Guia Paris 2024 - NATAÇÃO

 *Por Natália Oliveira e João Vitor Prudente 

FICHA TÉCNICA

Local de disputa: La Défense Arena

Período: 27/07 a 04/08

Número de países participantes: 190

Total de atletas: 948 

Brasil: 18 atletas 

HISTÓRICO

Nadar é uma atividade que remonta aos tempos pré-históricos. Na antiguidade, a natação era valorizada pelos gregos como parte da formação cidadã e pelos romanos como treinamento militar. A primeira competição de natação registrada aconteceu no Japão em 1810. Mas foi a Inglaterra que desempenhou um papel crucial na disseminação da natação como esporte ao fundar a National Swimming Society of Great Britain (Sociedade Nacional de Natação da Grã-Bretanha). Assim, a prática esportiva da natação começou a ganhar forma no final do século 19. Naquela época, a maioria dos nadadores usava o nado peito ou uma variação dele. Com o tempo, novos estilos foram incorporados às competições de natação.

O esporte está presente em todos os Jogos Olímpicos da era moderna. Embora as primeiras provas olímpicas tenham ocorrido em ambientes naturais, como na baía de Zea durante os Jogos de Atenas em 1896 e o Rio Sena em Paris-1900, a partir dos Jogos de Londres em 1908 as competições passaram a ser realizadas em piscinas. Nesse mesmo ano, foi criada a Federação Internacional de Natação (FINA), agora conhecida como World Aquatics.

Nos Jogos Olímpicos de 1896, apenas eventos de estilo livre foram disputados. As competições de nado peito e costas foram adicionadas nos Jogos de St. Louis em 1904, e as de borboleta estrearam 52 anos depois, nos Jogos de Melbourne em 1956. A natação feminina foi incluída no programa olímpico em 1912 com duas provas, mas hoje as competições femininas e masculinas são idênticas. 

Os atletas dos Estados Unidos dominam a natação olímpica, tendo conquistado mais de 560 medalhas, sendo 267 de ouro. Austrália, a extinta Alemanha Oriental, Hungria, Japão, Grã Bretanha, Países Baixos, China, Alemanha e a também extinta União Soviética completam o top 10

Em Paris, a natação atingiu um feito recorde! Com a participação de 190 países, será o maior número de nações presentes na natação dos Jogos Olímpicos, estabelecendo um recorde. O Comitê Olímpico Internacional (COI) tem 206 países filiados, o que significa que apenas 16 nações filiadas não estarão competindo na natação.

BRASIL

Cielo no pódio de Pequim-2008 (Foto: Reuters)

A natação no Brasil tem suas raízes nas práticas de nado dos povos indígenas, que usavam a atividade para sobreviver. A prática esportiva começou a ganhar forma com a fundação da União de Regatas Fluminense em 1897, influenciada pelo remo. Em 1898, a União promoveu a primeira competição brasileira de natação, chamada de concurso aquático, que cobriu uma distância de 1,5 km entre a fortaleza de Villegaignon e a praia de Santa Luzia, no Rio de Janeiro.

A partir de 1916, a natação no Brasil passou a ser organizada e regulamentada pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Em 1919, o Fluminense Futebol Clube construiu as primeiras piscinas de competição. Maria Lenk, pioneira na história da natação brasileira, foi a primeira mulher brasileira e sul-americana a participar dos Jogos Olímpicos, em 1932, destacando-se em uma época em que o esporte não era comum entre as mulheres.

Já o primeiro medalhista olímpico do Brasil na natação foi Tetsuo Okamoto, nos 1500m livre na olimpíada de Helsinque-1952. Em Roma 1960, o recordista mundial Manoel dos Santos venceu os 100m livre e vinte anos depois, o Brasil conseguiu sua primeira medalha olímpica em um revezamento, com o bronze no 4x200m livre em Moscou.

Em Los Angeles-1984, o recordista e campeão mundial Ricardo Prado ficou com a prata nos 400m medley. Nos ano 90, nomes como Gustavo Borges com quatro medalhas olímpicas.  Fernando Scherer foram os principais destaques da natação brasileira

Cesar Cielo  é o único nadador brasileiro a ser campeão olímpico, conquistando o ouro nos 50 metros livre nos Jogos Olímpicos de 2008 em Pequim. Com 19 medalhas em Campeonatos Mundiais, Cielo é o atleta brasileiro mais medalhado em qualquer esporte. Foi eleito o melhor atleta ibero-americano de 2009 e o melhor atleta da década pela revista Sport Life, sendo amplamente reconhecido como o maior nadador da história do Brasil.

O maior medalhista dos jogos Pan-americanos Thiago Pereira, ganhou a prata olímpica em Londres-2012. Após passar em branco nadando em casa na Rio 2016, Fernando Scheffer e Bruno Fratus faturaram dois bronzes em Tóquio-2020

No momento, o Brasil pode não ser considerado um favorito absoluto a medalhas, mas tem boas chances de se destacar. Guilherme Costa é uma das principais esperanças de pódio. As revelações, Mafê Costa e Guilherme Caribé, também têm potencial para surpreender. Além disso, o Brasil tem possibilidades de alcançar um pódio em uma das provas de revezamento, se estiver em um dia inspirado.

FORMATO DE DISPUTA

Nas provas de natação dos Jogos Olímpicos, os competidores nadam em uma piscina de 50 metros de comprimento. As modalidades incluem quatro estilos principais - peito, borboleta, costas e crawl. 

O nado crawl, criado na Austrália, é o mais rápido entre os estilos. Influenciado por Dick Cavill, que se inspirou em técnicas observadas em nadadores italianos e povos nativos de Colombo, o crawl se caracteriza por batidas rápidas das pernas e uma coordenação eficiente dos movimentos dos braços. As provas individuais ocorrem nas distâncias de 50, 100, 200, 400, 800 e 1500 metros. Mas o estilo aparece também no revezamento medley de 4x100m e 4x200m.

Já o nado peito, é praticado desde a Idade Média. Estreou nos Jogos Olímpicos de 1904 em Saint Louis. Originalmente, o estilo era totalmente submerso, mas mudanças na década de 1950 permitiram movimentos na superfície. É o mais lento dos quatro estilos.

Criado por Bernardi em 1794, o nado costas inicialmente tinha movimentos simultâneos dos braços, depois ajustados para alternados para melhorar o rendimento. Similar ao crawl, exceto pela posição de costas, é o único estilo onde os atletas começam na água.

Por fim, o nado borboleta teve origem no nado peito na década de 1930, aprimorando-se com movimentos aéreos dos braços e, posteriormente, com a introdução das pernadas onduladas em estilo golfinho, em 1950. 

Todos esses últimos três estilos são disputados nos 100 e 200 metros.

O medley combina os quatro estilos e pode ser disputado em: 200 metros (50 metros para cada estilo); 400 metros (100 metros para cada estilo) ou revezamento 4x100 metros (cada nadador usa um estilo).

ANÁLISE

50m LIVRE MASCULINO

Eliminatórias: 01/08

Final: 02/08

Favoritos ao ouro: Caeleb Dressel (EUA)

Candidatos à medalha: Josh Liendo (CAN)

Podem surpreender: Cameron McEvoy (AUS)

Brasil: Guilherme Caribé

Caeleb Dressel (EUA) é um dos nadadores mais aclamados na prova de 50m livre, tendo conquistado medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 2020, no Campeonato Mundial de Natação de 2019 e no Campeonato Mundial de Natação de 2017 nesta distância. Ele também é conhecido por suas cinco medalhas de ouro nas Olimpíadas de Tóquio, mas após enfrentar esgotamento, ele se retirou do campeonato mundial de 2022. Após uma pausa prolongada, Dressel não conseguiu se classificar para o mundial de 2023, tornando sua jornada rumo às Olimpíadas de Paris ainda mais intrigante.

Josh Liendo (CAN) alcançou destaque com uma medalha de bronze nos 50m livre no Campeonato Pan-Pacífico de Natação de 2022, além de ter sido finalista no Campeonato Mundial Júnior de Natação de 2019 nesta mesma prova.

