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Guia Paris 2024 - HÓQUEI SOBRE A GRAMA




*Por Pedro Martins Soares

FICHA TÉCNICA

Local de disputa: Stade Yves-du-Manoir

Período: 27/07 a 9/08

Número de países participantes: 15

Total de atletas: 384 (192 homens e 192 mulheres)

Brasil: Não participa


HISTÓRICO

O Hóquei tem registros históricos que sugerem que as primeiras formas de jogar bola usando tacos eram jogadas no Egito e na Pérsia por volta  de 2000 a.C., e na Etiópia por volta de  1000 a.C. Evidências posteriores sugerem que os antigos gregos, romanos e astecas também jogavam jogos semelhantes ao hóquei. 

O Hóquei moderno foi desenvolvido em escolas públicas na Inglaterra do século XIX e o termo 'hóquei sobre a grama' é mais usado em países em que o hóquei no gelo é mais popular, como o Canadá, Estados unidos e leste Europeu.

A estreia do hóquei sobre a grama nos Jogos Olímpicos aconteceu em Londres-1908, com apenas seis times e as semifinais foram dominadas pelos quatro países do Reino Unido, com Inglaterra ganhando da Irlanda, pré-independência, na final. Já como time único, a Grã-Bretanha venceu de forma tranquila em Antuérpia-1920. O esporte foi cortado de Paris-1924, e, como resposta, foi criada a Federação Internacional de Hóquei (FIH), o que garantiu o retorno do esporte em Amsterdã-1928.



Seleção da Índia após ganhar o seu último ouro em Moscou-80 (foto: Rediff)

O ano de 1928 viu o início de um domínio sem igual no esporte: a Índia enviou pela primeira vez uma equipe e venceu o primeiro dos seus seus seis ouros seguidos até ser derrotado pelo Paquistão em Roma-1960. Mas a Índia levou o sétimo título em Tóquio-1964, numa revanche. Quatro anos depois, o Paquistão, maio rival dos indianos, levou seu segundo ouro no México.

Índia ainda conquistou mais um ouro nos Jogos de moscou em 1980 e é o país com mais ouros na modalidade, com oito conquistas. Paquistão, Grã Bretanha e Alemanha vem atrás com três ouros cada. 

A disputa feminina só começou em 1980, com uma vitória surpreendente e histórica do Zimbábue. Mas o pais mais vencedor no hóquei sobre a grama feminino são os Países Baixos, com quatro ouros, seguidos pela Austrália com três conquistas. Alemanha, Grã Bretanha e Espanha tem um ouro cada. 


BRASIL

A única participação brasileira em Jogos Olímpicos aconteceu no Rio de Janeiro em 2016. Apenas o time masculino se classificou pelo critério estabelecido pela FIH ao país-sede: o país deveria ficar entre os seis primeiros nos Jogos Pan-Americanos de 2015, feito alcançado com uma vitória histórica sobre os EUA nas quartas-de-final. Foi apenas o segundo Pan disputado, após a Rio 2007.

Já o time feminino, bronze no Sul-Americano de 2016, não conseguiu vaga olímpica por não ter ficado entre os 40 melhores países no ranking e nem mesmo foi para Toronto-2015. O único Pan disputado foi o de 2007. Tanto o time masculino quanto o feminino terminaram em oitavo lugar em casa. Os maiores resultados do time masculino são as medalhas de bronze no Campeonato Sul-americano de 2013 e nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba de 2018.


FORMATO DE DISPUTA

Ao todo, 12 equipes (em cada naipe) se classificaram para o evento. Serão formados dois grupos de seis cada, e os quatro melhores times se classificam para um mata-mata clássico de quartas de final, semifinais e final. Os jogos serão disputados no Stade Yves-du-Manoir, um legado dos Jogos olímpicos de Paris 1924, que foi reformado para a disputa do Hóquei sobre a grama. Cada seleção levará 16 atletas em suas delegações.


ANÁLISE

MASCULINO

Fase de grupos/mata-mata: 27/07 a 06/08

Final: 08/08 às 19:00

Favoritos ao ouro: Bélgica (BEL) e Países Baixos (NED)

Candidatos à medalha: Austrália (AUS), Grã Bretanha (GBR) e Alemanha (GER) 

Podem surpreender: Argentina (ARG) e Índia (IND)

Brasil: Não participa


Os belgas vão tentar o bi olímpico, mas a missão não será fácil em Paris (foto: Reuters)

Países Baixos e Bélgica dividem o favoritismo no masculino. Os neerlandeses, se mantiveram sempre no pódio após a prata em Tóquio-2020. com o bicampeonato da Hockey pro League em 2021/22 e 2022/23, além do bronze na última copa do Mundo em 2023. A Bélgica atual campeã olímpica, continuou forte, apesar do vice da Copa do Mundo e deve brigar pelo bi em Paris.

A principal ameaça a um possível disputa pelo ouro entre belgas e neerlandeses é a Alemanha, que surpreendeu conquistando a última Copa do mundo e pode aprontar novamente.  Já a Austrália, bronze em Tóquio-2020, e atual campeã da etapa 2023/24 da Pro League, também está na briga pelo pódio. 

Grã Bretanha é outra seleção que pode incomodar os favoritos, assim como os argentinos, que surpreenderam em Tóquio conquistando o ouro olímpico e vão querer subir no pódio de novo. A índia, que busca remontar os tempos de glória, tem evoluído nas edições da Pro League e também pode pintar de surpresa entre os considerados favoritos.


FEMININO

Fase de grupos/mata-mata: 27/07 a 7/08

Final: 9/08, às 20h00

Favoritas ao ouro: Países Baixos (NED) 

Candidatas ao pódio: Argentina (ARG), Alemanha (GER) e Austrália (AUS)

Podem surpreender: Bélgica (BEL) e Grã Bretanha (GBR)

Brasil: Não participa


As neerlandesas são as grandes favoritas ao ouro em Paris (foto: FIH)

As expectativas para a competição de hóquei sobre a grama feminino estão altas, especialmente em relação às seleções que se destacaram nos últimos anos. Os Países Baixos chegam como os grandes favoritos, sustentados por sua vitória dominante na Copa do Mundo de Hóquei Feminino em 2022 e pelo ouro conquistado em Tóquio-2020. Com uma equipe repleta de jogadoras experientes e jovens promessas, as neerlandesas demonstram consistência e talento que as colocam como a equipe a ser batida em Paris.

A Argentina, outra força significativa, também chega a Paris com grandes expectativas. As Leonas, que conquistaram a prata em Tóquio e foram vice-campeãs na Copa do Mundo de 2022, têm mostrado uma evolução constante e uma capacidade de competir no mais alto nível. Austrália e Alemanha são outras seleções com pódios tanto na Copa do Mundo quanto na Pro League, e estão na disputa pelo pódio.

Além disso, a Grã-Bretanha, medalhista de bronze em Tóquio e seleções como Bélgica e Índia esperam fazer um bom papel em Paris tentando ser as 'zebras' da competição feminina

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