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Guia Paris 2024 - ESCALADA ESPORTIVA



*Por Regys Silva

FICHA TÉCNICA

Local de disputa: Le Bourget Sport Climbing

Período: 5 a 10/08

Número de países participantes: 22

Total de atletas: 68 (34 homens e 34 mulheres)

Brasil: Não participa


HISTÓRICO

Como modalidade olímpica, estreou em Tóquio-2020, mas a escalada tem seus primeiros registros datados de 400 a.c., em pinturas que retratam a prática. No entanto, a primeira competição da modalidade em sua forma esportiva aconteceu apenas em 1982, na Itália. No ano seguinte, ocorreu o primeiro evento indoor desse esporte.

Em agosto de 2016, O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou que a escalada esportiva seria uma das modalidades do programa olímpico de Tóquio- 2020. Sua inclusão foi proposta em 2015 pela Federação Internacional de Escalada Esportiva (IFSC), órgão que regula a modalidade em nível mundial.

Logo de cara a inclusão deste esporte gerou polêmica entre seus próprios entusiastas. Isso porque o evento masculino e feminino na capital japonesa foram um combinado dos três estilos (dificuldade, velocidade e boulder).


Uma parede de escalada esportiva (foto: divulgação)

Atletas como Lynn Hill, campeã mundial da dificuldade em 1990, criticaram a decisão dos organizadores. Para a estadunidense, misturar três provas diferentes de escalada é como “pedir para que um meio-fundista corra uma prova de velocidade”.

Em Paris, a velocidade foi posta em um evento separado, enquanto boulder e dificuldade permanecem como disputa combinada. A competição será disputada em Le Bourget, junto ao Centro Aquático Olímpico em Saint-Denis, sendo a única instalação esportiva construída especificamente para Paris 2024.


BRASIL

Assim como em Tóquio, o Brasil não conseguiu classificar atletas para a modalidade. Na última vez que teve a possibilidade, nos Jogos Pan-Americanos de 2023, também não conseguiu a classificação.

Em virtude dos desempenhos abaixo do esperado, também não conseguiram vagas na qualificação olímpica, que distribui as derradeiras vagas nos Jogos.


FORMATO DE DISPUTA


A Escalada vai mudar de formato em Paris. Em Tóquio- 2020, o boulder, a velocidade e a dificuldade foram incluídos em um único evento em cada gênero. E como já citado acima, em Paris a prova de velocidade será disputada à parte, enquanto boulder e dificuldade formarão um combinado.

Na velocidade, a disputa será mais simples, em formato eliminatório, com dois escaladores se enfrentando e quem subir primeiro uma parede de 15 metros avança para a próxima fase, sendo assim até a bateria final. 

Já no combinado boulder e dificuldade, a pontuação terá como base a performance do atleta, que poderá somar 100 pontos no boulder e 100 pontos na dificuldade;

Na modalidade do boulder, serão quatro quebra- cabeças em cada fase, todos com duas zonas e um topo e valendo 25 pontos cada. Se chegar na primeira zona, ganha um ponto, na segunda zona ganha seis pontos e se alcançar o topo, fica com os 25 pontos integrais.  A cada queda, um ponto será deduzido.

Já na dificuldade, haverá um trajeto por fase, e apenas os últimos 30 movimentos contarão pontos. Os últimos 15 movimentos antes de chegar no topo valerão cinco pontos cada. Os 10 movimentos prévios valerão 2 pontos e os 5 movimentos iniciais dos 30 contarão 1 ponto. Os anteriores não contarão nenhum ponto.


