Foto: Ricardo Bufolin/CBG |
Arthur Nory é o exemplo perfeito de que o sucesso nos momentos decisivos não é por acaso. Conhecido por sua dedicação incansável aos treinos, ele transforma cada sessão em um passo a mais no caminho que leva à excelência. Treinando intensamente e com foco, Nory não é apenas um atleta de destaque nos treinos, mas um verdadeiro competidor nato que brilha quando mais importa.
Quem acompanha a Ginástica Artística há alguns anos ainda tem frescas na memória as imagens de um guerreiro que soube conquistar um lugar no pódio no solo nos Jogos Olímpicos do Rio, ao lado de Diego Hypólito, vice-campeão naquela oportunidade, em 2016. E os grandes resultados na barra fixa são a prova da consistência do ginasta campineiro em momentos decisivos. Ele foi nada menos do que campeão nesse aparelho no Mundial de Stuttgart, em 2019, e conquistou o bronze na edição de Liverpool-2022.
Alicerçado nesse passado de glórias, e também numa preparação muito correta para os Jogos de Paris, Nory agora descansa e “se exercita” mentalmente, após participar do treino de pódio, o apronto que antecede as competições e é tão importante na GA.
“Agora o controle é mais mental”, diz o treinador Cristiano Albino, já com muitos anos de trabalho com o disciplinado atleta paulista. “O Nory fez um treino de pódio muito bom. Foi feita a rotina que ele provavelmente repetirá na classificatória. Não vai ter nada de diferente. Está bem-preparado, e agora é tratar de executar como faz nos treinos. Ele tem uma personalidade forte. Costuma crescer na hora do vamos ver, e nossa expectativa é de que ele faça uma série bem limpa”, acrescenta Cris, como é chamado nos ginásios.
Uma vez alcançada a tão almejada classificação para as finais, outras variáveis entram em jogo. “Se o Nory se classificar, a gente vai ter que estudar muita coisa. Ele tem potencial para aumentar em alguns décimos a nota de partida. Aí vai entrar uma questão estratégica e de posicionamento dele na final”.
Depois de cumprir treinos em Troyes, com toda a delegação de Ginástica brasileira, Nory sentiu diferenças entre a aparelhagem daquele complexo de treinamento e aquela que encontrou no treinamento de pódio. A Confederação Brasileira de Ginástica teve o cuidado de optar por um Centro de Treinamento, o de Troyes, que está equipado com aparelhos da mesma marca escolhida para os Jogos Olímpicos. Porém, como se sabe, é difícil que os aparelhos reajam de forma idêntica, porque outros fatores preponderam. “No aperto e no molejo da barra, o Nory sentiu diferença. Por isso é que o treinamento de pódio é tão importante na Ginástica Artística. Uma parte fundamental do que vivenciaremos na competição se passa nesta etapa”, explica o experiente treinador.
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