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Brasil joga mal, empata e é eliminado da Copa do Mundo feminina de futebol

Foto: Hamish Blair (AP)

O 0x0 em atuação pouquíssimo inspirada em Melbourne encerrou a participação brasileira na Copa do Mundo. O empate acabou garantindo a Jamaica nas oitavas de final, em feito inédito para o conjunto caribenho logo em sua segunda participação em mundiais. Novamente, o que fez a diferença foi o ótimo desempenho da seleção de Lorne Donaldson no aspecto defensivo.

O Brasil começou a partida com posse de bola e coordenando as ações, ainda que com alguns erros de passe que evidenciavam o nervosismo na busca pelo resultado positivo – o único que interessava para que a seleção se classificasse. Em matéria de escalação, a grande novidade pensada por Pia Sundhage foi a presença de Marta desde o primeiro minuto.

E foi da craque e camisa 10 uma das grandes chances da partida nesse princípio de partida. Aos 10 minutos, Marta recebeu boa bola na área e demorou um pouquinho para finalizar, facilitando o trabalho da linha defensiva jamaicana. O que se viu foi a capitã brasileira tendo grande liberdade de movimentação, sendo praticamente mais uma meio campista.

O que conseguia frear a compacta marcação adversária era uma troca rápida de passes. Aos 18’, o Brasil chegou bem ao gol das Reggae Girlz justamente dessa forma. Marta novamente apareceu bem, desta vez acionando Tamires dentro da área. A lateral até bateu forte com o pé canhoto, mas o chute sairia em cima de Becky Spencer.

Cinco minutos mais tarde, mais uma vez Tamires foi acionada com espaço. Desta vez para um cruzamento, que encontrou Ary Borges em condições de finalizar. O toque de cabeça, porém, iria por cima da meta rival. Defensivamente, o Brasil pouco sofria. A única maneira que a Jamaica encontrava de escapar da pressão brasileira era com chutões buscando Khadija Shaw.

Foto: Victoria Adkins (AP)

O que se desenhava mais perigoso ocorreu aos 31’, com a capitã dando trabalho a Rafaelle no aspecto físico. Porém, Lelê acabaria saindo do gol e fazendo a defesa. A defesa brasileira teria mais trabalho poucos instantes mais tarde, bloqueando já dentro da área uma movimentação iniciada com Cheyna Matthews e Drew Spence pelo lado direito e que se desenhava perigosa.

A reta final da primeira etapa teve o Brasil ainda no comando de grande parte das ações, mas deixando espaços para contra-ataques – especialmente às costas das suas ofensivas laterais. Em comparação ao que foi visto nos 30 minutos iniciais, a Jamaica saía mais. E isso obrigou Pia a mexer para o segundo tempo. Bia, destaque contra o Panamá, saiu do banco já no intervalo.

E essa alteração proporcionou à seleção algo que não foi comum na etapa inicial: os lances pelo alto. Antonia e também Tamires passaram a jogar a bola na área com uma maior frequência, ainda que a seleção buscasse lances trabalhados na maior parte das vezes. Entretanto, o Brasil teria raras chances de gol nesses últimos 45 minutos.

Pelo lado jamaicano, Allyson Swaby novamente seria destaque em lances aéreos e desarmes. Autora do gol da vitória contra o Panamá, a zagueira manteve o nível apresentado até então e se consolidou como uma das melhores da posição nesta primeira fase. Uma troca tripla aos 35’ foi a última tentativa de Pia para buscar o necessário golzinho.

Geyse, Andressa Alves e Duda Sampaio foram a campo, mas o Brasil seguia sem conseguir criar lances de perigo com bola no chão. Os últimos minutos foram de lançamentos longos à área e tão somente isso. A melhor oportunidade na etapa veio aos 45 minutos, quando Andressa cobrou falta com precisão pelo lado direito e obrigou a goleira adversária a trabalhar.

Uma conclusão de Debinha aos 48’ foi defendida por Spencer antes de o tempo de acréscimo ser encerrado e confirmar a eliminação brasileira ainda na fase de grupos. A França garantiu a liderança após vencer o Panamá, enquanto a Jamaica avançou como vice-líder. As Reggae Girlz esperam agora a definição do Grupo H para conhecer a adversária na próxima terça-feira.

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