*Por Matheus Maia
FICHA TÉCNICA
Local de disputa: Estádio Náutico Olímpico Nacional de Île-de-France, Vaires-sur-Marne
Período: 06/08 a 10/08
Número de países participantes: 47
Total de atletas: 232
Brasil: Isaquias Queiroz e Mateus Nunes, Jacky Godmann e Vagner Souta (Masculino) e Valdenice Conceição e Ana Paula Vergutz (feminino)
HISTÓRICO
“Onde tem água, tem uma embarcação indígena” - International Canoe Federation (ICF)
As canoas são o meio de transporte mais antigo de que se tem notícia, com registros do uso de barcos pequenos por comunidades nativas nas regiões do Rio Nilo, no norte da África, e no Rio Ganges, no sudeste asiático, entre 8.000 a.C. e 4.000 a.C. A embarcação fina e leve é útil para viagens em rios e corpos d’água estreitos, mas seu uso esportivo começou no século XIX, quando o escocês John McGregor revolucionou ao criar a canoa de velocidade, base do padrão atual, em 1840.
O caiaque é mais recente, por volta de 4.000 anos atrás, e se originou na atual Groenlândia. Os esquimós chamavam o barco de “ki ak”, que significa “homem barco”. Diferente da canoa, em que o remador fica ajoelhado, no caiaque é usado um compartimento para as pernas, para se proteger da água gelada, por isso o nome dado pelos criadores árticos.
A modalidade foi validada após a introdução olímpica nos Jogos de Paris-1924, em edição de demonstração, com Canadá e EUA convidados. O esporte estreou nos Jogos de Berlim-1936, apenas com homens, e participou desde então. A partir de Londres-1948 mulheres puderam competir, mas apenas no caiaque K1 500m, e aos poucos foram adicionadas mais classes para as atletas. Somente em Tóquio-2020, com vagas na canoa, os naipes se igualaram em cinco provas.
O país mais vencedor da modalidade é a Alemanha, com 31 ouros e 65 medalhas no total; logo atrás vem a União Soviética, com 28 ouros e 49 na totalidade. O Brasil tem 1 ouro, 2 pratas e 1 bronze, somando quatro medalhas, todas de Isaquias Queiroz.
Os maiores medalhistas são a alemã Birgit Fischer-Schmidt, com 12 medalhas ao todo, sendo oito ouros e quatro pratas. A canoísta competiu tanto pela Alemanha Oriental quanto pela unificada, entre 1980 e 2004. Pelos homens, o sueco Gert Fredriksson é o recordista, com seis ouros, uma prata e um bronze. O atleta competiu de 1948 a 1960, com quatro medalhas no C1 10.000m, a maratona da canoagem, categoria extinta do programa olímpico.
BRASIL
Miriam Jeske/COB |
A canoagem brasileira não começou recentemente, o esporte está presente desde 1943, quando o alemão José Wingen construiu uma réplica de seu caiaque na cidade de Estrela, no Rio Grande do Sul. A partir daí, o movimento canoeiro cresceu e ganhou seus primeiros barcos de competição em 1984.
No mesmo ano, o esporte estreou na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, local da sede da canoagem velocidade nos Jogos do Rio-2016, trinta e dois anos depois. A fundação da Associação Brasileira de Canoagem, em 1985, foi um grande passo dado na evolução do esporte. A atual Confederação da modalidade foi fundada em 1989.
Em 1992 veio a primeira classificação olímpica: os Jogos de Barcelona, na Espanha, receberam Sebastian Cuattrin, Alvaro Koslowski e Jefferson Lacerda. Cuattrin inaugurou finais para o Brasil na modalidade, em Atlanta-1996, e foi campeão pan-americano no Rio de Janeiro, em 2007.
Isaquias Queiroz é o maior nome da história do Brasil na canoagem velocidade. O baiano ganhou três medalhas no Rio-2016: foram pratas no C1 1.000m, sua especialidade, e no C2 1.000m, ao lado de Erlon Souza; além de um bronze no C1 200m. Os três pódios de Isaquias em uma mesma edição foi um feito inédito para o Brasil em Jogos. Em Tóquio-2020, Isaquias conquistou o primeiro ouro do país no C1 1.000m.
