Foto: Marina Ziehe |
Os fãs da esgrima estão em contagem regressiva. Começa neste sábado, dia 27, a participação de nossos atletas nos Jogos Olímpicos de Paris. O Brasil terá três representantes na Cidade Luz, apenas em provas individuais: na espada, a campeã mundial em 2019, Nathalie Moellhausen; e no florete, os gaúchos Guilherme Toldo e Mariana Pistoia.
A esgrima brasileira busca uma medalha inédita na competição. Esteve presente em doze edições dos Jogos Olímpicos a partir de 1936, em Berlim, na Alemanha. Nosso melhor resultado até aqui foi em 2016, no Rio de Janeiro, quando Nathalie ficou em sexto lugar.
A modalidade das três armas contará com doze eventos nas pistas do Grand Palais, sendo seis individuais e seis por equipes, na espada, no florete e no sabre, nos dois naipes.
Nathalie em busca de medalha
Nathalie Moellhausen, de 38 anos, é a grande esperança de medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos. A espadista ocupa atualmente a oitava colocação no ranking mundial da FIE (Federação Internacional de Esgrima) e conquistou a vaga olímpica no Grand Prix de Budapeste, na Hungria, disputado em março.
A ítalo-brasileira vem em uma crescente nos seus resultados. No começo de 2023, faturou medalhas de ouro nos torneios de Doha, no Catar, e Barcelona, na Espanha. Nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, Chile, foi o principal nome da equipe feminina que conquistou uma inédita medalha de ouro. Em Paris, competirá no dia inicial da modalidade, na madrugada de sábado (27).
Toldo tem o pódio como objetivo
Aos 32 anos, o floretista Guilherme Toldo disputará em Paris sua quarta edição de Jogos Olímpicos. A vaga foi obtida ao conquistar a melhor posição entre os atletas latino-americanos na etapa de Washington (EUA) da Copa do Mundo, disputada em março deste ano.
O gaúcho esteve presente nos Jogos de Londres-2012, Rio-2016 e Tóquio-2020. Sua melhor performance ocorreu na edição brasileira, quando bateu o então campeão mundial, o japonês Yuki Ota, nas oitavas de final. Parou nas quartas, mas obteve o melhor desempenho do país na esgrima masculina em todas as edições das Olimpíadas.
Atleta do Grêmio Náutico União, de Porto Alegre (RS), Toldo realizou grande parte de sua preparação olímpica na Itália. Neste ciclo olímpico, fez história nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, realizados no ano passado. Com o bronze individual, conquistou sua quinta medalha em quatro edições consecutivas da maior competição multiesportiva das Américas. Assim, se igualou a Arthur Cramer, maior medalhista da história da esgrima brasileira na competição, que também conquistou cinco medalhas.
No Campeonato Pan-Americano deste ano, disputado em Lima, no Peru, encerrou sua preparação olímpica com duas medalhas de bronze: uma no individual e outra por equipes. Em Paris, Toldo entra em pista na próxima segunda-feira (29).
Pistoia, a caçula estreante
Caçula e estreante da esgrima brasileira em Paris, a floretista Mariana Pistoia tem 25 anos. Garantiu vaga com o título do Pré-Olímpico das Américas, disputado na Costa Rica. Após bela campanha, a gaúcha superou na decisão a venezuelana Isis Gimenez por 11 a 10, na prorrogação.
Atualmente ocupando a 65ª posição no ranking mundial, Mariana é dominante em sua arma no cenário nacional. Em competições internacionais, obteve a medalha de bronze individual nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, realizados no ano passado, no Chile.
Este ano, no Campeonato Pan-Americano realizado em Lima, conquistou o bronze por equipes, repetindo os feitos de Montreal-2017 e Havana-2018. Mariana compete em Paris no próximo domingo (28).
Programação da esgrima nos Jogos Olímpicos:
27/7 – Individual: espada feminino (Nathalie Moellhausen) e sabre masculino
28/7 – Individual: florete feminino (Mariana Pistoia) e espada masculino
29/7 – Individual: sabre feminino e florete masculino (Guilherme Toldo)
30/7 – Equipes: espada feminino
31/7 – Equipes: sabre masculino
1/8 – Equipes: florete feminino
2/8 – Equipes: espada masculino
3/8 – Equipes: sabre feminino
4/8 – Equipes: florete masculino
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