Cameron McEvoy (AUS) demonstrou seu talento com uma medalha de ouro nos Jogos da Commonwealth de 2014 nos 50m livre, além de ter conquistado uma medalha de prata no Campeonato Mundial de Natação de 2015 nos 100m livre. Ele também contribuiu com uma medalha de bronze no revezamento 4x100m livre nos Jogos Olímpicos de 2016.

50m LIVRE FEMININO

Eliminatórias: 03/08

Final: 04/08

Favoritos ao ouro: Sarah Sjöström (SWE)

Candidatos à medalha: Emma Mckeon (AUS)

Podem surpreender: Katarzyna Wasick (POL)

Brasil: -

(Foto: Stefan Wermuth/Reuters)

A sueca Sarah Sjöström é considerada a maior velocista da atualidade. Ela detém o maior número de recordes mundiais nas distâncias em piscinas longas (50 metros), com quatro: 50m livres, 100m livres, 100m borboleta e 50m borboleta (não-olímpico). Sua consistência e capacidade de recuperação de lesões a tornam uma competidora formidável para Paris. Em Jogos Olímpicos, Sjöström ganhou um ouro, uma prata e um bronze na Rio 2016. Nos 50m livres, acumulou um ouro, uma prata e um bronze nos mundiais de 2017, 2019 e 2015, respectivamente, além de um ouro e uma prata no campeonato europeu de 2018 e 2014, respectivamente.

Emma McKeon é a australiana mais condecorada na história olímpica, com cinco ouros, duas pratas e quatro bronzes. Especificamente nos 50m livres, ela conquistou um ouro em Tóquio 2020 e outro no Campeonato Mundial de Piscina Curta de 2022.

Katarzyna Wasick (POL) é especializada nos 50m livres. No Campeonato Mundial, ela ganhou uma prata em 2022 e um bronze em 2024 na piscina longa, além de uma prata em 2022 e um bronze em 2021 na piscina curta. No Campeonato Europeu, conquistou duas pratas na piscina longa, em 2020 e 2022, e na piscina curta, recebeu um ouro em 2019 e uma prata em 2021.

100m LIVRE MASCULINO

Eliminatórias: 30/07

Final: 31/07

Favoritos ao ouro: Pan Zhanle (CHN)

Candidatos à medalha: Caeleb Dressel (EUA)

Podem surpreender: Joshua Liendo (CAN)

Brasil: Guilherme Caribé e Marcelo Chierighini

O atual detentor do recorde mundial estará na disputa! O chinês Pan Zhanle anotou a marca de 46.80 no Campeonato Mundial realizado no início deste ano. Além disso, ele ganhou outros três ouros nesta competição. Nos 100m livre, ele conta também com um ouro nos Jogos Asiáticos de 2022. Vale destacar que essa será sua estreia olímpica. Foi somente durante a Pandemia que Pan fez a transição para as provas de velocidade, aos 16 anos. Ele terminou em segundo lugar na seletiva olímpica chinesa e não conseguiu a vaga olímpica para Tóquio.

O atual campeão Caeleb Dressel (EUA) está com grandes chances de conquistar mais uma medalha. Além de sete ouros olímpicos, ele tem 20 ouros no Campeonato Mundial - sendo três nos 100m livre. Além disso, conquistou uma prata nessa modalidade no Campeonato Pan-Pacífico de 2018.

Joshua Liendo é um nadador canadense especializado em estilo livre e borboleta. Ele é o primeiro nadador canadense negro a ganhar uma medalha individual em um grande campeonato internacional e o primeiro a conquistar uma medalha de ouro. Nos 100m livre, ele conquistou dois bronzes no Campeonato Mundial, em 2021 e 2022, e um bronze no Mundial Júnior, em 2019.

100m LIVRE FEMININO

Eliminatórias: 30/07

Final: 31/07

Favoritos ao ouro: Sarah Sjöström (SUE) 

Candidatos à medalha: Emma Mckeon (AUS)

Podem surpreender: Mollie O'Callaghan (AUS)

Brasil: -

A sueca Sarah Sjöström é amplamente reconhecida como a maior velocista da atualidade. Ela detém quatro recordes mundiais em distâncias de piscinas longas (50 metros): 50m livres, 100m livres, 100m borboleta e 50m borboleta (não-olímpico). Sua consistência e capacidade de recuperação de lesões fazem dela uma competidora formidável para Paris. Nos Jogos Olímpicos, Sjöström conquistou três medalhas na Rio 2016, incluindo um bronze nos 100m livres. No Campeonato Mundial, ela ganhou quatro pratas (2013, 2014, 2015 e 2017) e um bronze (2019) nos 100m livres. No Campeonato Europeu, Sjöström acumulou quatro ouros (2012, 2014, 2016 e 2018) na mesma prova.

Emma McKeon é a australiana mais condecorada na história olímpica, com cinco ouros, duas pratas e quatro bronzes. Especificamente nos 100m livres, ela conquistou um ouro em Tóquio 2020, um ouro no Mundial de Piscina Curta 2022 e um bronze nos Jogos da Commonwealth 2014.

Mollie O'Callaghan (AUS), de 19 anos, é a mais recente velocista de estilo livre a emergir. Ela conquistou oito medalhas de ouro nos Campeonatos Mundiais de 2022 e 2023, vencendo consecutivamente os 100 metros livres. Ela já conta com três medalhas olímpicas, conquistadas nos revezamentos em Tóquio-2020.

100m BORBOLETA MASCULINO

Eliminatórias: 02/08

Final: 03/08

Favoritos ao ouro: Caeleb Dressel (EUA), Joshua Liendo (CAN) e Noe Ponti (SUI)

Candidatos à medalha: Diogo Matos Ribeiro (POR), Kristof Milak (HUN) e Maxime Grousset (FRA)

Podem surpreender: Simon Bucher (AUT), Jakub Majerski (POL) e Matthew Temple (AUS)

Brasil: Kayky Mota

A prova dos 100m borboleta em Tóquio-2020 teve quebra de recorde mundial de Caeleb Dressel (EUA) com o tempo de 49s45. O estadunidense se destacou com cinco medalhas de ouro, mas viu o esgotamento físico o levar a abandonar a natação em meio ao Mundial de 2022. A pausa prolongada acabou e o tempo de referência de Dressel é aquele conquistado na seletiva americana: 50s19 – terceiro melhor tempo geral na temporada.

O tempo do norte-americano só não foi melhor que o de Joshua Liendo (CAN) e Noe Ponti (SUI). O canadense fez 50s06 na seletiva olímpica, bateu o recorde nacional e defende a melhor marca do ano na prova. Joshua também foi bronze no Mundial de 2022 e prata em 2023. Já o suíço fez 50s16 no campeonato nacional e detém o segundo melhor tempo em 2024. Ele também foi medalhista de bronze em Tóquio e pode crescer.

Quem briga por um lugar no pódio é Diogo Matos Ribeiro (POR), atual campeão Mundial na categoria – com o tempo de 51s17. Kristof Milak (HUN) foi medalhista de prata em Tóquio, campeão Mundial em 2022 (50s14) e atual campeão europeu (50s82). Maxime Grousset (FRA) conquistou o ouro no Mundial de 2023 com 50s14, o melhor tempo de 2023.

A briga por fora nos 100m borboleta fica com Simon Bucher (AUT), prata no Mundial de 2024 (51s28), Jakub Majerski (POL), bronze no mesmo Mundial (51s32) e Matthew Temple (AUS), segundo melhor tempo de 2023  e detém 50s61 em 2024.

Kayky Mota (BRA) irá fazer sua estreia em Jogos Olímpicos após garantir a salvaguarda na seletiva brasileira e não ser superado por rivais. Apesar do tempo na final nacional acima dos 52s, Kayky nadou abaixo do índice olímpico no Mundial de 2023 (51s47), em Fukuoka, no Japão. O atleta do Pinheiros, de 25 anos, precisa fazer o melhor tempo da vida para chegar até a final em Paris. Comparando com os tempos de Tóquio, o PB de Kayky Mota (51s47) seria suficiente para garantir o 9º melhor tempo nas baterias classificatórias para as semifinais. Mas o mesmo tempo não o qualificaria para a final (11º melhor tempo).

