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Coluna Coelho Olímpico: Primeiro fim de semana de Paris 2024 coroa cobertura realmente sem precedentes na TV Globo

Foto: Reuters 

O fim de semana inicial de competições dos Jogos Olímpicos de Paris marcou uma cobertura que cumpriu com o prometido pela TV Globo ao longo dos últimos meses. Mas os feitos empilhados pelo canal foram muito além meramente do número de horas no ar. A programação também elegeu prioridades coerentes em cenários complexos. O maior trunfo, claro, foi a decisão de bancar a transmissão integral da finalíssima do skate street feminino mesmo durante a ocorrência simultânea do confronto entre Brasil e Japão pelo futebol feminino. 

Se a rede deixou de priorizar diversas finais de Mundiais de alguns esportes para exibir amistosos de outros ao longo do ciclo, ao menos na Olimpíada soube organizar uma hierarquia efetivamente esportiva. Nenhum critério de curadoria vai ser tão preciso durante uma competição do tipo quanto o fator resultadista, o que se viu coerentemente de forma prática quando as transmissões do judô interromperam o skate em um momento em que a chance de ouro já havia se distanciado na Praça da Concórdia. Em todos os momentos, a audiência se manteve em índices similares ou superiores aos que Marta e companhia obtiveram na estreia da Seleção Brasileira durante a tarde de quinta (25). 

O destaque do domingo, contudo, foi ainda além da hora decisiva que emendou a distribuição de nossas primeiras três medalhas. Ao todo, foram 14 horas consecutivas no ar com programação olímpica, algo que não foi visto nem na Rio 2016. As duas últimas na faixa habitual do futebol masculino de clubes, outra ousadia premiada com um bom retorno do público para as classificatórias da ginástica. 

A fixação dos intervalos comerciais somente entre provas e a profundidade mesmo nos flashes pontuais de modalidades menos populares, como tênis e badminton, também merecem menção. Quando há esporte ao vivo na tela, nunca se passa a sensação de estar apenas tapando buraco, mesmo quando essa é a função efetiva. E até quando não há, a presença fixa dos anéis olímpicos na marca d'água do canal já simboliza esse momento especial na história olímpica global.

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