ações e sem sofrer muito em seu campo de defesa. O destaque ofensivo da equipe de Hervé Renard foi Eugénie Le Sommer, que obrigaria Lelê a realizar um verdadeiro milagre logo
aos 12 minutos. Após levantamento na área, a atacante cabeceou no cantinho
direito, mas a goleira do Corinthians chegaria a tempo de realizar uma grande defesa.
Cinco minutos mais tarde, porém, viria o gol do 1x0
francês. Após lançamento de Sakina Karchaoui à área a partir do lado esquerdo,
Kadidiatou Diani venceu o primeiro duelo aéreo –disputado contra Tamires – e escorou
para a altura da marca do pênalti. Le Sommer, livre, somente desviou de Lelê
com um toque de cabeça certeiro.
A melhor chance para o Brasil aconteceu poucos
minutos depois, quando Adriana recebeu belo passe de Debinha e, já de dentro da
área e com total liberdade para arrematar, finalizou para fora. A polivalente
brasileira buscaria o ângulo esquerdo de Pauline Peyraud-Magnin, mas a bola
saiu demais da meta francesa.
Ainda que a seleção de Pia Sundhage tenha ajustado os
nervos e conseguisse equilibrar as ações com uma maior calma no momento de
posse de bola, o que se via era um Brasil pouco criativo e que dependia demais
de algum lampejo técnico individual para ameaçar o gol adversário. Ary Borges,
destaque na estreia, faria partida mais discreta. Nessa primeira etapa, quem
mais chamou a atenção foi Kerolin.
O segundo tempo começou mais ou menos da mesma forma,
com o Brasil ainda com dificuldades para finalizar, mas pelo menos não sendo tão
pressionado em seu próprio campo como no princípio da etapa inicial. Sem tanto trabalho técnico no meio campo, as
roubadas de bola no campo de frente eram a principal maneira de se conseguir
algum espaço para explorar as costas das laterais ou das zagueiras francesas.
Aos 12 minutos, viria o empate. Após jogada que
iniciou com Geyse pelo lado direito e logo seria alçada ao setor oposto,
Debinha aproveitou sobra de bola dentro da área e finalizou com extrema
categoria. Esse gol mudaria o panorama da partida, já que o Brasil passou a ter
mais posse de bola no campo de ataque e cresceu principalmente no aspecto da
confiança.
Tanto que o restante do jogo ficou totalmente em
aberto. A equipe de Pia Sundhage teve bons momentos e em determinado instante parecia até mais perto de conseguir uma virada. Entretanto, o gol decisivo sairia mesmo a favor
do conjunto francês. E de uma maneira que parecia cantada, visto que os lances
aéreos envolvendo Wendie Renard são sempre motivo de preocupação.
A zagueira aproveitou escanteio cobrado por Selma
Bacha pelo lado direito e cabeceou bem, cruzado, para o fundo das redes. O gol da história defensora
francesa saiu aos 38 minutos, e obrigou Pia Sundhage a mexer na equipe com
maior foco no setor ofensivo visando um último gás nos momentos finais. Ana
Vitória e Marta saíram do banco, mas o Brasil sentiu demais a nova desvantagem e
praticamente não ameaçou mais a meta de Peyraud-Magnin até o final dos
acréscimos.
A seleção volta a campo na próxima quarta-feira (02) ainda
precisando confirmar a classificação no duelo diante da Jamaica. O confronto
está marcado para acontecer em Melbourne a partir das 7h. No mesmo dia e no
mesmo horário, a França tenta fazer valer seu favoritismo contra a estreante
seleção do Panamá em Sydney para assegurar a liderança desse Grupo G.
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