Para os Jogos de Paris-2024, o Brasil classificou o C1 1.000m, K1 1.000m e C2 500m para os homens e C1 200m e K1 500m para as mulheres. Pela primeira vez, sem ser país-sede, a canoagem brasileira vai disputar provas femininas na modalidade em olimpíadas.
FORMATO DE DISPUTA
A diferenciação das classes é fácil de entender: C para canoa e K para caiaque, canoe e kayak, em inglês, respectivamente. A numeração que acompanha as iniciais indica a quantidade de atletas por barco, nos Jogos Paris-2024 vão competir o K1, K2, K4, C1 e C2.
Na canoagem velocidade existem as provas de canoa (C), em que os atletas remam ajoelhados com a pá em apenas uma das extremidades, e as de caiaque (K), na qual os esportistas remam sentados, com pás nas duas extremidades do remo. A denominação de cada prova une o tipo do barco, o número de tripulantes e a distância: por exemplo, o K1 200m consiste em uma prova de caiaque, com um remador no barco e em uma distância de 200 metros.
As dez provas (cinco no masculino e cinco no feminino) são divididas em eliminatórias, semifinal e final, com a final A, em que são distribuídas as medalhas, e a final B, em que os demais atletas eliminados no evento competem. O modelo de chaveamento de cada classe pode ser diferente, confira como funciona o caminho à final das dez provas:
C1/K1: São cinco baterias iniciais para os canoístas serem sorteados. Os atletas buscam as duas primeiras posições para avançar direto às semifinais, enquanto os demais disputam duas vagas nas três baterias de quartas de final, uma espécie de repescagem. A partir da semifinal, os quatro primeiros de cada bateria estão na grande final, enquanto os quatro últimos competem na final B.
C2/K2: O modelo é bem parecido, mas são apenas duas baterias classificatórias. Os dois primeiros vão às semis e o resto disputa a repescagem. Nesse caso, são apenas três que avançam para a semifinal da classe, os demais estão na final B. Na semifinal, passam quatro para a final A e o último de cada bateria para a final B. Na decisão, a dupla mais rápida leva o ouro.
K4: O maior barco olímpico tem uma especialidade: duas baterias de abertura classificam 1° e 2° para semifinal e os demais para as quartas. Essa repescagem em bateria única vai mandar os 7 primeiros para completar as baterias de semifinal, enquanto o 8° está eliminado. Na semi, os quatro melhores de cada bateria estão na final e os últimos não competem mais. Existe apenas a final A no K4 500m.
ANÁLISE
MASCULINO
C1 1000m
Eliminatórias: 07/08 e 09/08
Final: 09/08 às 08:50
Favoritos ao ouro: Martin Fuksa (CZE), Cătălin Chirilă (ROU) e Isaquias Queiroz (BRA)
Candidatos à medalha: Sebastian Brendel (GER) e Wiktor Glazunow (POL)
Podem surpreender: Balázs Adolf (HUN) e Serghei Tarnovschi (UKR)
Brasil: Isaquias Queiroz e Mateus Nunes
A principal classe da canoagem está recheada de favoritos para os Jogos de Paris-2024. O brasileiro Isaquias Queiroz é o atual campeão olímpico e utilizou o curto ciclo para cuidar de si próprio. Após a prata nos Jogos Pan-Americanos, o brasileiro voltou aos treinos intensos e chegará na França como um dos canoístas mais rápidos do mundo.
Martin Fuksa deverá ser o principal rival de Isaquias pelo ouro olímpico em Paris (foto: ICF Canoe) |
Os demais postulantes brilharam no ciclo e ganharam ritmo para a disputa na raia francesa. O tcheco Martin Fuksa carrega o cinturão de campeão mundial de canoagem, mas o romeno Cătălin Chirilă, triunfante em 2021 e vice de Fuksa, será uma ameaça na disputa pelo lugar mais alto do pódio.
