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Em balanço, Atletismo do Brasil celebra primeira marca abaixo dos 10s nos 100m na história

Em balanço, Atletismo do Brasil celebra primeira marca abaixo dos 10s nos 100m na história
Foto: Wagner Carmo/CBAt



O atletismo brasileiro fez história em 2023. E esse foi o tema escolhido para dar início ao balanço da temporada. Afinal, nada menos do que dois velocistas correram os 100 m abaixo dos 10 segundos, uma façanha perseguida desde que Robson Caetano havia marcado 10.00 cravados, em julho de 1988, na Cidade do México. Felipe Bardi obteve a marca de 9.96 (1.0) no dia 9 de setembro, em São Bernardo do Campo, e pouco antes, no dia 28 de julho, Erik Cardoso conseguiu 9.97 (0.8) no Sul-Americano de São Paulo.

Os dois resultados foram merecidamente muito comemorados, já que a barreira era incansavelmente buscada e muitos atletas haviam batido na trave e com tempos invalidados por causa do vento superior a 2.0, como impõe as regras da World Athletics. Amigos-irmãos, Bardi e Erik dividem o mesmo apartamento em Santo André (SP) e treinam na mesma cidade no SESI-SP sob orientação dos treinadores Darci Ferreira e Rosana Soares.

Felipe Bardi é o recordista brasileiro nesta nobre prova do atletismo mundial e, assim como Erik, está qualificado para a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. “Só agradeço a Deus. Foi um ano mágico. O ano de 2022 havia sido o melhor de minha carreira e agora 2023 foi maravilhoso. Foi um ano desafiador. Sabia que o resultado ia sair. Depois do Mundial de Budapeste, na Hungria, em agosto, descansei um pouco e entrei relaxado”, lembrou o velocista paulista, nascido em Americana, de 24 anos. “O índice foi importante. Agora temos mais tempo para pensar, para planejar. O objetivo é melhorar a cada temporada."

Erik mostra-se também extremamente feliz com a temporada. “Foi um ano abençoado e maravilhoso, graças a Deus e a Nossa Senhora. Consegui meu recorde pessoal e em todas as competições procurei fazer o melhor”, disse Erik, paulista de Piracicaba, de 23 anos. “Quebrar o recorde do Robson foi muito especial. Agora a preocupação é para 2024. Quero entrar nas competições sempre com o mesmo gás, procurando o melhor. Me formei 3º sargento do Exército e quero agradecer ao SESI, Asics, e ao meu fisioterapeuta Anderson Eloi, que deixa meu corpo sempre bem para os treinos e competições.”

O treinador Darci Ferreira, como não deixaria de ser, faz balanço muito positivo de 2023. “Profissionalmente realizamos sonhos e fizemos história, sempre com o SESI-SP nos apoiando. Meus atletas estavam saudáveis fisicamente e mentalmente, nosso objetivo sempre é ser melhor individualmente e conseguiram bons resultados. A barreira dos 10 segundos era uma questão de tempo para cair e caiu”, comentou.

No Pan-Americano de Santiago, Darci teve três atletas. “Voltamos com seis medalhas, sendo quatro de ouro, uma de prata e uma de bronze”, lembrou. Um dos destaques foi também Lucas Conceição Vilar, campeão dos 400 m. “Só temos de agradecer a Deus pelo ano do nosso grupo de velocidade curta e prolongada.”

A velocidade brasileira teve um ano muito bom em 2023. Além dos 9.96 de Bardi e dos 9.97 do Erik, atletas brasileiros registraram 10.01 com Renan Gallina (AA Maringá-PR), 10.03 com Paulo André Camilo de Oliveira (CAES-ES) e 10.06 com Rodrigo do Nascimento (Pinheiros-SP). “O Brasil tem o melhor grupo de velocistas de todos os tempos e pode conseguir também bons resultados no revezamento 4x100 m na Olimpíada”, comentou o presidente do Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Wlamir Motta Campos.

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