A Agence France-Presse (AFP), traz a notícia de que o presidente do Comitê Paralímpico Nacional (NPC) do Irã, Ghafoor Kargari, está sendo acusado de “tortura” e “crimes contra a humanidade” em queixa apresentada à promotoria nacional antiterrorismo da França.
A francesa Femme Azadi e a Casa da Liberdade da Suécia apresentaram oficialmente a queixa após a chegada de Kargari a Paris, para um seminário de Chefes de Missão para os Jogos Paralímpicos do próximo ano. As duas organizações não governamentais indicaram que o Presidente do NPC iraniano é um “ex-comandante e membro proeminente da Força Al-Quds do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica” (IRGC) – o exército ideológico do Irã.
O IRGC é designado como organização terrorista pelos Estados Unidos e pelo Parlamento Europeu. Segundo a Agence France-Presse (AFP), a denúncia afirma que "o IRGC e o grupo Al-Quds têm estado na vanguarda da repressão violenta de movimentos pacíficos que lutam pela democracia, pelos direitos civis e pela igualdade entre mulheres e homens no Irã".
A denúncia supostamente descreve que Kargari é um dos fundadores do Movimento de Resistência Islâmica do Azerbaijão - "um grupo armado islâmico xiita do Azerbaijão apoiado e financiado pelo IRGC".
A AFP também informa que a denúncia considera que Kargari “participou necessariamente ou tornou-se cúmplice dos atos de barbárie e tortura perpetrados por estes grupos no Irã, no Azerbaijão e, de forma mais geral, no Cáucaso e na Ásia Central”.
Kargari também é acusado na denúncia de participar no “desenho e implementação da política e estratégia destes dois grupos, o que também poderia qualificar as suas ações como crimes contra a humanidade”.
O Comitê Paralímpico do Irã anunciou que Kargari viajou a Paris para o encontro entre os Chefes de Missão no dia 24 de agosto, onde os chefes das delegações receberiam atualizações sobre uma série de áreas, incluindo alojamento, emissão de bilhetes e transporte.
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