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Com delegação recorde para evento fora do país, Brasil fecha convocação para os Jogos Paralímpicos em Paris

Com delegação recorde para evento fora do país, Brasil fecha convocação para os Jogos Paralímpicos em Paris
Foto: Alessandra Cabral/CPB




O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) finalizou nesta quinta-feira (18) a convocação da delegação brasileira que competirá nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. O evento acontecerá de 28 de agosto a 8 de setembro.

Com isso, o Brasil terá 251 esportistas com deficiência na competição na capital francesa. Ao todo, também foram convocados 17 atletas-guia (sendo 16 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo. 

A convocação de toda a delegação brasileira foi realizada em três partes. O primeiro anúncio aconteceu no último dia 25 de junho, enquanto a segunda lista dos atletas foi divulgada no dia 11. 

Com isso, a delegação brasileira contará com 274 participantes em Paris. Essa já é a maior delegação brasileira convocada para uma edição dos Jogos fora do Brasil. Antes, a maior equipe nacional era de 259 convocados em Tóquio 2020. O recorde de participantes do país foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil sediou o megaevento e contou com 278 atletas em todas as 22 modalidades já classificadas automaticamente.
 
“Temos certeza de que será uma das mais importantes participações do Brasil em Jogos Paralímpicos. Vamos chegar em Paris após o nosso ciclo mais vitorioso da história, com campanhas históricas em Mundiais e no Parapan de Santiago 2023. Estamos muito esperançosos de que nossos atletas tenham as suas melhores trajetórias da carreira”, afirmou Mizael Conrado, bicampeão paralímpico no futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008) e presidente do CPB. 

O atletismo é a modalidade com a maior quantidade de convocados para Paris 2024, com 70 atletas e 16 atletas-guia. É o esporte em que o Brasil mais conquistou medalhas em Jogos Paralímpicos. Ao todo, o país já faturou 170 medalhas na história da competição somando os pódios das provas nas pistas e no campo – foram 48 de ouro, 70 de prata e 52 de bronze. 

O atletismo paralímpico brasileiro teve a sua melhor participação nos Jogos do Rio 2016, quando foi responsável por 33 medalhas de um total de 72 pódios conquistados pela delegação brasileira. Uma representatividade de 46% do total das conquistas do país na maior competição paralímpica. Em Tóquio 2020, os atletas do atletismo subiram ao pódio 28 vezes. 

Já neste ciclo, o país obteve campanhas históricas nos Mundiais de atletismo em Paris 2023 e Kobe 2024. No Japão, os brasileiros conquistaram o maior número de medalhas douradas na história da competição. Foram 19 pódios dourados, superando as 16 vitórias registradas na edição de Lyon 2013, que até então era o recorde do país. 

A natação tem o segundo maior quantitativo de atletas em Paris – são 37 nadadores ao todo. É também a segunda modalidade em que o Brasil mais conquistou medalhas na história dos Jogos, com 125 medalhas (40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes). 

Como destaque deste ciclo paralímpico, os nadadores do país conseguiram uma campanha histórica no Mundial da Ilha da Madeira 2022 ao ficarem na terceira colocação do quadro de medalhas do evento, com 53 medalhas, sendo 19 de ouro, 10 de prata e 24 de bronze. 

O vôlei sentado, com 24 nomes anunciados, é a terceira modalidade com mais participantes na França. São 12 atletas do time masculino e outros 12 da equipe feminina, que chegará ao evento com o 'status' de atual campeã mundial, após o título inédito na Bósnia em 2022.

Já para o tênis de mesa, foram convocados 15 atletas. Com isso, a modalidade terá a quarta maior equipe do país na capital francesa. Entre eles, estará a catarinense Bruna Alexandre. A atleta se tornou a primeira atleta brasileira apta a defender o Brasil nos Jogos Paralímpicos e Olímpicos no mesmo ciclo. 

Bruna Alexandre, que foi submetida à amputação do braço direito por consequência de uma trombose, esteve presente em quatro dos oito pódios brasileiros na modalidade até o momento nos Jogos — três pratas e cinco bronzes.

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