Foto: REUTERS/Grzegorz Celejewski |
Houve ainda casos de notificações feitas (por carta) no período limite para o envio das mesmas, o que por consequência fazia com que a punição não pudesse ser aplicada. E ainda a situação da maratonista Majida Maayouf (recentemente recordista nacional do país), que terá obtido uma exceção médica com efeitos retroativos no passado, o que lhe terá permitido justificar a detecção de substâncias proibidas.
Através de comunicado, a WADA assegurou estar seguindo há vários meses os "problemas relacionados com o CELAD, incluindo várias questões relacionadas com testes e gestão de resultados" e garante ter feito uma advertência para que haja avanços urgentes nos casos que se encontram de momento parados.
Na mesma nota, o organismo mostra-se preocupado com a forma como a lei antidoping é gerida na Espanha e deixa a entender que irá pedir uma alteração da mesma, de forma a ficar conforme os pressupostos internacionais. É ainda apontada a ocorrência de vários resultados adversos em outubro, que não foram declarados, o que poderá levar a eventuais investigações.
Por outro lado, no mesmo comunicado a WADA dá voz ao presidente do organismo, que se mostra bastante crítico. "Estamos há muito tempo a par dos problemas graves do sistema antidoping espanhol. Estou desapontado com a falta de cooperação do CELAD na tentativa de melhorar o sistema para os atletas espanhóis."
"O fato de haver casos positivos que não foram geridos corretamente, apesar do regular seguimento da WADA, é algo inaceitável", assume Witold Banka, numa declaração na qual promete uma investigação a todas estas matérias, com uma certeza: "Se não houver uma gestão rápida e eficaz, haverá consequências significativas para o esporte espanhol."
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