O sábado foi movimentado nos Grupos F e G. Além da vitória francesa contra o Brasil em Brisbane, tivemos também a Jamaica fazendo história ao conquistar sua primeira vitória numa Copa do Mundo feminina de futebol. Somente o Panamá já está eliminado nessa chave que promete boas emoções em sua rodada decisiva. Cenário semelhante vive o Grupo G, que conta com a Suécia já com liderança praticamente assegurada mas com uma briga ferrenha pelo posto remanescente. Argentina, Itália e África do Sul entram na última rodada com chances de classificação.
Grupo F (2ª
Rodada) – Panamá 0x1 Jamaica
Foto: Goal
A Jamaica segue com o sonho de avançar a uma fase final de Copa do Mundo bastante vivo. Neste sábado, a seleção bateu o Panamá por 1x0 em Perth e chegou aos quatro pontos após o complemento da segunda rodada desse Grupo F. O gol marcado pela zagueira e capitã Allyson Swaby foi histórico também por significar a primeira vitória da história do país em mundiais. Por outro lado, seu vizinho de CONCACAF está matematicamente eliminado.
O Panamá foi a campo disposto a se manter organizado
atrás e buscar contra-ataques. Para isso, a equipe teve Marta Cox, Riley Tanner
e Lineth Cedeño atuando juntas. Elas que são as atletas de maior desequilíbrio
no conjunto panamenho, seja pelo que adicionam com bola no pé ou nas esticadas
em velocidade. Por outro lado, a Jamaica não contou com Khadija Shaw, ausente
por conta da expulsão contra a França na rodada de abertura.
Mesmo sem sua craque, as Reggae Girlz foram melhores na maior parte do primeiro tempo. Drew
Spence e Jody Brown eram aquelas que mais conseguiam vantagem individual, mas
se deparavam constantemente com duas ou três marcadoras pela frente. Na etapa
inicial, o time permitiu somente uma chegada com maior perigo das adversárias,
que ocorreu em chute de Marta Cox já nos últimos minutos após erro na saída de
bola.
A Jamaica foi
mais perigosa, a ponto de transformar Yenith Bailey em uma das principais
figuras da partida. No melhor momento da etapa, a jovem panamenha praticou
linda defesa após chute de Vyan Sampson da entrada da área. A goleira ainda
chamaria a atenção pelo leve toque que desviou a falta cobrada por Drew Spence
por cima da meta nessa que foi a mais bela intervenção de Bailey no confronto.
Ofensivamente falando, foi o Panamá quem voltou
melhor para o segundo tempo. Se não criando chances, pelo menos impedindo o
controle territorial das jamaicanas. O curioso é que foi justamente dentro
desse cenário que as comandadas de Lorne Donaldson abriram o placar. O lance do
1x0 aconteceu aos dez minutos, com a capitã Allyson Swaby cabeceando para as
redes uma cobrança de escanteio executada por Trudi Carter pelo lado esquerdo.
O restante do jogo foi aberto, com ambas as seleções
contando também com o cansaço das linhas de defesa do adversário para levar
perigo. Entretanto, as finalizações e o complemento das tramas seriam um
problema. Os frequentes erros de passe e tomada de decisão acabariam
comprometendo as movimentações. Além de contar com Marta Cox e Riley Tanner
bastante ativas, o Panamá teve em Emily Cedeño um destaque no cenário ofensivo.
Na rodada final, o já eliminado Panamá terá um duro
duelo contra a líder França em Sydney na busca por seu primeiro pontinho em
mundiais ou pelo menos um gol. Enquanto isso, a Jamaica fará o confronto direto
contra o Brasil pela classificação à fase final da Copa. O empate, vale a pena lembrar,
favorece o conjunto caribenho. Ambos os jogos desse Grupo F estão marcados para
acontecer na próxima quarta-feira a partir das 7h.
Grupo G (2ª
Rodada) – Suécia 5x0 Itália
Foto: John Cowpland (AP)
A Suécia segue 100% na Copa do Mundo e garantiu classificação à segunda fase já com uma rodada de antecedência. Isso graças ao 5x0 obtido contra a Itália em Wellington, que serviu também para praticamente garantir a lideranças às europeias por conta da vantagem no saldo de gols. O resultado adverso às italianas, por outro lado, embola a briga pela segunda vaga, visto que África do Sul e também a Argentina têm chances de classificação nessa rodada final.
Mas o começo de jogo não foi fácil para a Suécia. A
Itália foi quem deu as caras no ataque, principalmente pelo seu lado direito.
Lucia Di Guglielmo avançava bem, e esse setor ainda contava com Sofia Cantore.
A meia-direita da Juventus finalizaria duas vezes com perigo. Em uma delas, a
goleira rival não faria firme defesa, e a atleta da Roma chutaria na rede pelo lado
de fora no rebote.
Assim como no duelo de estreia contra a África do
Sul, quem tirou a Suécia do desafogo foram os lances de bola parada. Aos 39
minutos, após alguns momentos de pressão territorial e maiores aparições na
intermediária de ataque, viria o 1x0. Jonna Andersson cobrou escanteio fechado pelo
lado direito e a zagueira Amanda Ilestedt se antecipou às defensoras, tocando
de cabeça para as redes.
A partir daí, a porteira se abriu. Cinco minutos mais
tarde, Jonna Andersson caprichou em mais um lance de escanteio. Dessa vez a
finalização para as redes seria de Fridolina Rolfö, em jogada em que a bola
cruzou a linha e foi cortada pela defensora, não chegando de fato a tocar as
redes. O 3x0 viria ainda na etapa inicial, aos 45’, com Stina Blackstenius
aproveitando cruzamento de Johanna Rytting Kaneryd pelo setor direito e de
carrinho empurrando às redes.
E o segundo tempo iniciou da mesma maneira. Com o
detalhe de que novamente a canhota Jonna Andersson fez a diferença em jogada de
bola parada. E a responsável por aumentar a vantagem foi a zagueira Amanda
Ilestedt, mais uma vez mostrando um posicionamento certeiro para esse tipo de
lance. A zagueira recém-contratada pelo Arsenal chegou ao seu terceiro gol no
mundial, já que havia marcado também no 2x1 contra a África do Sul.
O placar seria fechado aos 50 minutos do segundo tempo,
quando Rebecka Blomqvist fez bela jogada individual para cima da zaga
adversária e finalizou com extrema categoria na saída de Francesca Durante. Ainda
que a técnica italiana tenha realizado mudanças que renovaram o fôlego das
europeias, o grande ponto da etapa final foi a queda de intensidade por parte
das nórdicas, já que a vantagem no placar não exigiria um nível tão alto de
atenção.
A rodada final desse Grupo G acontece na próxima
quarta-feira (02). A já classificada Suécia precisa de apenas um ponto contra a
Argentina em Hamilton para assegurar a primeira colocação da chave. Já a Itália
vai para o tudo ou nada contra a África do Sul em Wellington. O empate favorece
as europeias, que já somam três pontos contra apenas um das africanas. Ambos
esses confrontos acontecem às 4h.
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