100m BORBOLETA FEMININO

Eliminatórias: 27/07

Final: 28/07

Favoritos ao ouro: Torri Huske (EUA) e Gretchen Walsh (EUA)

Candidatos à medalha: Zhang Yufei (CHN) e Maggie Macneil (CAN)

Podem surpreender: Emma Mckeon (AUS), Marie Wattel (FRA) e Angelina Kohler (ALE)

Brasil: -

É difícil garantir apenas uma atleta como favorita ao ouro nos 100m borboleta, mas Torri Huske (EUA) é uma delas. Em Tóquio, a norte-americana ficou fora do pódio (4º lugar com 55s73). No mundial de 2022, conquistou o ouro com 55s64 e, no ano seguinte, foi bronze (56s61). Na seletiva americana, Huske fez 55s52, segundo melhor tempo da prova em 2024.

O tempo só não foi melhor que a compatriota Gretchen Walsh (EUA), que tem a melhor marca do ano e, de quebra, bateu o recorde mundial da prova: 55s18 nas classificatórias da seletiva. Também conquistou o ouro na final com 55s31 – não melhorou o recorde porque cansou na segunda metade da piscina.

Medalhista de prata em Tóquio, Zhang Yufei (CHN) fez os quatro melhores tempos dos 100m borboleta em 2023. O melhor deles, 55s86, a deixaria fora do pódio em 2021. Ela foi campeã mundial no ano passado (56s12) e bronze no mundial de 2022 (56s41). Na seletiva olímpica fez 56s36, que coloca Yufei na briga pelo pódio pela regularidade.

Para conquistar o inédito bicampeonato na categoria, Maggie Macneil (CAN) precisa baixar a casa dos 55s no ano. O ouro em Tóquio veio com 55s59. Macneil foi prata no Mundial de 2023 (56s45) e o melhor tempo em 2024 foi 56s61, obtido na seletiva canadense. A atleta de 24 anos também indicou que Paris-2024 será a última disputa olímpica, que pode consagrar a atual campeã olímpica.

Brigam por fora, mas bem distante mesmo: Emma Mckeon (AUS), bronze em Tóquio e com a melhor marca do ano apenas 56s58 na seletiva australiana; Marie Wattel (FRA), prata no Mundial de 2022 (56s14), mas com seu melhor tempo na temporada acima de 57s; e Angelina Kohler (ALE), atual campeã mundial com 56s28 – a melhor marca pessoal no ano.

100m PEITO MASCULINO

Eliminatórias: 27/07

Final: 28/07

Favoritos ao ouro: Adam Peaty (GBR) e Qin Haiyang (CHI)

Candidatos à medalha: Nic Fink (EUA) e Nicolo Martinenghi (ITA)

Podem surpreender: Sam Williamson (AUS), Sun Jiajun (CHN) e Arno Kamminga (NED)

Brasil: -

Peaty após vencer os 50m peito no Commonwealth em 2022 (Foto: Stoyan Nenov/Reuters)

 

Adam Peaty (GBR) lidera a equipe de natação britânica em Paris, composta por 33 atletas, na tentativa de conquistar uma histórica "Três-Turquia" – a terceira medalha de ouro olímpica consecutiva. Peaty, de 29 anos, passou por um período difícil com lesões e problemas de saúde mental desde que ganhou sua segunda medalha de ouro nos 100m peito em Tóquio e admitiu estar pensando em abandonar o esporte. Nas eliminatórias britânicas de abril, mostrou que está em forma e conquistou o título no tempo mais rápido do mundo neste ano (57s94). O recorde mundial da prova também é de Peaty, com 56s88, mas há algum tempo que ele vem sendo ameaçado.

Qin Haiyang (CHN) é uma das possíveis pedras no sapato do sonho britânico do tricampeonato. Em 2024, o chinês nadou a prova apenas uma vez (58s24 na seletiva nacional), mas tem o melhor tempo de balizamento para a prova 57s69 no Mundial de 2023. Haiyang também é recordista mundial nos 200m e tem também o ouro nos 50m peito da prova (que não é olímpica) – é o primeiro atleta a conquistar ouro em todas as provas de um mesmo estilo em Mundiais. 

Após a briga no primeiro pelotão, Nic Fink (EUA) e Nicolo Martinenghi (ITA) disputam uma vaga no pódio. O estadunidense é o atual campeão mundial com 58s57, com tempo melhor que aqueles que o levaram ao pódio nos Mundiais de 2022 e 2023. O PB de Fink é o terceiro melhor tempo de balizamento da prova (58s36), do ano passado. Já o italiano, campeão no Mundial de 2022 (58s26) e bronze em Tóquio (58s33), precisa retomar os tempos de dois anos atrás para superar os rivais. O melhor tempo dos últimos 18 meses veio no Mundial de 2023, com 58s72.

Quem pode surpreender nessa briga acirrada são atletas com tempos recentes abaixo dos 59s. Sam Williamson (AUS) foi quarto no Mundial de 2024 e fez o melhor tempo pessoal de 58s80 na seletiva nacional. Sun Jiajun (CHN) fez 58s73 na seletiva chinesa e Arno Kamminga (NED), que foi prata em Tóquio (58s00) e quinto no Mundial de 2024 (59s22), tem o melhor tempo no ciclo de 58s62, conquistado no Mundial de 2022.

100m PEITO FEMININO

Eliminatórias: 28/07

Final: 29/07

Favoritos ao ouro: Qianting Tang (CHN)

Candidatos à medalha: Ruta Meilutyte (LTU) e Lily King (EUA)

Podem surpreender: Tatjana Smith (RSA) e Benedetta Pilato (ITA)

Brasil: -

Qianting Tang (CHN) chega em Paris com 20 anos e com o atual título de campeã mundial nos 100m peito com 1m05s07. A atleta também tem o melhor tempo de 2024 e bateu o recorde asiático na prova: 1m04s39 na seletiva chinesa. Campeã olímpica em 2012, Ruta Meilutyte (LTU) foi campeã mundial em 2013 (1m04s35), mas anunciou uma aposentadoria precoce em 2019 após problemas com testagens anti-doping. Após o retorno, Ruta conquistou o ouro no Mundial em 2023 (1m04s62), tempo que a deixa com o segundo melhor tempo de balizamento da prova.

Lily King (EUA) foi campeã olímpica na Rio-2016 e bronze em Tóquio (1m05s54). Recentemente, ficou fora do pódio nos Mundiais, mas fez o 2º melhor tempo em 2023 (1m04s75), atrás apenas de Ruta. Na seletiva norte-americana, King fez 1m05s43. Quem briga para chegar ao pódio são Tatjana Smith (RSA) e Benedetta Pilato (ITA). A sul-africana foi bronze em Tóquio (1m05s22) e conquistou a prata no Mundial de 2023 (1m05s84). Ela também tem o melhor tempo no ano com 1m05s48, conquistado na seletiva nacional. Enquanto isso, a italiana foi campeã mundial de 2022 com 1m05s93 e o melhor tempo no ano veio no Sette Colli (1m05s44).

100m COSTAS MASCULINO

Eliminatórias: 28/07

Final: 29/07

Favoritos ao ouro: Thomas Ceccon (ITA) e Ryan Murphy (EUA)

Candidatos à medalha: Hunter Armstrong (EUA)

Podem surpreender: Xu Jiayu (CHN)

Brasil: -

Em mais uma prova, contamos com o atual recordista mundial. O italiano Thomas Ceccon registrou o tempo de 51.60 no Campeonato Mundial de 2022. Além desse feito, ele conquistou duas medalhas olímpicas nos revezamentos em Tóquio 2020. Na modalidade dos 100m costas, ele tem um ouro e uma prata no mundial de 2022 e 2023, respectivamente. Ceccon também se destacou nos Jogos Olímpicos da Juventude 2018, nos quais ganhou cinco medalhas, incluindo um bronze nos 100m costas.

