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Parada das Nações - Etiópia

 




Sigla: ETH

Medalhas na história: Ouro: 23 | Prata: 12 | Bronze: 23 | Total: 58

Em Tóquio... Ouro: 1 | Prata: 1 | Bronze: 2 | Total: 4

Primeira Participação olímpica: Melbourne 1956

Maior medalhista olímpico: Tirunesh Dibaba (Atletismo), três ouros e três bronzes

A Etiópia estreou nos Jogos Olímpicos na edição de Melbourne, em 1956, com atletas no atletismo e no ciclismo sem conseguir nenhuma medalha. Na edição seguinte, em Roma-1960, o país ganhou sua primeira medalha e foi de ouro, com Abebe Bikila, numa das histórias mais conhecidas do esporte olímpico.

PARADA DAS NAÇÕES - ESTADOS FEDERADOS DA MICRONÉSIA

Abebe Bikila foi descoberto pelo técnico sueco Onni Niskanen quando estava no exército e foi convocado para os Jogos após o atleta Wami Biratu lesionar o tornozelo ao jogar futebol. Bikila foi ouro e sua conquista ficou famosa por ser feita com pés descalços, já que com a substituição de última hora, a Adidas, patrocinadora dos Jogos, não tinha um tênis que ficasse confortável nele. Isso não foi problema e o etíope venceu prova com 25 segundos de vantagem.

Bikila na chegada da maratona; Foto: COI

Na Olimpíada de Tóquio-1964, Bikila se tornou bicampeão olímpico da maratona, na única medalha do país na edição. Já na Cidade do México-1968, a maratona proporcionou mais um ouro para a nação africana, mas desta vez com Mamo Wolde, que na mesma edição também conquistou a primeira prata do país nos 10.000 metros. 

Em Munique-1972, a Etiópia conquista seus primeiros bronzes, com Wolde mais uma vez medalhado na maratona e com Miruts Yifter nos 10.000 metros. 

A África na época assistia a um de seus países mais importantes, a África do Sul, manter uma política segregacionista privilegiando brancos e marginalizando ao máximo a população negra. Em resposta, a comunidade internacional mantinha um embargo comercial a país, que em 1976 foi quebrado pela seleção neozelandesa de rugby (All Blacks) que fez um amistoso contra a seleção local. O jogo foi interpretado como quebra do embargo pelos países chamada África negra que pediram o banimento da Nova Zelândia dos Jogos. Como isso não aconteceu, 26 países boicotaram a edição de Montreal-1976, entre eles a Etiópia.

Em Moscou-1980, o país voltou a participar de uma edição olímpica e conquistou duas medalhas de ouro com Miruts Yifter nos 5.000m e nos 10.000m, este último com o compatriota Mohamed Kedir levando o bronze. Eshetu Tura ainda foi bronze nos 3.000m com obstáculos.

Alinhado ao regime soviético, o país aderiu ao boicote na edição de Los Angeles-1984 e se juntou a Coreia do Norte no boicote à vizinha Coreia do Sul em 1988.

Os Jogos de Atenas-2004 revelaram novos medalhistas para a Etiópia com Kenenisa Bekele conquistando a prata nos 5.000m masculino e o ouro nos 10.000m e o ouro de Meseret Dafar na prova feminina dos 5 mil. Em Pequim, Bekele se consagrou bicampeão dos 10 mil e conquistou o ouro nos 5 mil, enquanto Dafar foi prata em sua prova.

Ainda na edição realizada na China, a Etiópia fez sua segunda melhor campanha com quatro ouros, duas pratas e um bronze. Em Londres, o país voltou a conquistar a maratona feminina após 16 anos com Tiki Gelana. Os outros dois ouros etíopes foram também conquistados por mulheres, com Tirunesh Dibaba vencendo os 10 mil metros e Dafar voltando a ocupar o lugar mais alto no pódio dos 5 mil.

Tirunesh Dibaba é a maior medalhista olímpica da Etiópia (foto:Reuters)

Nos últimos Jogos no Rio, o país conquistou oito medalhas, sendo cinco de bronze, duas de prata e o ouro de Almaz Ayana nos 10.000m femininos. A esperança para Tóquio é que venham mais medalhas no atletismo, principalmente na maratona com foco em Bekele que em 2019 fez seu melhor tempo com 2h01min41seg na maratona de Berlim e no campeão das Maratonas de Boston e Nova York, Lelisa Desisa.

Em Barcelona-92, a Etiópia voltou a competir e conquistou dois bronzes, com Addis Abebe nos 10.000m e com Fita Bayissa nos 5.000m. A edição entrou para história do esporte etíope pela primeira medalha conquista por uma mulher e foi de ouro, com Derartu Tulu nos 10.000m. 

A edição seguinte em Atlanta, o país conquistou dois ouros, nos 10.000m masculino com Hebre Gebrselassie e na maratona feminina com Fatuma Roba, somados com o bronze de Gete Wami nos 10.000m feminino.

As edições do terceiro milênio deram à Etiópia mais medalhas. Logo na primeira edição, em Sydney-2000, o país fez sua segunda melhor campanha até hoje com quatro ouros, uma prata e três bronzes. Os ouros foram conquistados na maratona masculina com Gezahegne Abera, nos 10.000m e 5.000m masculinos e o bicampeonato olímpico de Derartu Tulu nos 10.000m femininos. Gete Wami, mesmo sem conquistar o ouro, se destacou por ganhar a prata nos 10.000m e o bronze nos 5.000m feminino.

Em Tóquio-2020, a Etiópia conqusitou quatro medalhas, com Selemon Barega sendo o resposnável pelo único ouro, nos 10.000 metros. Em Paris, o país tem 28 atletas classificados, todos no atletismo.


Esporte fortes

Atletismo: Para surpresa de absolutamente ninguém, o esporte de destaque absoluto na Etiópia é o atletismo, esporte responsável por todas as medalhas olímpicas do país. Cabe o destaque que todas estas provas eram ou maratona ou provas de fundo, no caso, 10 mil metros, 5 mil metros e 3 mil metros com obstáculos, portanto, provas na qual a velocidade está aliada a consistência e a resistência da corrida.

Atletas

Gudaf Tsegay (Atletismo): A atual detentora do recorde mundial dos 5000m com o tempo de 14:00.21, Gudaf é a atual campeã mundial dos 10000m, além de vencer os 5000m no Mundial de 2022. Além disso, ela venceu a Liga Diamante nos 5000m. 

Amane Beriso sorri com a linha de chegada a sua frente. Ela é negra e está de verde
Amane Beriso no Mundial de 2023 (Foto: Dylan Martinez/Reuters)

Amane Beriso (Atletismo) : Beriso chega nos Jogos Olímpicos como atual campeã mundial da maratona e vice-campeã da maratona de Boston, uma das mais desafiadoras do Circuito. Ela é a atual segunda colocada do ranking mundial e deve brigar por medalhas em Paris. 

Selemon Berega (Atletismo): Campeão olímpico em Tóquio, Berega não teve um ciclo tão efetivo, com um bronze nos 10.000 metros no mundial de 2023 como melhor resultado. Mas já garantido em Paris, ele esperar chegar em boa forma para brigar pelo bi olímpico em Paris

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