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Atletas paralímpicos são denunciados por competirem em categoria errada e terem vantagem esportiva



O programa 'Esporte Espetacular' da TV Globo divulgou uma reportagem denunciando que atletas paralímpicos do atletismo estão competindo com a classificação errada e consequentemente, tendo vantagem esportiva. Os atletas denunciados forma Lucas Prado, e os irmãos Silvânia Costa e Ricardo Costa, da classe T11 - cegos totais, que não seriam cegos totais e que deveriam competir na classe T12 - cegos parciais. Todos os três são campeões paralímpicos.

A reportagem vem investigando os atletas desde 2020 e com vídeos recebidos por denunciantes que prefiram manter o anonimato e que mostram que os três enxergam mais do que considerado para a classe onde competem, a T11, onde são considerados atletas com acuidade visual menor que 2.6 LogMAR, ou seja, cegos totais para a organização mundial de saúde (OMS). 

Na categoria T11, todos os atletas são obrigados a usar um atleta-guia para correr ou para competir no salto em distância, onde o guia orienta o atleta na corrida em linha reta e na hora de saltar para não se machucar.

Durante a reportagem, oftalmologistas analisaram os vídeos e concluíram que os atletas denunciados tem uma visão maior para as categorias do que as que eles foram classificados. O Comitê Paralímpico Brasileiro foi questionada e reforçou que o processo de classificação é conduzido pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC). Nem os atletas, nem o próprio CPB têm poder de definir em qual classe cada atleta competirá. São necessários exames clínicos para a definição do processo.

A entidade frisou que buscou a reavaliação dos atletas e eles que tiveram seus status confirmados pelo IPC. Cada um dos três atletas brasileiros citados foi submetido ao menos a cinco bancas internacionais de classificação visual e que tem todos as avaliações documentadas. 

Questionados pela reportagem, Silvania Costa, que sofre da doença de Stargardt - um tipo de degeneração macular congênita - disse que tem um resíduo de 5% de sua visão que ela usa para se orientar e que inclusive chegou a protestar  para mudar sua classificação de T11 para T12, sem sucesso. Seu irmão Ricardo, que sofre da mesma doença da irmã,  não se pronunciou.

Já Lucas Prado, que sofreu um deslocamento de retina em 2002, soltou um vídeo nas redes sociais após a reportagem para dizer que os vídeos onde supostamente comprova que ele tem visão melhor do que a classe que compete são editados - e que passou por vários processos de reclassificações, sendo mantido na classe T11, sem nenhum favorecimento da CPB. Ele ainda afirmou que recorreu a um advogado para pedir direito de resposta sobre a reportagem. 

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