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Conheça Yuri Falcão, promessa da nova geração de boxe brasileira que busca colocar suas "garras" na vaga em Paris 2024

Conheça Yuri Falcão, promessa da nova geração de boxe brasileira que busca colocar suas "garras" na vaga em Paris 2024
Foto: Divulgação/COB

O início do Pré-Olímpico mundial, em Busto Arsizio, se aproxima e com ele, apresenta-se mais um importante boxeador da nova geração brasileira, Yuri Falcão. Com nossos atletas já em solo italiano, mas na cidade de Assisi, os quatros representantes do Brasil embarcam no dia 29 para buscar a conquista das vagas olímpicas, na competição que configura a penúltima oportunidade do ano para alcançar o feito.

Yuri Falcão, boxeador de 21 anos, capixaba de Vila Velha, começou no boxe como herança de família. Ele é neto de Touro Moreno, ex-pugilista e lutador de “vale-tudo”, e sobrinho dos medalhistas olímpicos Esquiva e Yamaguchi Falcão. Tendo a base dentro da própria casa, Yuri busca trilhar sua jornada por conta própria nos ringues. “Desde o berço a gente sabe o que quer, então desde criança eu já ‘nasci com luva na mão. Minhas maiores inspirações são os meus tios, que estavam perto de mim. Eu via eles na televisão, viajando pelo mundo e achava muito legal.”, relembrou o atleta.

Yuri resgatou a memória de Londres-2012, quando os Esquiva e Yamaguchi foram ao pódio, quebrando um jejum de 44 anos sem medalhas no boxe brasileiro, quando Servílio de Oliveira (avô de Luiz Oliveira, o Bolinha, também atleta da delegação brasileira de boxe) conquistou a primeira medalha brasileira de boxe nas Olimpíadas. “A gente assistiu em casa, com a família reunida, colocamos até um telão. Parecia que era eu lutando, e nem no boxe eu estava”, brincou o atleta. “Ver o meu tio Yamaguchi ganhar do Julio César La Cruz, um dos principais nomes de Cuba, foi incrível. Assim que eu soube que era isso que eu queria para mim”, relembrou. Ele contou que ainda mantém contato com a família, principalmente com Yamaguchi. “Eu converso com ele no dia a dia, sempre me manda dicas de como tem que treinar, como tem que agir. Eu escuto muito, além de assistir as lutas deles, então tanto Yamaguchi como Esquiva são sempre presentes”, explicou.

Yuri Falcão chegou à seleção brasileira em 2022, após chamar a atenção de equipe técnica após a conquista do Campeonato Brasileiro e do Grand Prix do Rio de Janeiro. Assim, Yuri começou a frequentar o Centro de Treinamento de Santo Amaro junto com os maiores nomes do boxe brasileiro atual. “A convocação mudou tudo, a seleção é outro mundo. Agora faço muitas competições internacionais, com atletas já rodados no circuito, entre eles atletas olímpicos e medalhistas mundiais. Isso é muito bom para a gente, com a experiência conseguimos chegar nas competições futuras bem melhor”, analisou o boxeador. De lá para cá, o currículo de Yuri já aumentou, e o destaque é a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023.

Dois Pré-Olímpicos mundiais acontecerão para definir vagas para atletas ainda não classificados para Paris-2024. A primeira oportunidade já será no início de março, de 3 a 12, em Busto Arsizio. Depois, a última chance de ir aos Jogos será na Tailândia, em maio. Yuri quer ser um dos classificados e se juntar aos outros 9 brasileiros que já carimbaram passaporte para a Olimpíada. “Vou com tudo, com unhas e dentes. Vou deixar tudo em cima do ringue. Eu estou ainda mais preparado que estava em Santiago, então pode ter certeza que vêm grandes resultados por aí”, comentou esperançoso o atleta.

“Não consegui a classificação no Pan, infelizmente. Não tenho desejo maior que essa vaga no Pré-Olímpico. Durmo pensando nisso, acordo pensando nisso, treino pensando nisso, e só vou parar de pensar na vaga quando eu conseguir”, concluiu.



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