ANÁLISES


MASCULIINO

VELOCIDADE

Qualificação e Eliminação: 06/08 

Quartas de final, semifinal e Final: 08/08

Favoritos ao ouro: Matteo Zurloni (ITA) e Long Jinbao (CHN) e Veddriq Leonardo (INA)

Candidatos à medalha: Rahmad Mulyono (INA), Wu Peng (CHN)

Pode surpreender: Samuel Watson (USA) e Basa Mawen (FRA)

Brasil: Não participa

O pódio da última prova de velocidade no mundial (foto: Anthony Anex/EPA)

Campeão mundial e recordista europeu ao subir a parede em 5s023, Zurloni é o favorito para levar o ouro, mas o chinês Long Jinbao, vice mundial,  e o indonésio Veddriq Leonardo, tricampeão da copa do mundo, brigam para chegar ao título olímpico.

Rahmad Mulyono e Qu Peng são os maiores candidatos a pegar um lugar ao pódio além dos favoritos, mas o recordista mundial Samuel Watson não está descartado na briga pelo pódio, assim como Bassa Mawen, que tem o fator casa ao seu favor para chegar na medalha olímpica.


COMBINADO BOULDER E DIFICULDADE

Semifinal: 05 e 07/08 

Final: 09/08

Favoritos ao ouro: Jakob Schubert (AUT), Colin Duffy (USA)  e Narasaki Tomoa (JPN)

Candidatos à medalha: Anraku Sorato (JPN) e Lee Dohyun (KOR)

Pode surpreender: Adam Ondra (CZE)

Brasil: Não participa


Um dos maiores nomes da prova, o austríaco Jakob Schubert vem para tentar o ouro olímpico na França e com seis mundiais nas provas de boulder e dificuldade, é o grande favorito. Colin Duffy e Tomoa Nakasaki, também com títulos mundiais na carreira, farão uma ferrenha oposição ao campeão mundial.

Quem corre por fora pelo pódio são Anraku Sorato e Lee Dohyun com medalhas em etapas da Copa do Mundo, enquanto o multicampeão mundial  Adam Ondra, mesmo sem muitos resultados relevantes no ciclo, pode surpreender.


FEMININO

VELOCIDADE

Qualificação e Eliminação: 05/08 

Quartas de final, semifinal e Final: 07/08

Favoritas ao ouro: Desak Dewi (INA), Emma Hunt (USA) e Aleksandra Miroslaw (POL)

Candidatas à medalha: Aleksandra Palucka (POL) e Zhou Yafei (CHN)

Pode surpreender: Leslie Romero (ESP)

Brasil: Não participa


A briga pelo ouro tem tudo para ser emocionante na velocidade. a Atual campeã mundial Desak Dewi, Emma Hunt e Aleksandra Miroslaw formaram o pódio do Mundial de 2023 e prometem fazer uma disputa interessante pelo o título olímpico.

Aleksandra Palucka, que foi quarta colocada no mundial, ao lado de Zhou Yafei correm por fora para uma medalha. A espanhola Leslie Romero, que também chegou às quartas de final do Mundial, é uma surpresa que pode atrapalhar a vida de quem briga por medalha.


COMBINADO BOULDER E DIFICULDADE

Semifinal: 06 e 08/08 

Final: 10/08

Favoritas ao ouro: Janja Garnbret (SLO)

Candidatas à medalha: Mori Ai (JPN), Jessia Pilz (AUT), Natalia Grossman (USA) e Brooke Raboutou (USA)

Pode surpreender: Orione Bertone (FRA)

Brasil: Não tem


Janja Garnbret é a grande favorita ao bi olímpico (foto: German Climbing)

Atual campeã olímpica e dona de oito títulos mundiais, Janja Garnbret é um dos maiores nomes da escalada esportiva mundial é a grande favorita para revalidar o título olímpico. Jessia Pilz (vice-campeã mundial), Mori Ai e Natalia Grossman, adversárias frequentes e contumazes da eslovena no Mundial e na Copa do Mundo, deverão ser as principais postulantes a vencer Garnbret e vão tentar conquistar esse inédito ouro.

Quarta colocada no Mundial, Brooke Raboutou, está na briga por um lugar no pódio. A francesa Orione Bertone, quinta colocada no mundial, vai usar o fator casa para buscar uma medalha surpresa.



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