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| FIBA/ Divulgação |
Em doze anos de Surto olímpico, e mais de 150 colunas sobre basquete (eu acho), a tônica quando eu falava sobre basquete era em sua grande maioria, a tristeza e a frustração. E já tava esperando preparar mais uma coluna fúnebre, mas quem diria que a seleção masculina de basquete fizesse uma atuação irretocável, calasse um ginásio lotado com torcida contra para levar a vaga olímpica - única seleção que não foi sede do pré-olímpico a conseguir a vaga olímpica. Foi uma felicidade sem tamanho poder voltar a sorrir no basquete.
E todos temos bater palmas para a atuação contra a Letônia no domingo. O primeiro quarto foi uma aula de basquete, um soco no estomago dos letões que acabou com toda a confiança dos jogadores. Muito forte defensivamente, e perfeito nas bolas de 3, que abriu uma vantagem tão acachapante que depois foi só administrar a partida.
E eu quero desde já entrar na fila do pedido de desculpas a Aleksandr Petrovic. apesar dele não ter sido o principal culpado na perda da vaga olímpica para Tóquio, achei de péssimo tom sua crítica pública no twitter (hoje x) a Didi e Raulzinho, que pediram dispensa para tentar uma vaga na NBA , apontando que a ausência deles foi a responsável pela derrota brasileira para a Alemanha, algo muito ruim ao meu ver. Após sua volta, ele disse que não foi uma crítica e sim, uma constatação e se Didi e Raulzinho, estiveram no grupo, então possíveis arestas que estivessem surgido devem ter sido podadas.
E Petrovic foi fundamental neste pré-olímpico. Nos jogos contra Montenegro, Camarões e Filipinas, o Brasil repetiu um roteiro de fazer um primeiro tempo ruim e na volta do intervalo, melhorava muito e dominava a partida e vencia o jogo, o que mostra que o treinador tinha a leitura correta do jogo e sabia passar essa leitura para os jogadores executarem e vencerem a partida. Contra a Letônia, a leitura de Petrovic foi corretíssima, de que o Brasil teria que começar o jogo a 200 por hora para não deixar a Letônia gostar do jogo e a torcida jogar junto com sua seleção.
E o principal ponto do Petrovic foi extrair o máximo de cada jogador. Bruno Caboclo virou o astro da equipe. Jogando na posição 5, Bruno foi absurdo, anulando defensivamente os pivôs adversários e sendo um tormento no ataque, executando os bloqueios com muita velocidade. Léo Meindl, um leão dentro de quadra e fundamental na final contra Letônia. Huertas foi nosso maestro e Gui Santos, um monstro na defesa. Yago, mesmo não estando 100%, teve bons momentos e espero que ele consiga ficar apto para jogar na olimpíada, assim como o Raulzinho, também sentiu. Os dois serão fundamentais na olimpíada.
E vamos ser sinceros, o grupo B onde o Brasil caiu é encardido. A França vai ser o adversário mais difícil com certeza, com um senhor Garrafão com Rudy Gobert e Victor Wembanyama - nossas bolas de 3 serão fundamentais nesse jogo, a Alemanha é a atual campeã mundial, apesar de ter um jogo coletivo parecido com o da Letônia, tem mais talentos individuais. O jogo que talvez seja mais ganhável seja contra o Japão. E se vencer o Japão, vai ter que perder de pouco para franceses e alemães para quem sabe avançar como um dos melhores terceiros lugares e nas quartas de final, só os Deuses dos basquete vão saber o que pode acontecer.
De qualquer maneira, essa vaga olímpica dá um respiro no basquete brasileiro. que mostra que tem sim uma boa base e que tem um bom trabalho sendo feito, principalmente pelo NBB - afinal temos 9 dos 12 jogadores com passagens pela liga de desenvolvimento.( Inclusive, seria bom que esta birra entre a CBB e o NBB acabassem pelo bem do basquete, né?), o bom trabalho precisava dessa certificação - assim como basquete feminino também precisava no pré-olímpico em fevereiro.
Agora vamos torcer para que o basquete do Brasil faça um bom papel em Paris e que isto seja o primeiro de muitos bons momentos que a modalidade nos proporcionará (essa é para vocês dirigentes, não estraguem este futuro!). Chega de sofrimento! kkkk
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