Ryan Murphy (EUA) acumula seis medalhas olímpicas, incluindo um ouro na Rio 2016 e um bronze em Tóquio 2020 nos 100m costas. Além disso, ele possui três ouros (2018, 2022 e 2023), uma prata (2022) e um bronze (2023) em campeonatos mundiais.

Hunter Armstrong (EUA) é um nadador de destaque no nado costas. Ele é o atual campeão mundial nos 100m costas, além de ter conquistado dois bronzes no mesmo campeonato em 2022 e 2023. Ele também tem um ouro olímpico no revezamento medley em Tóquio 2020.

O chinês Xu Jiayu já conquistou uma prata nos 100m costas na Rio 2016, além de outra prata no revezamento medley em Tóquio 2020. Ele ainda conta com dois ouros (2017 e 2019), uma prata (2018) e um bronze (2016) em campeonatos mundiais.

100m COSTAS FEMININO

Eliminatórias: 29/07

Final: 30/07

Favoritos ao ouro: Kaylee Mckeown (AUS)

Candidatos à medalha: Claire Curzan (EUA)

Podem surpreender: Kylie Masse (CAN)

Brasil: -

Nessa prova, assistiremos a recordista mundial Kaylee McKeown. A australiana atingiu o tempo de 57.45 na Seletiva Olímpica Australiana de 2021. Dessa forma, ela chega com tudo para defender seu título olímpico conquistado em Tóquio 2020, onde também garantiu o ouro nos 200m costas e no revezamento 4×100 m medley e o bronze no revezamento 4×100 m medley misto. Ela conta, ainda, com dois ouros nos Campeonatos Mundiais de 2022 e 2023 e um ouro nos Jogos da Commonwealth 2022.

Enquanto outros nomes importantes optaram por renunciar ao Campeonato Mundial de 2024 em fevereiro, Claire Curzan, de 19 anos, aproveitou a oportunidade para se destacar. Curzan dominou as provas de nado costas, conquistando ouro nas três distâncias (os 50m costas não são disputados nas Olimpíadas), além de uma medalha de ouro no revezamento medley misto. Ela conta ainda com uma prata olímpica no revezamento 4×100 m medley, conquistada em Tóquio 2020.

Medalha de prata em Tóquio 2020 e de bronze na Rio 2016, a canadense Kylie Masse tem dois ouros (2017 e 2019) e três pratas (2016, 2020 e 2021) em Campeonatos Mundiais, além de um ouro (2018) e uma prata (2022) nos Jogos da Commonwealth.

200m LIVRE MASCULINO

Eliminatórias: 28/07

Final: 29/07

Favoritos ao ouro: Duncan Scott (GBR) Matt Richards (GBR)

Candidatos à medalha: Hwang Sun-woo (KOR)

Podem surpreender: Danas Rapšys (LIT)

Brasil: Guilherme Costa

Medalhista de prata em Tóquio 2020, Duncan Scott (GBR) conquistou um bronze no mundial de 2019, um ouro (2018) e duas pratas (2019 e 2020) no Campeonato Europeu, além de um ouro (2022) e um bronze (2018) nos Jogos da Commonwealth, todos nos 200m livres. Ele também acumula outras quatro pratas e um ouro olímpico.

Continuando com o forte time da Grã-Bretanha, Matt Richards ganhou dois ouros em 2023, no Campeonato Mundial e no Campeonato Europeu. Além disso, ele possui um ouro olímpico no revezamento 4×200m livres.

Quem também chega forte é o coreano Hwang Sun-woo, que conquistou três ouros (2021, 2022 e 2024), uma prata (2022) e um bronze (2023) mundiais, além de um ouro nos Jogos Asiáticos de 2022.

Por fim, destaca-se o lituano Danas Rapšys, que recebeu três medalhas no Campeonato Mundial: duas pratas (2018 e 2024) e um bronze (2021). Ele também conquistou dois ouros (2017 e 2019), duas pratas (2018 e 2024) e um bronze (2023) no Campeonato Europeu.

200m LIVRE FEMININO

Eliminatórias: 28/07

Final: 29/07

Favoritos ao ouro: Ariarne Titmus (AUS) Mollie O'Callaghan (AUS)

Candidatos à medalha: Siobhan Haughey (HKG)

Podem surpreender: Katie Ledecky (EUA)

Brasil: Maria Fernanda Costa

A disputa dos 200m livre promete ser emocionante - e dominada pelas australianas. Na Seletiva Australiana em junho deste ano, Ariarne Titmus (1:52.23) quebrou o recorde mundial que sua compatriota Mollie O'Callaghan havia estabelecido em abril do ano passado com o tempo de 1:52.85. 

Ambas as nadadoras possuem uma bagagem vitoriosa: Titmus é a atual campeã olímpica da modalidade, além de ter conquistado um ouro (2018) e duas pratas (2019 e 2023) no Campeonato Mundial, além de mais três medalhas olímpicas em outras provas. Mollie O'Callaghan, por sua vez, tem três medalhas olímpicas em revezamentos, além de um ouro (2023) e uma prata (2022) em Campeonatos Mundiais.

A hongconguesa Siobhan Haughey também é uma forte candidata ao pódio. Nos 200m livre, ela conquistou a prata nas Olimpíadas de Tóquio 2020 e três ouros nos mundiais de 2021, 2022 e 2024.

Apesar de seu histórico esplêndido que inclui dez medalhas olímpicas, Katie Ledecky (EUA) não é especialista nos 200m livre. Mesmo assim, ela possui boas chances, tendo sido a campeã na prova na Rio 2016 e no Campeonato Mundial de 2015, além de ter conquistado a prata nos 200m livre em 2017.

Uma curiosidade interessante é que o recorde de Mollie O'Callaghan foi conquistado apenas 10 dias após a estrela canadense Summer McIntosh bater o recorde com o tempo de 1:54.21. Contudo, McIntosh não irá competir nos 200m livre, o que teria tornado a disputa ainda mais emocionante!

200m BORBOLETA MASCULINO

Eliminatórias: 30/07

Final: 31/07

Favoritos ao ouro: Tomoru Honda (JPN), Kristof Milak (HUN) e Leon Marchand (FRA)

Candidatos à medalha: Krzysztof Chmielewski (POL)

Podem surpreender: Alberto Razzetti (ITA), Genki Terakado (JPN) e Thomas Heilman (EUA)

Brasil: Nicolas Albiero

Leon Marchand (FRA) nada diante da sua torcida, com o clima favorável nas arquibancadas, e tem tudo para consagrar-se nas quatro provas que participa. O francês tem o melhor tempo de balizamento da prova (1m52s43), conquistado no Mundial do ano passado. Em 2024, Marchand nadou em 1m54s08. Seu maior rival na prova será Kristof Milak (HUN), atual campeão olímpico (1m51s25) e recordista mundial da prova (1m50s34), obtido no Mundial de 2022 – na ocasião, Marchand foi prata e o húngaro nadou em casa, que pode ser decisivo para o topo do pódio em Paris. Em 2024, Milak também foi campeão europeu com 1m54s43.

O último que briga pelo ouro é Tomoru Honda (JPN), campeão mundial em 2024 com 1m53s88 – o melhor tempo do ano. Honda foi prata em Tóquio (1m53s73) e também acumula os bronzes nos Mundiais de 2023 (1m53s66) e 2022 (1m53s61). A regularidade pode favorecer o japonês, que também é recordista mundial da prova em piscina curta (1m46s85).

No segundo pelotão de briga, Krzysztof Chmielewski (POL) quer superar a última posição na final em Tóquio e, no ciclo, foi prata no Mundial de 2023 com 1m53s62 – melhor tempo pessoal do jovem atleta de 20 anos. No Europeu deste ano, o polônes foi prata com 1m54s78, atrás apenas de Milak.

Três atletas podem surpreender graças a resultados recentes. Alberto Razzetti (ITA) foi prata no Mundial de 2024 com 1m54s65; Genki Terakado (JPN) tem o terceiro melhor tempo no ano (1m54s07), conquistado na seletiva japonesa; e Thomas Heilman (EUA) tem 1m54s65 em 2024, mas ficou fora do pódio no último Mundial. Na seletiva americana, fez 1m54s50 e ano passado, em Fukuoka, fez o melhor tempo pessoal na prova (1m53s82).

