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Seleção Brasileira Feminina de Rugby XV viaja à Colômbia por vaga no WXV, a nova liga mundial

Foto: Fotojump





Brasil e Colômbia estão preparadas para duelarem em busca da vaga sul-americana no WXV, a nova liga mundial de rugby XV feminino. As duas seleções duelam em duas partidas, nos dias 5 e 9 de julho, em Medellín, na Colômbia, e quem vencer no agregado garante classificação no WXV3, que será jogado entre os dias 14 e 28 de outubro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Em breve informações sobre as transmissões dos jogos entre Brasil e Colômbia.

Os duelos pelo qualificatório ao WXV serão mais um passo no desenvolvimento da categoria no Brasil. Em 2023, pela primeira vez, as Yaras tiveram um calendário anual com mais de uma partida oficial. Em junho, o Brasil recebeu pela primeira vez um torneio internacional de rugby XV feminino, com São Paulo, Mogi das Cruzes e Cuiabá recebendo as partidas do novo Americas Rugby Trophy, torneio que envolveu Brasil, Colômbia e Estados Unidos – e teve título norte-americano. Além disso, a Confederação Brasileira de Rugby organizou a segunda edição do BR XV, o Campeonato Brasileiro Feminino de Rugby XV, jogado por 9 seleções regionais. A competição teve suas semifinais no último fim de semana e viverá sua grande final no fim do mês de julho.

Com as semifinais do BR XV encerradas, as Yaras estão concentradas em São Paulo, no NAR (Núcleo de Alto Rendimento), para a última série de treinamentos e o time que viajará já foi convocado por AK Southey, treinador sul-africano da Seleção Brasileira Feminina de Rugby XV. O time irá ao país vizinho com 26 jogadoras, que representam nada menos que 12 clubes de simplesmente todas as 5 regiões do país, com jogadoras do Sul, Sudeste Centro-Oeste, Norte e Nordeste envolvidas. Ao todo, são 7 estados e 12 clubes representados.

A base do elenco é aquela que jogou o Americas Rugby Trophy e conta com o Melina, de Cuiabá, como o clube mais representado, com 9 atletas. A capitã é Íris Coluna, do Band Saracens, da capital paulista. As novidades foram 4 atletas vindas da seleção de rugby sevens que acaba de se classificar aos Jogos Olímpicos: a capitã do sevens Marina “Tchoba” Fioravanti, a veterana Luiza Campos (que poderá ser a primeira brasileira com três Olimpíadas), Isadora Lopes e Milena Mariano. Além de Tchoba e Luiza, outras duas atletas no elenco estiveram em Jogos Olímpicos pelo sevens: Edna Santini e Amanda Araújo, o que garante ainda mais experiência internacional ao elenco.

“Para mim, será uma das maiores partidas da história de nosso rugby feminino. Ainda não vencemos a Colômbia, mas chegamos perto de conseguir a vitória durante o Americas Rugby Trophy. Não estamos apenas jogando pelo nosso time, estamos jogando por todas as meninas que jogam rugby no Brasil. Para nós, jogar por elas e ter o apoio de todas é importante. Para todas as atletas, o trabalho nos camps foi muito duro sabemos que temos condições de nos garantirmos no WXV”, comentou o treinador AK Southey.

As Yaras têm até hoje 4 partidas contra as colombianas, com 4 vitórias das adversárias – a última por 18 a 15, em Cuiabá pelo Americas Rugby Trophy no dia 11 de junho. Com isso, a vitória sobre as Tucanas colombianas seria um marco para as Yaras, que ainda subiriam muito no Ranking Mundial, uma vez que o Brasil ocupa o 47º lugar e a Colômbia o 26º. Para o rugby feminino sul-americano, o WXV oferecerá a primeira participação a uma seleção do continente numa competição mundial. Além disso, a América do Sul terá pela primeira vez uma vaga direta na Copa do Mundo Feminina de Rugby XV em 2025.

O que é o WXV?

A nova liga mundial nasceu com o intuito de alavancar o rugby XV feminino internacional. O WXV colocará frente a frente anualmente as grandes seleções do mundo, separadas em 3 divisões de 6 seleções cada, com sistema de promoção e rebaixamento.

O WXV 1 terá as participações das 3 primeiras colocadas do Six Nations europeu – Inglaterra, França e Gales – e das 3 primeiras do Pacific Four, competição que será jogada em julho entre Nova Zelândia, Austrália, Canadá e Estados Unidos. Já o WXV 2 terá a o campeão asiático (Japão), o campeão africano (África do Sul), o campeão das Ilhas do Pacífico (Samoa), o 4º e o 5º melhores da Europa (Escócia e o vencedor do duelo entre Itália e Espanha, que será também em julho) e a 4ª colocada do Pacific Fours.

Por fim, o WXV 3 contará com o vencedor do qualificatório sul-americano (Brasil ou Colômbia), o vice africano (Quênia), o vice asiático (Cazaquistão), o vice das Ilhas do Pacífico (Fiji), o 6º e o 7º da Europa (Irlanda e o perdedor de Itália e Espanha).


Confira as convocadas das Yaras:


Primeira Linha

Carolina “Pala” Palazzini (Band Saracens, SP)

Franciele Barros Martins (Melina, MT)

Júlia Leni (Curitiba, PR)

Patrícia “Pipoca” Lima (Melina, MT)

Taís Gomes (Melina, MT)

Tainá “Tatá” Amorim (Melina, MT)

 

Segunda linha

Ana Carolina Santana (Melina, MT)

Eshyllen Coimbra (El-Shaddai, RJ)

Sofia Marques (Band Saracens, SP)

 

Terceira linha

Dayana Dakar (Niterói, RJ)

Íris Coluna (Band Saracens, SP) (c)

Grasiele “Grasi’ Bomfim (Band Saracens, SP)

Letícia “Lelê” Medeiros (Melina, MT)

Milena Mariano (São José, SP)

Natália Momberg (São José, SP)

 

Scrum-halves

Aline Mayumi (Pasteur, SP)

Luiza Campos (Charrua, RS)

Patrícia Bodeman (Melina, MT)

 

Aberturas

Marina “Tchoba” Fioranvanti (Band Saracens, SP)

 

Centros

Amanda Araújo (Desterro, SC)

Edna Santini (São José, SP)

Paula Sarmento (São José, SP)

 

Pontas/Fullbacks

Ana Júlia Dias (Melina, MT)

Ariely Faria Moreira (Maringá, PR)

Isadora Lopes (Melina, MT)

Lohana Valente (Delta, PI | GRUA, AM)

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