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Bia Haddad Maia e Luisa Stefani comentam estreia vitoriosa nos Jogos Olímpicos: "O nosso jogo encaixa muito bem"

 

Luisa e Bia vencem estreia. Foto: @Andregemmer/CBT

*Com Laura Leme (direto de Paris)


Direto dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, na França, a correspondente do Surto, Laura Leme, ouviu as tenistas Luisa Stefani, medalhista olímpica em Tóquio-2020, e Bia Haddad Maia após a vitória das brasileiras, nesta segunda-feira (29), sobre as chinesas Yuan/Zhang por duplo 6/4, na estreia da chave feminina de duplas. Luisa Stefani mostrou otimismo para jogar em Paris com público e Bia Haddad apresentou cobrança pessoal e preparo para a disputa da medalha.

Após alguns adiamentos por causa de chuva, as brasileiras furaram o nervosismo da estreia na chave de duplas femininas e avançaram em jogo sólido para ambas, no caso de Bia Haddad, que aparenteva estar mais séria e cansada na entrevista, a partida de duplas sucedeu a sua derrota na chave de simples para a eslovaca Anna-Karolina Schmiedlová por duplo 6/4, e a paulista comentou o fato de jogar duas partidas em um dia, "bom, eu tava preparada para um dia longo, né? Hoje eu tive uma hora e meia mais ou menos entre um jogo e outro, onde eu tive uma simples que eu performei muito mal, realmente foi um jogo muito ruim."

"Tive ali meu momento pra tomar um banho, me alimentar, muito importante a conversa que a gente teve, tanto em grupo, com o time ou com o Rafa (treinador de Bia), e eu com a Lu. Eu consegui entrar com a energia certa, foi muito importante a forma como a Lu também entrou, para fazer dar certo com a melhor energia possível. Acho que isso é o mais bacana e estou muito feliz com a atitude que eu coloquei também na dupla, que na simples não foi da forma como eu gostaria, mas tô feliz de como eu tô terminando outro dia", completou Haddad Maia.

A dupla tão sonhada pelos fãs brasileiros, que junta as n°1 de simples e duplas do Brasil nos rankings respectivos da Associação de Tênis Feminino (WTA), se juntou pela última vez no WTA 500 de Abu Dhabi, no EAU, em fevereiro, quando abandonaram nas quartas de final. A paulista medalhista olímpica comentou sobre a química da parceria nesses Jogos, "eu sempre falei, Olimpíadas é um lugar que eu amo muito jogar, a minha última foi indescritível. E aqui é outra vez que eu tenho a oportunidade de jogar ainda mais com o público agora e também com a Bia é sempre bom."

"O nosso jogo encaixa muito bem, eu curto muito poder jogar junto, acho que a gente sabe o que tem que faz e se não faz, sabe o que deveria ter feito. Isso dá muita tranquilidade, pelo menos para mim, para fazer o que a gente tem que fazer, saber que a nossa preparação tá feita e agora é ir lá e performar. Isso traz certa ajuda, tem certa leveza porque eu confio totalmente no que ela vai fazer no jogo dela. (A Bia) teve um jogo duro na simples, então que eu teria que chamar um pouco a responsabilidade na dupla", continuou Luisa.

A brasileira concluiu falando sobre o jogo de estreia, "mas não me surpreenderia nada se ela chegasse lá e entregasse, eu não pensei que seria diferente e eu acho que isso também é uma confiança que eu tenho, isso me deixou bem tranquila para começar com energia lá em cima e a gente conseguir puxar e chamar o jogo desde o início, eu acho que foi um jogo muito sólido, a gente conseguiu começar bem e manter essa intensidade, essa energia e positividade em todos os games, ganhando ou perdendo".

Luisa e Bia comemoram ponto. Foto: @Andregemmer/CBT

Em Olimpíadas, Stefani ganhou a medalha de bronze em Tóquio-2020, ao lado de Laura Pigossi, quando as duas entraram como alternadas no último minuto, e se tornou um momento especial para a paulista. No entanto, a edição ásiatica foi sem público e com muitas restrições sanitárias, devido a pandemia do Covid-19, a situação presenciada na França é bem diferente e a medalhista falou sobre o seu retorno aos Jogos Olímpicos, "é totalmente diferente, eu acho que vindo para cá, eu tinha total certeza, não esperava que fosse nada parecido com um Tóquio, lá foi com a Laura e a gente chegou de última hora, não tinha público, na vila (dos atletas) tudo diferente, (lá era) quadra rápida, aqui outra superfície (saibro) em ambiente de Grand Slam".

"Tem mídia, tem público, tem família. Acho que é um sentimento totalmente diferente, e eu pra ser honesta nem sabia como eu ia reagir, eu sei que eu tô feliz pra caramba de estar aqui e isso é um dos melhores sentimentos, de estar com uma parceira incrível também no lado, um time muito fera do lado de fora, então tentar aproveitar esses momentos. O sentimento traz o jogo também para mim, usar a energia do público, usar a família que tá aqui também próximo, que eu acho que é o mais importante", concluiu a brasileira.

Foto: @Andrégemmer/CBT

A medalhista olímpica Luisa Stefani também projetou a construção da química da dupla para os próximos desafios e falou sobre os pontos fortes da parceria, "é direto ao ponto nossos pontos fortes, a Bia é muito sólida no fundo, saca bem, devolve bem, o meu ponto forte é na rede, então sermos bem francas em relação aos nossos pontos fortes e trazer o máximo de oportunidade dessa forma durante o jogo".

"Independente das formações, a gente sabe a maior probabilidade de onde a gente vai ganhar, onde a gente vai jogar bem, dependendo da adversária a gente muda um pouco aqui, um pouco ali, o que a gente vai fazer, mas acho que bom que a gente tem bastante diversidade, a gente consegue jogar em diferentes posições na quadra, a gente consegue se virar super bem independente da adversária. Então é mais ajustes e detalhes contra as nossas adversárias, mas acho que o ponto principal é que a gente pode jogar solta e jogar nosso jogo, sem desviar muito da nossa própria personalidade dentro da quadra", terminou Luisa Stefani.

A dupla do Brasil está nas oitavas de final da chave de duplas feminina e espera as vencedoras do confronto entre as britânicas Katie Boulter e Heather Watson e as alemães Angelique Kerber e Laura Siegemund.

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