Foto: Wander Roberto/COB |
A seleção brasileira masculina de basquete tem um mantra nos Jogos Olímpicos: degrau por degrau. Mesmo que não usem exatamente essas palavras, a comissão técnica e os atletas sabem que precisam ir passo a passo na busca por, finalmente, chegar à Paris. É que todas as seleções que disputam a fase de grupos da modalidade estão na cidade de Lille, a cerca de 225km da capital francesa.
Somente as oito que avançarem de fase chegarão à cidade das luzes. E para isso, o Brasil quer subir um degrau de cada vez, assim que fizeram Yago e Léo Meindl, que há despertarem o gosto pelos Jogos Olímpicos disputando os Jogos da Juventude, evento organizado pelo COB, anteriormente chamado de Jogos Escolares.
“Disputei a edição de 2014, em Natal. Nada se compara às Olimpíadas, mas em questão de conviver com atletas de outras modalidades, de um refeitório com comida para todo mundo e o ambiente se assemelha um pouco. Foi lá que comecei a me aprofundar no conhecimento sobre os Jogos Olímpicos, isso me marcou muito. Criei ali amigos que levo até hoje. Naquela época, eu tinha o sonho em disputar os Jogos Escolares porque era onde estavam os melhores atletas daquela idade. E hoje estou realizando o sonho de estar aqui nos Jogos Olímpicos, dessa vez ao lado dos melhores do mundo”, contou o armador, que foi campeão invicto pela Escola Amorim (SP).
Para Meindl, viver o ambiente olímpico é um sonho que passou rápido. "É um filme que passa na cabeça muito rápido. Em 2010 estava nos Jogos Escolares sonhando em estar nos Jogos Olímpicos e hoje estou aqui. Muito difícil descrever, mas estou sentindo uma felicidade muito grande, uma vontade de colocar o Brasil no melhor lugar possível. Estou vivendo um sonho que não é só meu. É também da minha família. Meu falecido pai foi atleta e sonhava disputar as Olimpíadas, mas não conseguiu. Estou fazendo por todos da minha casa, por ele", disse.
Esse sonho passa pela fase de grupos em Paris 2024. Brasil estreia contra os donos-da-casa, a França, às 17h15, do próximo sábado, 26. Será a abertura da modalidade nos Jogos Olímpicos. E ainda tem Alemanha e Japão pela fase de grupos. Assim como os atletas, o treinador Aleksandar Petrovic quer pensar em um jogo de cada vez.
“Estamos num grupo muito forte, mas taticamente e tecnicamente estamos preparados. Observamos todos os últimos jogos de França, Alemanha e Japão e temos todas as informações sobre essas seleções. Vamos estrear contra a França e esse pode ser um jogo que psicologicamente pode ser mais fácil porque toda a pressão está com eles. Temos que aproveitar e não deixar que eles escapem no placar nos primeiros 10 minutos. A torcida vai começar a pressionar e podemos usar a situação ao nosso favor”, analisou.
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