O único representante do Brasil precisa baixar a casa do 1m55s para brigar por medalha. Nicolas Albiero (BRA) fez 1m55s52 na seletiva brasileira (abaixo do índice de 1m55s78). O atleta de 25 anos também nadou o Torneio Sette Colli (ITA), após a seletiva, e fez 1m56s34 – o campeonato serviu para a preparação da seleção para Paris.

200m BORBOLETA FEMININO

Eliminatórias: 31/07

Final: 01/08

Favoritos ao ouro: Summer Mcintosh (CAN)

Candidatos à medalha: Zhang Yufei (CHN), Regan Smith (EUA) e Elizabeth Dekkers (AUS)

Podem surpreender: Laura Stephens (GBR), Abbey Connor (AUS) e Airi Mitsu (JPN)

Brasil: -

Summer Mcintosh (CAN) conquistou ouro no Mundial de 2022, com 2m05s22 nos 200m borboleta. No Mundial do ano seguinte, com apenas 16 anos, fez 2m04s06 e conquistou o bicampeonato. O melhor tempo da canadense em 2024 é menor que qualquer outro tempo de entrada das rivais – 2m04s33 na seletiva nacional. Em Tóquio, Mcintosh foi a mais jovem nadadora da seleção canadense, mas não subiu ao pódio. A jovem de 17 anos tem três recordes mundiais no currículo e 8 medalhas em campeonatos mundiais – quatro ouros, uma prata e três bronzes.

Regan Smith (EUA) é uma das atletas que brigam por medalhas. Ela tem o melhor tempo pessoal em 2m04s80, conquistado no TYR Pro Series. Em Tóquio, foi medalhista de prata com 2m05s30 e conquistou o bronze no Mundial de 2023 (2m06s58). Yufei Zhang (CHN), ouro em Tóquio (incríveis 2m03s86, recorde olímpico), também figura na lista. Apesar do ouro, a chinesa não faz um bom ciclo. No Mundial de 2022, foi bronze com 2m06s32 e, em 2024, o melhor tempo foi 2m06s40 no campeonato nacional. Elizabeth Dekkers (AUS) é outra atleta que briga pela vaga no pódio. Ela foi medalhista de prata no Mundial de 2023 (2m05s46, segundo melhor tempo do ano) e fez o melhor tempo pessoal (2m05s20) no campeonato australiana deste ano.

As possíveis surpresas nos 200m borboleta ficam com as atletas que têm tempos ou atuações de destaque no ano. Por exemplo, Laura Stephens (GBR) é a atual campeã mundial, mas o tempo do ouro foi 2m07s35 – muito acima do tempo de Mcintosh em 2023. Para entrar na briga por ódio, Stephens precisa melhor o melhor tempo pessoal (2m06s62). Nas seletivas nacionais, Abbey Connor (AUS) fez 2m06s43 e Airi Mitsu (JPN) fez 2m06s54. Uma grande atuação pode fazer com que briguem por medalhas.

200m PEITO MASCULINO

Eliminatórias: 30/07

Final: 31/07

Favoritos ao ouro: Qin Haiyang (CHN)

Candidatos à medalha: Zac Stubblety-Cook (AUS) e Matthew Fallon (EUA) e Yu Hanaguruma (JPN)

Podem surpreender: Yu Hanaguruma (JPN) e Ippei Watanabe (JPN)

Brasil: -

Será difícil parar o novo destaque do nado peito. Qin Haiyang (CHN) bateu o recorde mundial nos 200m no Mundial de 2023 com incríveis 2m05s48. Esse tempo é quase 1s maior que o tempo de balizamento de Zac Stubblety-Cook (AUS) – 2m06s40 na mesma competição, que Cook foi prata. O australiano, ouro em Tóquio (2m06s38), tem tempos em 2024 acima de 2m07s, mas é difícil comparar com Haiyang porque o chinês compete em poucas provas. 

Matt Fallon (EUA) fará a estreia em Jogos Olímpicos após a quebra de recorde americano na prova (2m06s54), conquistado na seletiva nacional. Dois japoneses brigam também para aparecer no pódio da prova. Ippei Watanabe (JPN) foi sexto no Mundial de 2023 e tem 2m06s94 em 2024. Yu Hanaguruma (JPN) foi prata no Mundial de 2022 (2m08s38) e tem 2m07s07 em 2024. Leon Marchand (FRA) fez o melhor tempo pessoal na prova em 2023 (2m06s59, que garantiria a prata em Tóquio). Se nadar de novo nesse ritmo, briga por pódio – em 2024, nadou acima dos 2m08s.

200m PEITO FEMININO

Eliminatórias: 31/07

Final: 01/08

Favoritos ao ouro: Kate Douglas (EUA) e Tatjana Smith (RSA)

Candidatos à medalha: Tes Schouten (NED)

Podem surpreender: Lilly King (EUA)

Brasil: -

Kate Douglass (EUA) conquistou seis índices olímpicos no ciclo de Paris-2024. Ela chega à capital francesa com duas pratas em Mundiais (2023 com 2m21s23 e em 2024 com 2m20s91). Entretanto, dois tempos em 2024 a colocam como a favorita para o ouro: na seletiva americana fez 2m19s46 e no TYR Pro Series fez 2m19s30, que também é o melhor tempo pessoal dela.

Campeã olímpica em Tóquio com recorde olímpico (2m18s95), Tatjana Smith (RSA) deve brigar diretamente por uma posição no pódio. Ela possui a 2ª melhor marca de 2023, com 2m20s80, e tem 3º melhor tempo de balizamento (2m20s00). Tes Schouten (NED), que nada também os 100m, é a atual campeã mundial com 2m19s81 e foi bronze no Mundial de 2023 (2m21s63). Lilly King (EUA) é quem pode surpreender nesse pódio, já que foi medalhista de prata em Tóquio (2m19s92) e campeã mundial em 2022 (2m22s41). No ano, King nadou na seletiva norte-americana para 2m21s93.

200m COSTAS MASCULINO

Eliminatórias: 31/07

Final: 01/08

Favoritos ao ouro: Ryan Murphy (EUA)

Candidatos à medalha: Luke Greenbank (GBR)

Podem surpreender: Hubert Kós (HUN) Hugo González (ESP)

Brasil: -

O estadunidense Ryan Murphy é, sem dúvida, o maior destaque do nado costas. Além de suas outras quatro medalhas olímpicas, ele possui um ouro nos 200m costas na Rio 2016 e uma prata em Tóquio 2020. Na mesma prova, Murphy conquistou dois ouros (ambos em 2022, na piscina curta e longa), quatro pratas (2017, 2018, 2019 e 2023) e um bronze (2012) nos Campeonatos Mundiais.

Outro medalhista olímpico de destaque é Luke Greenbank (GBR), que ganhou o bronze em Tóquio 2020, além de uma prata (2022) e um bronze (2019) no Campeonato Mundial. Greenbank também conquistou uma prata olímpica no revezamento 4×100m medley em Tóquio.

O húngaro Hubert Kós e o espanhol Hugo González se destacaram ao serem campeões mundiais nos 200m costas, Kós em 2023 e González em 2024.

200m COSTAS FEMININO

Eliminatórias: 01/08

Final: 02/08

Favoritos ao ouro: Kaylee Mckeown (AUS)

Candidatos à medalha: Kylie Masse (CAN)

Podem surpreender: Regan Smith (EUA)

Brasil: -

A atual campeã olímpica continuou dominando após Tóquio. Enquanto outros nomes importantes decidiram não participar do Campeonato Mundial de 2024 em fevereiro, Claire Curzan, de 19 anos, aproveitou a oportunidade para se destacar. Ela brilhou nas provas de nado costas, conquistando ouro nas três distâncias (os 50m costas não são disputados nas Olimpíadas) e uma medalha de ouro no revezamento medley misto. No último ano, a australiana obteve três ouros (dois em 2022, nas piscinas curta e longa, e um em 2023) e um bronze (2019) em Campeonatos Mundiais. Além disso, em Tóquio, ela conquistou outros dois ouros e um bronze.

