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COI não vê sinal religioso de Rayssa Leal durante final: "Um genuíno mal-entendido"

Gaspar Nóbrega/ COB


O Comitê olímpico Internacional (COI) foi questionado sobre mensagens religiosas de Rayssa Leal durante a final do skate street. A entidade não viu as falas de Rayssa e o sinal de braços abertos supostamente emulando o cristo como manifestações religiosas, o que a entidade proíbe que seja feito durante as competições e no pódio. Durante suas provas, Rayssa Leal, que é cristã, gesticulou para a câmera uma mensagem religiosa na linguagem de sinais : "Jesus é o caminho, a verdade e a vida"

"Não conheço o caso. Obviamente parece um genuíno mal-entendido. O que vou falar é que o COI está feliz de os atletas se expressarem em coletivas, em redes sociais e outros lugares. No campo de disputa, nós tentamos manter nos esportes", disse o porta-voz do COI, Mark Adams ao portal UOL

Rayssa se pronunciou após a prova na zona mista que não sabia da existência desta regra e depois, sua família e seu staff a orientaram a não falar mais sobre o assunto. Mas como o COI não considerou o gesto uma manifestação religiosa, ela não deverá sofrer sanções

O COI nos últimos anos tem sido mais condescendente com manifestações religiosas e políticas durante a olimpíada e não tem feito punições severas, como fez com John Carlos e Tommie Smith na olimpíada da Cidade do México em 1968, que foram expulsos dos Jogos após fazerem o gesto dos panteras negras durante o pódio dos 200m do atletismo.

 Neymar subiu ao pódio na olimpíada de 2016 com a faixa '100% Jesus' na cabeça e recebeu apenas uma advertência, assim como a dupla chinesa Bao Shanju e Zhing Tianshi, campeãs olímpicas, que subiram ao pódio na olimpíada de Tóquio usando broches com a figura de Mao. Outro nome que não recebeu punição e nem mesmo uma advertência foi Raven Sauders, que protestou no pódio do arremesso de peso em Tóquio-2020, cruzando os braços a cima da cabeça.

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