*Por Anna Julia Sbardelot
FICHA TÉCNICA
Local de disputa: Praça da Concórdia
Período: 30/07 a 31/07
Número de países participantes: 16
Total de atletas: 24, sendo 12 mulheres e 12 homens
Brasil: Gustavo 'Bala loka' Oliveira
HISTÓRICO
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| Charlotte Worthington, ouro no feminino em Tóquio-2020 (Foto: Mathhew Childs) |
Estreante em Tóquio-2020, o Ciclismo BMX Freestyle foi incluído no programa olímpico em 2017 como uma tentativa de atrair um público mais jovem e urbano às Olimpíadas, ao lado do surfe e do skate.
Foi na Califórnia na década de 1960 que o BMX Freestyle acabou se desenvolvendo. Nos anos 80 o estilo se tornou popular e chegou até o Brasil. Em 2018 a disciplina fez uma aparição nos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, onde competidores da Argentina e da Alemanha levaram o ouro no evento juvenil misto por equipes.
Os primeiros campeões olímpicos na modalidade foram o australiano Logan Martin e a britânica Charlotte Worthington. Venezuela, Estados Unidos e Suíça também garantiram medalhas em Tóquio-2020.
Nessa modalidade há seis categorias: Street, Mini Ramp, Dirt Jump, Flatland, Vertical e Park, o único presente em Jogos Olímpicos. É praticado em percursos fechados como skateparks ou bikeparks, onde se encontram diferentes obstáculos, como rampas, bancadas, paredes e corrimões.
BRASIL
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| Foto: Alexandre Loureiro/COB |
Sem classificados em Tóquio-2020, o Brasil terá um representante pela primeira vez em Paris. O BMX Freestyle começou a aparecer no país na década de 80 e a cidade de Belo Horizonte tem papel fundamental para o desenvolvimento da modalidade, já que a capital mineira foi uma das pioneiras com a construção de duas pistas, que estão em uso até hoje.
Ao longo de toda a década, o número de praticantes em São Paulo e no Rio de Janeiro aumentou e foi se estendendo para todo o país. Em 1985 começaram as primeiras competições de Freestyle no Brasil, e desde então, o esporte se consolidou no país.
Gustavo “Bala Loka” é o principal nome da modalidade. Com uma medalha de bronze inédita nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, ele ainda conquistou a décima colocação no mundial no ano passado. Ocupando a 7ª colocação no ranking mundial, Gustavo garantiu sua vaga olímpica entre os 12 mais bem colocados.
FORMATO DE DISPUTA
Os competidores do BMX Freestyle disputam a disciplina Park. No masculino e feminino, os atletas terão duas voltas de um minuto e serão julgados por executar movimentos em paredes, bancadas e postes.
Os juízes irão analisar as performances com base na dificuldade, estilo, execução, originalidade e altura. A pontuação vai de 0 a 100, e serão somadas ao término das duas voltas feitas pelos atletas. Aquele com a maior pontuação, conquista a medalha de ouro.
ANÁLISE
MASCULINO
Eliminatórias: 30/07
Final: 31/07
Favoritos ao ouro: Kieran Reilly (GBR) e Logan Martin (AUS)
Candidatos à medalha: Anthony Jeanjean (FRA), Rimu Nakamura (JPN) e Justin Dowell (USA)
Podem surpreender: Jose Torres Gil (ARG) e Marin Hantes (CRO)
Brasil: Gustavo “Bala Loka” Oliveira
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| (Matthew Childs/ Reuters) |
Com a presença do brasileiro Gustavo Oliveira, o “Bala Loka”, o Brasil estará bem representado em uma modalidade que conta com a presença do campeão olímpico em grande fase, o australiano Logan Martin. Terceiro colocado no ranking mundial, Martin ficou com o vice-campeonato mundial em 2023, ficando atrás do britânico Kieran Reilly, campeão mundial e também grande favorito ao ouro em Paris.
O líder do ranking mundial, Anthony Jeanjean, compete em casa e conta com a torcida para garantir uma medalha inédita para a França. Rimu Nakamura e o campeão mundial de 2018 Justin Dowell podem surpreender, ao lado do francês e também do argentino campeão Pan-Americano Jose Torres Gil, e disputar uma medalha em Paris.
FEMININO
Eliminatórias: 30/07
Final: 31/07
Favoritas ao ouro: Hannah Roberts (USA), Deng Yawen (CHN) e Nikita Ducarroz (SUI)
Candidatas ao pódio: Charlotte Worthington (GBR) e Laury Perez (FRA)
Podem surpreender: Macarena Perez (CHI),
Brasil: Não tem
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| Hannah Roberts carrega o favoritismo para o ouro em Paris (foto: USA Cycling) |
Com a presença de todas as medalhistas olímpicas de Tóquio-2020, o BMX Freestyle feminino terá uma disputa acirrada em Paris. Enquanto a campeã olímpica Charlotte Worthington ocupa agora a 11ª colocação do ranking mundial e um 7º lugar no campeonato mundial em 2023, Hannah Roberts (prata em Tóquio) ocupa a primeira colocação do ranking após consagrar-se campeã mundial. Bronze em 2021, a suíça Nikita Ducarroz vem de grandes resultados em etapas de copa do mundo ao lado da chinesa Deng Yawen e da francesa Laury Perez.
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