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Guia Paris 2024 - CICLISMO MOUNTAIN BIKE



*Por Felipe Veras

FICHA TÉCNICA

Local de disputa:  Élancourt Hill, Ilê-de-France

Período:  28 e 29 de Julho

Número de países participantes: 36

Total de atletas: 72

Brasil: Ulan Galinski e Raiza Goulão

HISTÓRICO

Sendo considerado um esporte relativamente novo, o ciclismo Mountain Bike surgiu na década de 1970, com ciclistas da Califórnia que decidiram levar suas bicicletas para fora da estrada e explorar novas trilhas. Na década de 1990 foram criadas as primeiras bicicletas capazes de suportar os terrenos mais acidentados e, posteriormente, o hobby decolou, tornando-se rapidamente um esporte por si só. As primeiras competições informais ocorreram no fim da década de 1970, antes do primeiro Mundial oficial ser realizado na década de 1990.

Nos Jogos Olímpicos, a categoria fez sua estreia anos após o primeiro mundial, nos Jogos de Atlanta em 1996.De lá para cá, os Suíços lideram o ranking de medalhas com 10 pódios. Já a França é a vice-líder do ranking com seis pódios e divide o posto de maior medalhista com a Itália: o francês Julien Absalon foi ouro em Atenas-2004 e Pequim-2008, enquanto a italiana Paola Pezzo foi ouro em Atlanta-1996 e Sydney-2000. 

BRASIL

Avancini após vencer a prova da Maratona MTB no Mundial
Henrique Avancini, um dos maiores nomes do Brasil no mountain bike (Foto: Reprodução/UCI X)

O esporte demorou pouco mais de uma década após o seu surgimento para dar as caras no Brasil, chegando no meio para o final da década de 1980, no Rio de Janeiro. E o esporte não demorou muito para tomar popularidade na capital carioca e ser abraçado por uma enorme quantidade de adeptos, dando início aos primeiros campeonatos e a popularização nacional.

Apesar da pouca diferença de tempo entre a popularização da modalidade no Brasil e os primeiros Jogos, o Brasil ainda em Atlanta, na estreia da modalidade, levou dois representantes, Márcio Ravelli, 27º colocado, e Ivanir Teixeira, 35º colocado. O Brasil ainda não subiu no pódio do Mountain Bike em Jogos Olímpicos.

Nos últimos Jogos, o Brasil teve Henrique Avancini, que chegou a Tóquio como candidato a medalha após ser campeão mundial, mas ele terminou em 13º. Avancini era o grande nome do Brasil no mountain bike no ciclo de Paris, quando resolveu se aposentar em 2023, deixando a modalidade 'orfã' de um grande destaque mundial  no país


FORMATO DE DISPUTA 

Nas olimpíadas, o Mountain Bike é realizado na modalidade de cross-country, que consiste numa corrida de resistência combinando habilidade técnica, força e resistência física.

Nesse tipo de disputa, os ciclistas percorrem trilhas e terrenos variados, enfrentando subidas íngremes, descidas técnicas e obstáculos naturais e os percursos  geralmente possuem distâncias variadas, entre 30 e  50 quilômetros. O objetivo é completar o percurso no menor tempo possível, superando os adversários e chegando à linha de chegada em primeiro lugar.


ANÁLISE

Ulan Galinski fica na 33ª colocação no Cross-Country Olímpico pela etapa de Val di Sole da Copa do Mundo de Mountain Bike
Foto: Instagram/Ulan Galinski

MASCULINO

Final: 29 de Julho

Favorito: Tom Pidcock (GBR)

Candidatos ao pódio:  Nino Schurter (SUI), Sam Gaze (NZL)

Podem surpreender: Matias Fluckiger (SUI) e Alan Hatherly (RSA)

Brasileiro: Ulan Galinski

Os favoritos ao pódio parisiense são o britânico Tom Pidcock, ouro em Tóquio-2020 e multicampeão de Mountain Bike em diversas modalidades, e o Suiço Nino Schurter, 17 vezes campeão mundial, pentacampeão europeu, ouro na  Rio-2016, prata em Londres-2012 e bronze em Pequim-2008, o veterano foi 4º colocado em Tóquio e deve disputar mais uma medalha em Paris. Nomes como Sam Gaze Matias Fluckinger e Alan Hatherly, com boas atuações em etapas de copa do mundo, tem boas chances de pódio em Paris

Representando o Brasil, Ulan Galinski é o 35º colocado no ranking mundial e recentemente conquistou sua melhor classificação em copas do mundo, apesar de não figurar entre os favoritos o brasileiro tem as condições para se superar e conquistar uma boa classificação geral. 


FEMININO

Goulão cruzando a linha de chegada em terceiro lugar
Foto: Wander Roberto/COB

Final: 28 de Julho

Favorito: Alessandra Keller (SUI)

Candidatos ao pódio: Haley Batten (USA) e Pauline Ferrand-Prévot (FRA)

Podem surpreender:  Jenny Rissveds (SWE) e Loana Lemconte (FRA)

Brasileira: Raiza Goulão 

Na disputa feminina, a suíça Alessandra Keller vem dominando as etapas da copa do mundo e lidera o ranking de forma isolada em duas categorias, pelo ciclismo MTB Olímpico (XCO) e pelo Short Track (XCC), Alessandra vem figurando pódios repetidas vezes e mantém o ótimo desempenho desde 2023. Também em busca do pódio, acirrando a disputa, quem volta aos Jogos é a estadunidense Haley Batten, 9ª colocada em Tóquio-2020, ela ocupa a 3ª posição no ranking e vem como uma forte candidata ao pódio.

A francesa tricampeã mundial, Pauline Ferrand-Prévot, 14ª no ranking mundial e 10ª colocada em Tóquio-2020, também vai novamente aos Jogos, dessa vez em casa ela terá o apoio da torcida francesa e pode surpreender, assim como Jenny Rissveds e Loana Lemconte, que contam com várias vitórias em etapas de Copa do mundo e podem pintar no pódio.

Pelo Brasil, Raiza Goulão, 65ª colocada no ranking mundial será a representante em Paris 2024, também tendo participado do Rio-2016 ela irá para sua segunda edição dos Jogos e sem muitas chances de pódio, deverá pra brigar para conseguir a melhor colocação de uma brasileira na prova.

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