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Quênia espera competir em mais esportes olímpicos e traça meta para Brisbane 2032

Atleta queniana vencendo prova em Tóquio. - Foto: Arquivo Reuters/Kim Hong-Ji 

 

O Quênia estabeleceu uma meta de ampliar o número de esportes que compete nos Jogos Olímpicos de Brisbane 2032. O país é conhecido por seus corredores de longa distância, que estão entre os mais fortes do mundo, mas o secretário-geral do Comitê Olímpico Nacional do Quênia (NOC-K), Francis Mutuku, revelou planos para estabelecer metas em outros esportes.

 

Em um seminário em Mombaça, segunda maior cidade queniana, Mutuku revelpou os planos do país. "Construir um campeão leva 10 anos. Teremos perdido o trem por uma larga margem se esperarmos até 2030 para começar a planejar os Jogos Olímpicos de 2032. Devemos assim nos preparar, e já temos vários planos para isso."

 

Entre aqueles em quem Francis Mutuku deposita suas esperanças está a esgrimista canhota Alexandra Ndolo, nascida na Alemanha, inclusive conquistando a prata no Campeonato Mundial no Cairo no ano passado, antes de anunciar que mudaria para o Quênia, país de seu pai.

 

“Atletas com circunstâncias únicas, como Alexandra Ndolo, a primeira queniana escalada para competir na esgrima nos Jogos Olímpicos de 2024, devem obter um financiamento significativo. Ela vai motivar as gerações futuras. Temos aconselhado nossas federações que os ganhos não devem ser medidos apenas olhando para os campeões mundiais que o país já produziu, devemos considerar o futuro além deles", disse Mutuku.

 

O Quênia foi representado em sete esportes em Seul 1988 e Rio 2016, mas as 113 medalhas que o país conquistou desde sua estreia olímpica em Melbourne 1956 vieram todas de apenas dois esportes.

 

Um total de 106 medalhas vieram no atletismo, incluindo 34 medalhas de ouro, com as sete restantes no boxe, incluindo uma de ouro para Robert Wangila no meio-médio masculino em Los Angeles 1984. 

 

Mutuku também assumiu o compromisso de que uma expansão do desenvolvimento nos esportes será acompanhada por um programa antidoping robusto após os problemas no atletismo, onde vários corredores de ponta testaram positivo para drogas proibidas para melhorar o desempenho, e ntre eles estão os medalhistas de ouro olímpicos, nos 1.500 metros de Pequim em 2008, Asbel Kiprop, e a vencedora da maratona Rio 2016, Jemima Sumgong.

 

"Estamos trabalhando em conjunto com a ADAK (Agência Antidoping do Quênia) e todas as federações esportivas para divulgar o esporte limpo, educando e preparando todos os importantes interessados no esporte. Escolhemos modelos que tiveram sucesso, mantendo o espírito de correr limpo, como o grande jogador de rúgbi Humphrey Khayange e o bicampeão mundial de 5.000m Hellen Obiri."

 

Nas últimas Olimpíadas, os Jogos de 2020 reorganizados em Tóquio, no Quênia, enviaram 85 atletas em seis esportes. Desse número, 40 competiram no atletismo, enquanto as seleções masculina e feminina se classificaram para os torneios de rúgbi de sete. A seleção feminina também se classificou para o torneio de vôlei, enquanto o Quênia enviou outros representantes no vôlei de praia, boxe, natação e taekwondo.

 

O Quênia terminou Tóquio 2020 com 10 medalhas, incluindo quatro de ouro, todas no atletismo.


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