Prata nos 200m costas em Tóquio 2020, a canadense Kylie Masse também se destacou com uma prata (2021) e dois bronzes (2019 e 2022) em Campeonatos Mundiais. Ela acumulou ainda uma prata e dois bronzes em outras provas olímpicas.

A estadunidense Regan Smith chega para a competição com um ouro (2019) e uma prata (2023) nos 200m costas no Campeonato Mundial de Piscina Longa, além de três medalhas olímpicas em outras provas conquistadas em Tóquio 2020.

200m MEDLEY MASCULINO

Eliminatórias: 01/08

Final: 02/08

Favoritos ao ouro: Leon Marchand (FRA)

Candidatos à medalha: Alberto Razzetti (ITA)

Podem surpreender: Matthew Sates (RSA)

Brasil: -

Léon Marchand, fenômeno de 21 anos de Toulouse, França, se destacou nos eventos de medley individual masculino nos últimos três anos, ganhando medalhas de ouro consecutivas nos 200m e 400m IM nos Campeonatos Mundiais de 2022 e 2023. Treinando sob o comando de Bob Bowman, ex-treinador de Michael Phelps, na Arizona State University, Marchand tem demonstrado seu potencial para se tornar uma das maiores estrelas da natação. Em 2023, no campeonato mundial em Fukuoka, Japão, ele conquistou ouro nos 200m medley, solidificando ainda mais sua posição de destaque no cenário mundial. Nadando em casa nos Jogos de Paris, Marchand está pronto para deixar uma marca significativa na história da natação.

Além do grande destaque, a prova conta com o italiano Alberto Razzetti e o sul-africano Matthew Sates. O europeu ganhou dois bronzes nos 200m medley em Campeonatos Mundiais, em 2021 e 2024. Já o africano ganhou o ouro em 2022, na mesma prova.

200m MEDLEY FEMININO

Eliminatórias: 02/08

Final: 03/08

Favoritos ao ouro: Alex Walsh (EUA)

Candidatos à medalha: Kate Douglas (EUA)

Podem surpreender: Kaylee Mckeown (AUS)

Brasil: -

Os 200 medley femininos serão uma batalha feroz entre as melhores nadadoras como Kaylee McKeown, Kate Douglass e Alex Walsh. Este evento mostrará as melhores nadadoras femininas, tornando-se uma corrida imperdível.

Atual vice-campeã olímpica, Alex Walsh (EUA) ganhou um ouro (2022) e duas pratas (2022 e 2023) em Campeonatos Mundiais. Sua compatriota, Kate Douglas também é destaque na prova. Douglas foi bronze em Tóquio 2020 e campeã mundial três vezes, em 2022, 2023 e 2024.

Kaylee Mckeown chega com uma prata e um bronze nos 200m medley em 2022 nos mundiais de piscina longa e curta. Além disso, ela tem três ouros e um bronze olímpico em outras provas.

400m LIVRE MASCULINO

Eliminatórias: 27/07

Final: 27/07

Favoritos ao ouro: Kieran Smith (EUA) Kim Woo-min (KOR)

Candidatos à medalha: Samuel Short (AUS) Elijah Winnington (AUS)

Podem surpreender: Guilherme Costa (BRA)

Brasil: Eduardo Moraes, Guilherme Costa

Guilherme Costa, o Cachorrão (Foto: Satiro Sodré)

Os grandes destaques desta prova são o estadunidense Kieran Smith e o sul-coreano Kim Woo-min. O americano foi bronze em Tóquio 2020 e ouro no mundial de 2022. Já o asiático é o atual campeão mundial.

Os australianos Samuel Short e Elijah Winnington também são fortes candidatos ao pódio. Short foi o campeão mundial em 2023. Já Winnington é o atual vice-campeão mundial além de contar com um ouro de 2022.

Esta prova é a maior chance de medalha brasileira. Guilherme Costa se destacou no Campeonato Mundial de 2022, ao terminar em terceiro lugar nos 400m livre.

400m LIVRE FEMININO

Eliminatórias: 27/07

Final: 27/07

Favoritos ao ouro: Ariarne Titmus (AUS) 

Candidatos à medalha: Katie Ledecky (EUA) Summer McIntosh (CAN)

Podem surpreender: Li Bingjie (CHN)

Brasil: Gabrielle Roncatto, Maria Fernanda Costa

Três das maiores estrelas da natação irão se enfrentar nos 400m livre. Katie Ledecky, campeã olímpica de 2016 e recordista mundial de longa data, foi desafiada e superada nos últimos anos por Ariarne Titmus e Summer McIntosh. Conhecida como "A Exterminadora", Titmus deu a Ledecky sua primeira derrota olímpica individual nos 400m livre em Tóquio. McIntosh quebrou o recorde mundial desse evento no início de 2023, apenas para Titmus recuperá-lo no campeonato mundial no verão em Fukuoka. Essa competição promete ser uma das mais emocionantes da natação.

Além de ser a atual detentora do recorde mundial com o tempo de 3:55.38, Ariarne Titmus é a atual campeã olímpica na prova de 400m livre, além de ter sido campeã mundial em 2018, 2019 e 2023. Ela ainda conta com outras três medalhas olímpicas.

A icônica Katie Ledecky tem dez medalhas olímpicas, sendo um ouro, conquistado na Rio 2016, e uma prata, em Tóquio 2020, nos 400m livre. Na mesma prova, ela ainda foi campeã mundial três vezes, em 2013, 2015, 2017 e 2022, e vice-campeã duas vezes, em 2019 e 2023.

A canadense Summer McIntosh ganhou duas pratas em Campeonatos Mundiais, em 2021 e 2022, e é a grande promessa do nado livre atualmente.

Quem pode surpreender é a chinesa Li Bingjie, que foi medalha de bronze em Tóquio 2020 nos 400m livre e ouro no revezamento 4×200 m livre. Na prova em questão, ela recebeu um ouro em 2021, uma prata em 2024 e dois bronzes em 2017 e 2018.

400m MEDLEY MASCULINO

Eliminatórias: 28/07

Final: 28/07

Favoritos ao ouro: Leon Marchand (FRA) Chase Kalisz (EUA)

Candidatos à medalha: Lewis Clareburt (NZL) Max Litchfield (GBR)

Podem surpreender: Brendon Smith (AUS)

Brasil: -

Leon Marchand, fenômeno de 21 anos de Toulouse, na França, se destacou nos 400m no Mundial de 2023, batendo o último recorde mundial restante estabelecido por Michael Phelps enquanto Phelps assistia da área de comentários. Ele também foi o campeão mundial na mesma prova em 2022.

Outro grande destaque é o atual campeão olímpico Chase Kalisz (EUA). Ele também conta com quatro medalhas no Campeonato Mundial: um ouro em 2017, uma prata em 2013 e dois bronzes em 2015 e 2022. Além disso, tem uma prata nos 400m medley conquistados na Rio 2016.

Outro destaque é o atual campeão mundial Lewis Clareburt (NZL), que também foi bronze em 2019. Além dele, a prova conta com Max Litchfield (GBR) que é o atual vice-campeão mundial.

Quem pode voltar ao pódio é o australiano Brendon Smith, que foi bronze em Tóquio 2020.

400m MEDLEY FEMININO

Eliminatórias: 29/07

Final: 29/07

Favoritos ao ouro: Summer McIntosh (CAN)

Candidatos à medalha: Freya Colbert (GBR) Emma Weyant (EUA)

Podem surpreender: Katie Grimes (EUA) Anastasia Gorbenko (ISR)

Brasil: -

Summer McIntosh, de 17 anos, está se destacando como uma das nadadoras mais versáteis desde Michael Phelps. Ela figura entre as cinco mulheres mais rápidas da história em seis provas individuais e é a atual recordista mundial nos 400m medley, além de ter sido ex-recordista mundial nos 400m livre. Recentemente, na seletiva canadense, McIntosh quebrou seu próprio recorde mundial alcançando o tempo de 4:24.38. Ela foi campeã mundial nesta prova em 2022 e 2023.