Por fora, o alemão bicampeão olímpico Sebastian Brendel é candidato a medalhar em Paris, pois foi terceiro no Mundial de Canoagem de 2023, em Duisburg, Alemanha. O germânico volta aos favoritos após um 2022 sem expressão e mesmo não tendo se classificado à final em Tóquio-2020. Apenas 0.024 atrás de Brendel, o polonês Wiktor Glazunow ficou fora do pódio na Alemanha e se mostra regular, rápido e com vontade de ouro. Nas duas etapas da Copa do Mundo em 2024, deu Isaquias em Szeged, na Hungria, com Brendel em quarto lugar. O brasileiro ganhou de forma dominante a prova. Já em Poznan, o título ficou com Glazunow.
Além de Isaquias, a promessa brasileira Mateus Nunes, de 19 anos, vai competir em sua primeira olimpíada e buscará experiência e uma boa participação, sem expectativas de medalhas, como indicou a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) no anúncio da convocação de Mateus. O atleta tem quatro títulos de Olympic Hopes - evento direcionado a jovens canoístas - e se destacou no movimento olímpico. Em 2024 tem bronze na C2 1.000m, prova não-olímpica, e boas colocações no C2 500m e C1 1.000m durante a Copa do Mundo de Szeged, na Hungria.
C2 500m
Eliminatórias: 06/08 e 08/08
Final: 08/08 às 08:30
Favoritos ao ouro: China, Alemanha e Espanha
Candidatos à medalha: França, Itália e Hungria
Podem surpreender: Romênia, Polônia e Brasil
Brasil: Isaquias Queiroz e Jacky Godmann
A disputa em duplas da canoa será entre os alemães atuais campeões mundiais em casa e donos do bronze olímpico, a China, vice no mundial e nos jogos de Tóquio-2020, e os espanhóis, campeões do mundo em 2022 e em franca evolução no ciclo. Em Duisburg, a Alemanha tornou-se campeã mundial com uma diferença de 1.44s da China, após um 2022 sem medalha. Peter Kretschmer e Tim Hecker formam a principal dupla alemã do C2 500m para Paris-2024. Logo atrás, os chineses Liu Hao e Ji Bowen acumulam pódios e formam dupla fixa para buscarem o título mais importante do ciclo na França.
A Espanha manteve a dupla que foi 8° lugar em Tóquio-2020 e terá Cayetano Garcia e Pablo Martínez como uma possibilidade de ouro olímpico. Os canoístas foram campeões mundiais em 2022 e ficaram com o bronze na Alemanha; Paris será o teste final para a evolução espanhola. Por fora, a França volta a disputar os jogos após ficar fora da edição japonesa na categoria.
Os donos da casa vão usar o 4º lugar em Duisburg a seu favor, visto que ficaram fora do pódio por 0.014s com Loic Leonard e Adrien Bart. Precisando ganhar mais tempo e ritmo, Itália e Hungria brigam pelo bronze.
O Brasil vai alinhar Isaquias Queiroz e Jacky Goodman, dupla que fez um ciclo diferenciado e conquistou o 8° lugar na Final B no mundial na Alemanha. Apesar disso, Isaquias está mais rápido do que nunca e com Jacky buscará superar a 4ª posição em Tóquio para subirem ao pódio, o que não seria algo impossível.
K1 1000m
Eliminatórias: 07/08 e 10/08
Final: 10/08 às 08:20
Favoritos ao ouro: Fernando Pimenta (POR) e Ádam Varga (HUN)
Candidatos à medalha: Thomas Green (AUS) e Josef Dostál (CZE)
Podem surpreender: Artuur Peters (BEL) e Agustín Vernice (ARG)
Brasil: Vagner Souta
O caiaque masculino é dominado por dois nomes: o atual campeão mundial na categoria Fernando Pimenta, de Portugal, e o húngaro Ádam Varga, dono de pratas no Mundial e nas Olimpíadas. Em Tóquio, foi vice para o seu compatriota Bálint Kopasz, mostrando a força do país. Além disso, a Alemanha também é forte na classe, mas não defenderá o bronze em Paris.
Por fora, o australiano Thomas Green e o tcheco Josef Dostál buscam aproveitar a ausência alemã. A Bélgica, com Artuur Peters, e a Argentina, com Agustín Vernice, são outros postulantes, mas menos favoritos. O Brasil tem como representante o veterano Vagner Souta. O atleta já tem duas olimpíadas em sua carreira, com o 13° lugar na Rio-2016 e o 19° em Tóquio-2020. A expectativa para Paris-2024 não é alta, mas será observado o desempenho de Vagner com atenção.
