Foto: Gaspar Nóbrega/COB |
Jade Barbosa é uma lenda do esporte brasileiro. Ela compete representando o Time Brasil desde o Pan-Americano do Rio-2007 e chega a Paris 2024 com boas chances de sair com medalha no peito. Atleta mais experiente da equipe, a carioca vem com um solo ao som de Britney Spears, muito sorriso no rosto e a vontade de mais uma vez fazer história.
Aos 33 anos, a ginasta que foi vice-campeã mundial do individual geral em 2007 e esteve na primeira final olímpica do Brasil na disputa por equipes em Pequim-2008, vai a sua terceira edição de Jogos com a chance de agora estar na primeira medalha olímpica por equipes.
Mesmo com o seu solo com trilha de Britney Spears, a ginasta conta que não é a Jade Spears ou a Britney Barbosa, apelidos que ela recebeu nas redes sociais e sim apenas, Jade. Ela ainda foi perguntada se a cantora entrou em contato com ela por causa da música de seu solo, mas elas ainda não bateram um papo.
Alguns países adversários do Brasil irão com a equipe desfalcada por lesões, enquanto a nossa delegação está com 100%. Jade já passou pela experiência de se lesionar durante os Jogos Olímpicos, no Rio-2016, hoje isso não deve acontecer e isso se dá graças a equipe multidisciplinar responsável pela saúde das atletas.
"Hoje a gente tem uma equipe multidisciplinar que torna esse planejamento incrível, para que a gente esteja o melhor possível dentro daquele período, todas nós temos nossas questões crônicas que a gente cuida com muita excelência. A equipe é excelente e faz toda a diferença, fazemos esse trabalho em conjunto".
Embora exalte o trabalho da equipe, a ginasta ressalta uma coisa muito importante. É muito difícil um atleta de alto rendimento estar 100% fisicamente.
"Toda atleta que chega no alto rendimento não é mais 100%. Ela já teve e viu muitas coisas que teve que se adaptar, é uma questão de resiliência. Então assim você vê que muitos países tiveram desfalques, que ainda não tiveram meninas saindo da equipe, elas também tiveram que se adaptar a essas novas habilidades", falou Jade.
Ricardo Bufolin/CBG |
A equipe brasileira chegou aos Jogos Olímpicos após conquistar a medalha de prata no Mundial da modalidade no ano passado. Com um elenco de alto nível, a medalha olímpica pode estar vindo e a atleta mais experiente do grupo comentou sobre.
"A gente é muito consciente sobre o porque nós fomos medalhistas no Mundial do ano passado. Nós trabalhamos muito duro, conseguimos fazer o planejamento que a gente gostaria e a gente teve um andamento na competição que nos proporcionou naquele dia ser a segunda melhor equipe do mundo".
Jade citou a lenda da ginástica Nadia Comaneci (ROU) para falar mais sobre essa medalha, lembrando que tudo deu certo no dia do Mundial e agora tem que dar certo no dia da competição em Paris.
Uma vez eu vi uma entrevista com a Nadia Comaneci, falando "Eu fui excelente aquele dia, talvez no dia seguinte eu não seria", aquilo me chocou muito porque no dia do treinamento acontece isso. Um dia você sabem faz bem as coisas e no outro dia, às vezes, não sai como você quer e não foi porque você não treinou. A gente é bem consciente sobre isso, nos preparamos preparando até o final".
"E vamos de um dia de cada vez. Primeiro dia, de classificatórias, pegar um maior número de finais possíveis e depois cada dia pensar na melhor logística para aquilo", completou.
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