Outras fortes candidatas ao pódio é a atual campeã mundial Freya Colbert (GBR) e a atual vice-campeã olímpica Emma Weyant (EUA), que também conquistou o bronze no Campeonato Mundial, em 2022.

Outros nomes importantes na disputa é a estadunidense Katie Grimes, que foi vice-campeã mundial em 2022 e 2023, e a israelense Anastasia Gorbenko, atual vice-campeã mundial.

800m LIVRE MASCULINO

Eliminatórias: 29/07

Final: 30/07

Favoritos ao ouro: Robert Finke (EUA) Gregorio Paltrinieri (ITA)

Candidatos à medalha: Mykhailo Romanchuk (UKR)

Podem surpreender: Daniel Wiffen (GBR) Elijah Winnington (AUS)

Os três medalhistas de Tóquio 2020 estarão novamente na disputa. Robert Finke (EUA) é o atual campeão olímpico e tem ainda um ouro (2022) e um bronze (2023) do Campeonato Mundial. Já o medalhista de prata, Gregorio Paltrinieri (ITA), chega com quatro medalhas conquistadas em mundiais: um ouro (2019), uma prata (2015) e dois bronzes (2017 e 2024). Medalha de bronze em Tóquio nos 800m e de prata nos 1500m, Mykhailo Romanchuk (UKR) também foi bronze no Campeonato Mundial de 2022.

Outros grandes nomes de destaque são o atual campeão e vice-campeão mundial, Daniel Wiffen (GBR) e Elijah Winnington (AUS), respectivamente. Além disso, Winnington recebeu o bronze em Tóquio no revezamento 4×200m livre.

800m LIVRE FEMININO

Eliminatórias: 02/08

Final: 03/08

Favoritos ao ouro: Katie Ledecky (EUA)

Candidatos à medalha: Ariarne Titmus (AUS) Simona Quadarella (ITA)

Podem surpreender: Isabel Marie Gose (GER)

Brasil: Maria Fernanda Costa

Sátiro Sodré/CBDA

Katie Ledecky segue sendo considerada a maior nadadora feminina de longa distância de todos os tempos e busca adicionar mais seis medalhas de ouro olímpicas individuais em Paris. Os 800m e 1500m livres são suas melhores chances de vitória, e ela competirá em seus quartos Jogos de Verão. Nos 800m, a estadunidense quebrou o recorde mundial na Rio 2016 com o tempo de 8:04.97. Ela ainda foi ouro em Londres 2012 e Tóquio 2020, além dos mundiais de 2013, 2015, 2017, 2019, 2022 e 2023. A única capaz de derrotá-la foi a canadense Summer McIntosh, em fevereiro deste ano, mas ela não irá competir nesta prova em Paris.

Medalha de prata em Tóquio 2020, Ariarne Titmus é um grande destaque da equipe australiana. Ela também foi medalha de bronze nos 800m livre nos mundiais de 2019 e 2023. Já a medalhista de bronze na mesma edição dos Jogos Olímpicos, Simona Quadarella é destaque pela seleção italiana. Simona ainda é a atual campeã mundial, ganhou duas pratas - em 2018 e 2019 - e dois bronzes - em 2021 e 2022.

Outro nome de destaque nesta prova é a atual vice-campeã mundial, Isabel Marie Gose (GER).

1500m LIVRE MASCULINO

Eliminatórias: 03/08

Final: 04/08

Favoritos ao ouro: Robert Finke (EUA), Daniel Wiffen (GBR)

Candidatos à medalha: Florian Wellbrock (GER)

Podem surpreender: Mykhailo Romanchuk (UKR) Gregorio Paltrinieri (ITA)

Brasil: -

O atual campeão olímpico Robert Finke (EUA) é um forte candidato para defender seu título. Desde Tóquio, ele conquistou duas pratas nos Campeonatos Mundiais de 2022 e 2023, disputando com o atual campeão mundial, Daniel Wiffen (GBR). 

Medalhista de bronze em Tóquio, Florian Wellbrock (GER) melhorou seu desempenho ao ser campeão mundial em 2019 e 2021, vice-campeão em 2024, e ainda conquistar o bronze em 2022. 

O atual vice-campeão olímpico, Mykhailo Romanchuk (UKR), destaca-se com quatro medalhas mundiais: um ouro (2018), duas pratas (2017 e 2019) e um bronze (2021). 

Já o italiano Gregorio Paltrinieri também é um grande nome nos 1500m. Ele foi campeão na Rio 2016 e nos mundiais de 2014, 2015, 2017 e 2022, sendo duas vezes nesse ano, tanto na piscina longa quanto curta. Além disso, foi vice-campeão mundial em 2012, 2016 e 2018, e ainda levou o bronze em 2013 e 2019.

1500m LIVRE FEMININO

Eliminatórias: 30/07

Final: 31/07

Favoritos ao ouro: Katie Ledecky (EUA)

Candidatos à medalha: Simona Quadarella (ITA)

Podem surpreender: Li Bingjie (CHN)

Brasil: Beatriz Dizotti

Já consagrada como uma das maiores nadadoras de todos os tempos, Katie Ledecky vai para Paris com o objetivo de defender o título olímpico. Eleita atleta feminina do ano duas vezes pela Associated Press, Ledecky competirá em seu quarto Jogos de Verão. Ela é a atual detentora do recorde mundial, conquistado em 2018 com o tempo de 15:20.48. Nos 1500m livre, ela é pentacampeã mundial (2013, 2015, 2017, 2022 e 2023).

Uma forte candidata ao pódio é a atual campeã mundial Simona Quadarella (ITA), ela também recebeu o ouro, em 2019, a prata, em 2023 e o bronze, em 2017. Em Tóquio 2020, ela recebeu o bronze nos 800m.

A chinesa Li Bingjie também tem se destacado nos 1500m. Ela é a atual vice-campeã mundial e recebeu a medalha de bronze no Campeonato Mundial de 2023.

REV. 4X100m LIVRE MASCULINO

Eliminatórias: 27/07

Final: 27/07

Favoritos ao ouro: Estados Unidos

Candidatos à medalha: China

Podem surpreender: Austrália, Canadá

Brasil: Breno Correia, Gabriel Santos, Guilherme Caribé, Marcelo Chierighini

Os Estados Unidos têm uma tradição forte e consistente na natação. A vitória olímpica em Tóquio e o bronze no Mundial de 2024 demonstram a profundidade e a qualidade dos nadadores americanos. Eles possuem uma equipe diversificada e talentosa, capaz de competir em várias modalidades com chances reais de medalha. A presença de estrelas como Caeleb Dressel (foto) solidifica sua posição como um dos principais competidores.

Caeleb Dressel (foto: Bernadette Szabo/Reuters)

A vitória no Mundial de 2024 mostra que a China está emergindo como uma força dominante na natação. O país tem investido fortemente em desenvolvimento de atletas e infraestrutura, o que está começando a dar frutos. Além disos, os chineses contam com o atual recordista mundial nos 100m livre, Pan Zhanle.

Embora a Austrália tenha conquistado o bronze nas Olimpíadas de Tóquio 2020, sua ausência no pódio do Mundial de 2024 não deve ser subestimada. O país sempre teve uma forte tradição na natação e possui nadadores talentosos, como Cameron McEvoy. O mesmo para o Canadá, que conta com Josh Liendo em sua equipe.

REV. 4X100m LIVRE FEMININO

Eliminatórias: 27/07

Final: 27/07

Favoritos ao ouro: Austrália

Candidatos à medalha: Canadá

Podem surpreender: Países Baixos

Brasil: Ana Carolina Vieira, Giovana Reis, Maria Fernanda Costa, Stephanie Balduccini

Revezamento 4x100m livre feminino em Santiago-2023 (Foto: Satiro Sodré/CBDA)

A Austrália se consolidou como uma potência neste evento, conquistando o ouro tanto nas Olimpíadas de Tóquio 2020 quanto no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2024. A equipe australiana é a atual detentora do recorde mundial conquistado no Campeonato Mundial de 2023 com o tempo de 3:27.96. Liderada por Emma McKeon, uma das maiores estrelas da natação atual, conquistou em Tóquio quatro ouros e três bronzes. Enquanto Mollie O'Callaghan é uma jovem prodígio que estabeleceu recordes mundiais recentemente. Além delas, estavam presentes no mundial Shayna Jack e Meg Harris.