K2 500m
Eliminatórias: 06/08 e 09/08
Final: 09/08 às 08:30
Favoritos ao ouro: Hungria e Portugal
Candidatos à medalha: Austrália, Espanha, Alemanha e República Tcheca
Podem surpreender: Lituânia
Brasil: não participa
A K2 masculina será uma das classes mais disputadas nas águas francesas, com uma ampla gama de favoritos à medalha. Hungria e Portugal, respectivamente campeões em 2022 e 2023 no Mundial em Duisburg, na Alemanha, vão batalhar remada a remada pelo ouro. A raia do Estádio Náutico Olímpico Nacional será palco de alguma redenção, visto que os portugueses não se classificaram para Tóquio-2020 e os húngaros ficaram fora do pódio.
Observando à distância a disputa pelo ouro, a Austrália, ouro nos Jogos japoneses e com apenas um bronze em mundiais no ciclo, vai tentar defender o ouro olímpico. Os australianos terão a concorrência da Espanha, que cresce rapidamente no esporte. A Alemanha, que vai focar na classe depois de não conseguir cota na K1, e a sempre presente República Tcheca, serão outros postulantes à medalha.
K4 500m
Eliminatórias: 06/08 e 08/08
Final: 08/08 às 08:50
Favoritos ao ouro: Alemanha e Ucrânia
Candidatos à medalha: Hungria, Espanha e Austrália
Podem surpreender: -
Brasil: não participa
O maior barco entre os homens terá os alemães, donos do ouro olímpico e do título mundial, como maiores postulantes. Sem o K1 para cansar os remadores, o foco será na disputa em caiaques compartilhados. Logo atrás, os germânicos são perseguidos pela Ucrânia, que evoluíram no ciclo.
Instáveis durante o ciclo, os espanhóis querem repetir o título em Duisburg, agora na raia de Île-de-France, mas não será fácil, pois o quarteto ficou mais de um segundo atrás dos campeões em 2023. Austrália e Hungria são experientes e podem alcançar medalhas.
FEMININO
C1 200m
Eliminatórias: 08/08 e 10/08
Final: 10/08 às 08:50
Favoritas ao ouro: Antía Jácome (ESP), Lin Wenjun (CHN), Nevin Harrison (USA) e Yarisleidis Cirilo (CUB)
Candidatas a medalha: María Mailliard (CHI), Liudmyla Luzan (UKR) e Dorota Borowska (POL)
Podem surpreender: Sophia Jensen (CAN)
Brasil: Valdenice Conceição
Foto: Divulgação/CBCa |
A classe mais curta da canoagem olímpica será muito disputada na raia de Île-de-France. A estadunidense Nevin Harrison, campeã olímpica em 2021 e bi-mundial em 2019 e 2022, será a grande favorita para o ouro na França, apesar de ter ficado fora do pódio no principal torneio da canoagem em 2023.
A chinesa Lin Wenjun, mestre em barcos compartilhados, buscará destaque num barco singular ao conquistar as águas francesas. Campeã mundial em 2023, a cubana Yarisleidis Cirilo cresceu no ciclo e poderá buscar o ouro para a ilha caribenha. Fechando as principais favoritas, a espanhola Antía Jácome conquistou o europeu em 2022 e tem dois vices em mundiais; os Jogos podem ser a redenção da canoísta.
Valdenice Conceição representará o Brasil e vai atrás de uma boa participação, sem pressão de resultados avançados. A brasileira, junto a Ana Paula Vergutz na K1, será honrada com a estreia das mulheres na seleção olímpica brasileira de canoagem. Valdenice coleciona bons resultados continentais, mas sua última participação em Copa do Mundo, no ano de 2023 em Duisburg, Alemanha, terminou na primeira fase.
C2 500m
Eliminatórias: 06/08 e 09/08
Final: 09/08 às 07:50
Favorita ao ouro: China
Candidatas à medalha: Espanha e Canadá
Podem surpreender: Ucrânia, Hungria, Cuba e Alemanha
Brasil: não participa
As chinesas dominam a C2 500m, com título olímpico, tri-mundial e Jogos Asiáticos, Xu Shixiao e Sun Mengya não serão subestimadas quando largarem para mais um ouro em olimpíadas. Na cola, Antía Jácome e María Corbera, da Espanha, buscam ganhar a classe que nem chegaram a disputar em 2021. Antía pode sair da França com o hino espanhol tocado mais de uma vez.
