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| Zion Bethonico conquista primeira medalha do Brasil em Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude / COI/Gaspar Nóbrega |
É HISTÓRICO! É Brasil! É Zion Bethonico no snowboard cross! Por volta das três da manhã do dia 20 de janeiro, no horário de Brasília, Zion Bethonico conquistou a primeira medalha do Brasil em Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. O catarinense de 17 anos obteve o bronze no snowboard cross ficando atrás apenas do francês Jonas Chollet e do canadense Anthony Shelly.
Vale lembrar que antes de Zion, o melhor resultado brasileiro na modalidade havia sido o 11º lugar obtido pelo irmão mais velho de Zion, Noah Bethonico, em Lausanne 2020, e que, curiosamente, foi quem conquistou a vaga para Gangwon. Acontece que Noah, agora com 20 anos, já passou da idade da categoria júnior, por isso a vaga do país passou para o próximo atleta com idade elegível, que era seu irmão mais novo.
Tal história digna de livro não foi esquecida por Zion, que dedicou sua medalha ao irmão. Para ele, Noah foi o seu diferencial. "Ele esteve comigo o tempo todo. Durante a competição, depois de todas as minhas descidas, ele subiu comigo na gôndola fazendo uma revisão do percurso, procurando me ajudar a melhorar a cada nova bateria. Eu queria um pouco mais, tive que enfrentar alguns obstáculos na final, mas estou muito satisfeito. Essa medalha é para ele que é quem sempre esteve mais próximo”, contou.
Para conquistar a inédita medalha, Zion teve que fazer cinco baterias que valiam pontos para buscar a classificação para a próxima fase. Ao final de todas as baterias, apenas os oito melhores avançaram (quatro por chave, num total de duas chaves).
Na primeira bateria, o brasileiro foi o terceiro, atrás de Mason Hamel, dos Estados Unidos, e Daisuke Muraoka, do Japão, mas a frente de Noah Kocherhans, da Suíça, o que lhe rendeu dois pontos. Na segunda bateria, o catarinense venceu ao canadense Anthony Shelly (que mais tarde viria a ganhar a prata), ao espanhol Martxelo Urruzola e ao romeno Csanad Vilhelem. Com a vitória na bateria ele somou mais quatro pontos.
Na terceira bateria novamente Zion liderou, superando o italiano Tommaso Costa e o atleta da casa Yebin Kim. Na quarta e penúltima descida da fase classificatória, vitória sobre Moritz Murer, da Áustria; Oliver Sebesta, da Eslováquia e Yitak Joo, da Coreia do Sul. Mais quatro pontos na conta do brasileiro. Na última bateria, o brasileiro venceu de novo, dessa vez superando ao canadense Olivier Gagne e ao italiano Federico Casi.
No somatório dos pontos, o brasileiro foi o terceiro na sua chave, ficando atrás de Anthony Shelly e Mason Hamel, mas a frente de Daisuke Muraoka, que também se classificou. Isso o garantiu no top 8, o que já seria o melhor resultado brasileiro na modalidade.
Na outra chave se classificaram os franceses Jonas Chollet e Benjamin Niel, o estadunidense Boden Gerry e o alemão Kenta Kirchwehm. Após o cruzamento olímpico, a semifinal colocou Zion ao lado de Jonas Chollet, Mason Hamel e Kenta Kirchwehm. Chegando em segundo, apenas atrás de Chollet, o representante do Brasil se classificou à final, onde já teria no mínimo o quarto lugar.
Na grande final, o brasileiro enfrentou o francês Jonas Chollet, ao estadunidense Boden Gerry e ao canadense Anthony Shelly. Fazendo uma corrida segura e evitando sustos, Zion mostrou maturidade profissional garantindo o bronze e a inédita medalha. O ouro foi para Chollet e a prata para Shelly. Esta foi apenas a segunda medalha da América do Sul em Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. Quatro anos atrás o colombiano Diego Amaya foi prata na prova de largada em massa da patinação de velocidade em Lausanne 2020.
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| É apenas a segunda medalha do continente na história / COB/Marina Ziehe |
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