O Canadá também tem mostrado sua força no revezamento 4x100m livre feminino, assegurando medalhas de prata tanto em Tóquio 2020 quanto no Mundial de 2024. Summer McIntosh, a nova aposta canadense, tem impressionado não apenas em eventos individuais, mas também em revezamentos.

Os Países Baixos, que conquistaram o ouro no Campeonato Mundial de 2024, emergem como uma força a ser reconhecida no revezamento 4x100m livre feminino. A equipe poderá contar com Femke Heemskerk, Ranomi Kromowidjojo e Marrit Steenbergen.

REV. 4X100m MEDLEY MASCULINO

Eliminatórias: 03/08

Final: 04/08

Favoritos ao ouro: Estados Unidos

Candidatos à medalha: Itália

Podem surpreender: Países Baixos

Brasil: -

Os EUA têm se destacado consistentemente no 4x100m medley, vencendo a prova em Tóquio 2020 e no Mundial de 2024. Vale destacar que, na vitória em Tóquio, a equipe - composta por Ryan Murphy, Michael Andrew, Caeleb Dressel e Zach Apple - quebrou o recorde mundial com o tempo de 3:26.78.

A Itália, que terminou em terceiro lugar na Olimpíada de Tóquio 2020 é uma equipe a ser observada. Com nadadores como Thomas Ceccon, recordista mundial nos 100m costas, a equipe italiana promete ser um forte adversário. 

Os Países Baixos têm mostrado uma ascensão significativa na natação de estilo medley. No Mundial de 2024, o país obteve um destaque notável. A equipe inclui nadadores como Kira Toussaint e Thomas Cecon, que são notáveis nos estilos de costas e peito, respectivamente. 

REV. 4X100m MEDLEY FEMININO

Eliminatórias: 03/08

Final: 04/08

Favoritos ao ouro: Austrália 

Candidatos à medalha:  Suécia

Podem surpreender: Canadá, Estados unidos

Brasil: -

A Austrália, campeã olímpica em Tóquio 2020 e também vencedora no Mundial de Esportes Aquáticos 2024, entra com uma equipe forte e experiente. Ariarne Titmus, conhecida por suas conquistas nos 200m e 400m livre, contribui com sua versatilidade. Kaylee McKeown, uma especialista em costas e borboleta, e Emma McKeon, com um histórico impressionante de medalhas olímpicas e mundiais, completam um time forte.

A Suécia, que teve um desempenho notável no Mundial de 2024, também se posiciona como uma forte concorrente. Sarah Sjöström, uma das maiores velocistas da atualidade, e Louise Hansson, especializada em borboleta e costas, são peças-chave para a equipe sueca. 

O Canadá, que mostrou consistência tanto nas Olimpíadas de Tóquio quanto no Mundial de 2024, não fica atrás. Kylie Masse, medalhista olímpica e campeã mundial nos 100m costas, é fundamental para o revezamento. Summer McIntosh, uma jovem nadadora com várias medalhas em campeonatos mundiais, traz velocidade e técnica para a equipe. Sydney Pickrem, especialista em peito e medley, completa a equipe com sua experiência em provas combinadas.

Os Estados Unidos trazem na bagagem o recorde mundial nesta prova, conquistado no Campeonato Mundial de 2019 pelas atletas Regan Smith, Lilly King, Kelsi Dahlia e Simone Manuel.

REV. 4X100m MEDLEY MISTO

Eliminatórias: 02/08

Final: 03/08

Favoritos ao ouro: Estados Unidos

Candidatos à medalha: Austrália

Podem surpreender: Grã Bretanha

Brasil: Ana Carolina Vieira, Guilherme Basseto, Kayky Mota, Stephanie Balduccini

A equipe de revezamento medley misto dos Estados Unidos está pronta para se redimir após seu desempenho decepcionante em Tóquio, onde não conseguiram subir ao pódio. Com uma combinação estratégica de nadadores de elite, como Caeleb Dressel, Ryan Murphy, Matthew Fallon, Thomas Heilman e Hunter Armstrong, dentre os homens, e Torri Huske, Gretchen Walsh e Claire Curzan, dentre as mulheres. Eles provavelmente não só chegarão ao pódio, mas também têm o potencial de quebrar o recorde mundial. No Mundial de esportes aquáticos 2024, eles levaram o ouro.

A Grã-Bretanha, ouro em Tóquio e bronze no Mundial de 2024, mantém-se como uma força dominante na prova. Os principais nomes da equipe são Adam Peaty, Duncan Scott, Matt Richards e Luke Greenbank, dentre os homens, e Laura Stephens, dentre as mulheres. Nos últimos Jogos Olímpicos, além da medalha, Kathleen Dawson, Adam Peaty, James Guy e Anna Hopkin conquistaram também o recorde mundial com o tempo de 3:37.58.

A Austrália, que conquistou o bronze em Tóquio e a prata no Mundial de 2024, é outra nação que deve continuar se destacando no revezamento 4x100m misto. A consistência dos nadadores australianos, aliada a uma tradição de excelência na natação, coloca o país como um dos principais candidatos ao pódio. Os principais nomes são Matthew Temple e Sam Williamson, no masculino, e Kaylee Mckeown, Emma Mckeon e Mollie O'Callaghan, no feminino.

REV. 4X200m LIVRE MASCULINO

Eliminatórias: 30/07

Final: 30/07

Favoritos ao ouro: Grã Bretanha

Candidatos à medalha: Estados Unidos

Podem surpreender: China e Coreia do Sul

Brasil: Eduardo Moraes, Fernando Scheffer, Guilherme Costa, Murilo Sartori

A equipe da Grã-Bretanha é tão forte que eles entrarão no revezamento 4x200m masculino, título conquistado em Tóquio, como grandes favoritos. A Grã-Bretanha ostenta alguns dos melhores atletas de estilo livre do mundo - tanto que o campeão olímpico de Tóquio, Tom Dean, nem sequer se classificou para o evento desta vez.

No Mundial de 2024, a China, a Coreia do Sul e os Estados Unidos brilharam no revezamento 4x200m livre masculino. Já nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, a Austrália completou o pódio com o bronze, atrás da Grã-Bretanha e do Comitê Olímpico Russo. Com base nesses resultados, podemos prever uma competição acirrada e sem grandes favoritos, além da seleção britânica. 

REV. 4X200m LIVRE FEMININO

Eliminatórias: 01/08

Final: 01/08

Favoritos ao ouro: Austrália

Candidatos à medalha: China

Podem surpreender: Grã-Bretanha

Brasil: Gabrielle Roncatto, Maria Fernanda Costa, Maria Paula Heitmann, Stephanie Balduccini

A Austrália conquistou a medalha de bronze no revezamento 4x200m livre em Tóquio 2020 e destacou-se também no Campeonato Mundial de 2024. Uns dos maiores nomes da natação da atualidade, Ariarne Titmus e Mollie O'Callaghan são peças fundamentais para o sucesso australiano. No Campeonato Mundial de 2023, elas quebraram o recorde mundial ao lado de Shayna Jack e Brianna Throssell, com o tempo de 7:37.50.

No Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2024, a China mostrou-se dominante e repetiu o sucesso de Tóquio 2020, onde conquistou a medalha de ouro no evento. Atletas como Li Bingjie, campeã olímpica, e Wang Jianjiahe, uma presença forte nos 400m e 800m livres, são fundamentais para a equipe chinesa.

A Grã-Bretanha também teve um desempenho notável no Campeonato Mundial de 2024, permanecendo entre as melhores equipes, e em Tóquio 2020, a equipe britânica garantiu a medalha de prata no 4x200m livre.