O Canadá vai buscar superar a regularidade do ciclo como chave para conquistar medalha na França, com bronze no Mundial de 2023 e sexto lugar em 2022, além da 3° colocação nos Jogos de Tóquio, em 2020, o barco canadense liderado por Katie Vincent é apontado como um dos favoritos, A dupla ucraniana prata em Tóquio-2020 continuou forte no ciclo, vice novamente em 2022 para as chinesas, tiveram um Mundial abaixo do esperado, em 2023, com um 8° lugar, e podem buscar o pódio. Hungria, Cuba e Alemanha também estão no páreo.
K1 500m
Eliminatórias: 07/08 e 10/08
Final: 10/08 às 08:00
Favorita ao ouro: Lisa Carrington (NZL)
Candidatas à medalha: Emma Jørgensen (DEN), Tamara Csipes (HUN) e Milica Novaković (SRB)
Podem surpreender: Alyce Wood (AUS) e Michelle Russell (CAN)
Brasil: Ana Paula Vergutz
O caiaque tem a neozelandesa Lisa Carrington como grande líder. A veterana é tetracampeã mundial na classe e coleciona outros seis troféus na K1 200m (não-olímpica), além do tricampeonato olímpico em 2012, 2016 e 2020. Nos Jogos de 2024, tentará o quarto ouro como maior postulante.
A dinamarquesa Emma Jørgensen, bronze nos Jogos de Tóquio-2020, caça a australiana de perto e pode superar Lisa, mas precisará tirar 1.3s de desvantagem em relação ao último Mundial. Já a húngara Tamara Csipes ficou perto do ouro no Japão e está entre as candidatas a medalhar alto. A brasileira Ana Paula Vergutz, que não remou em etapas mundiais no ciclo, não chegará a competir pelo pódio, mas buscará uma boa atuação em sua estreia olímpica.
K2 500m
Eliminatórias: 06/08 e 09/08
Final: 09/08 às 08:50
Favoritas ao ouro: Dinamarca, Polônia e Alemanha
Candidatas à medalha: Bélgica, França e Suécia
Pode surpreender: Nova Zelândia
Brasil: não participa
Fora das finais em Tóquio, a seleção dinamarquesa fez um bom ciclo e ganhou o título mundial no ano passado. A equipe contará com Emma Jørgensen e Frederikke Matthiesen. A Polônia se mantém como favorita, já que a nação foi vice olímpica em 2020 e campeã europeia e mundial em 2022. Para 2023 foi feita uma troca de equipe, sem o mesmo sucesso após o vice para a Dinamarca.
As alemãs não conseguiram bater a Polônia até o momento, sempre terminando as provas perto das rivais, e devem lutar por medalhas na França. A Bélgica se junta à briga, pois Hermien Peters e Lize Broekx cresceram muito e se aproximaram das potências da modalidade. A equipe dona da casa foi bem no Mundial e pode usar a corrente à seu favor; a França usou a cota de país-sede na K2 500m feminina e tem possibilidade de fazer valer a aposta. Suécia e Nova Zelândia também não podem ser subestimadas.
K4 500m
Eliminatórias: 06/08 e 08/08
Final: 08/08 às 08:50
Favoritas ao ouro: Polônia, Espanha e Nova Zelândia
Candidatas à medalha: Hungria, Austrália e China
Pode surpreender: Alemanha
Brasil: não participa
A última classe desse guia aponta a Polônia, campeã europeia e mundial em 2022, como uma das favoritas ao ouro. Austrália e Nova Zelândia alternaram desempenhos durante o ciclo, com as neozelandesas levando o campeonato mundial em 2023 e as australianas ficando com o vice em 2022.
As espanholas coletaram um bronze no europeu e no mundial. O quarteto hispânico tem ritmo para mais um terceiro lugar em Vaires-sur-Marne, mas podem alcançar mais. Por fora, China e Hungria brigam por medalhas.
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