Começou hoje em Baku, no Azerbaijão, o Grand Prix da IBSA (Federação Internacional de Esportes para Cegos) de judô paralímpico. O Brasil teve 11 judocas nos tatames e conseguiu uma medalha de prata com Rosi Andrade, da categoria até 48 kg para atletas J1 (cegos totais), e dois bronzes: Harlley Arruda (73 kg J1) e Elielton Oliveira (60 kg J1).
No dia em que a Seleção Brasileira de judô paralímpico foi convocada para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, parte desses atletas lutou no Azerbaijão na abertura do Grand Prix da IBSA, realizado em Baku (veja mais). Esta é a terceira etapa do circuito internacional de Grand Prix em 2023.
"Foi uma competição superimportante para somar pontos nessa trajetória até Paris 2024", disse a potiguar Rosi, destacando a importância dos pontos conquistados no ranking mundial – ela é a segunda colocada em sua categoria atualmente. O ranking é o principal critério de classificação para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 e a brasileira vem se destacando. Rosi perdeu somente na final da competição, para a turca Ecem Cavdar, quarta do mundo.
O primeiro bronze do Brasil veio em uma disputa caseira, entre Elielton Oliveira e Deyerson de Souza – Deyverson, por sinal, hoje o 22º do ranking, havia eliminado o português Miguel Vieira, primeiro colocado do ranking, em sua estreia. Mas na luta pelo terceiro lugar, Elielton, quinto do mundo, levou a melhor: "Só tenho a agradecer a CBDV, ao CPB. Fiz cinco lutas duríssimas e estou conseguindo levar o bronze para casa", comemorou o atleta manauara.
Depois, foi a vez de Harlley mostrar sua força. Após ser derrotado nas quartas pelo argentino Eduardo Gauto, ele foi para a repescagem e venceu três combates seguidos, incluindo o que lhe valeu o bronze, contra o português Djibrilo Iafa, oitavo do ranking – o brasileiro é o quinto melhor desta categoria. "Fiz quatro lutas e consegui essa medalha de bronze. Só tenho de agradecer", falou o experiente judoca mineiro.
Depois do Azerbaijão, os judocas ainda lutarão em Tóquio, no Japão, em dezembro, um mês após disputarem o Parapan de Santiago, no Chile. Todos esses eventos são classificatórios para Paris 2024. O judô é uma das modalidades que mais rendeu medalhas ao país na história das Paralimpíadas: foram 25 ao todo, sendo cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes.
Nesta quarta (27), outros oito atletas entrarão em ação pelo Grand Prix de Baku. As lutas contam com transmissão ao vivo pelo canal da Federação Internacional de Esportes para Cegos no YouTube.
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