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Guia Paris 2024 - VÔLEI DE PRAIA


*Por Gabriel Sanches

FICHA TÉCNICA

Local de disputa: Arena Torre Eiffel

Período: 27/07 a 10/08

Número de países participantes: 26

Total de atletas: 96

Brasil: Duda/Ana Patrícia e Carol Solberg/Barbara (feminino) e André/George e Evandro/Arthur Lanci (masculino)


HISTÓRICO

Dobradinha brasileira em Atlanta-1996 (Foto: Divulgação/CBV)

O voleibol de praia teve suas origens nos jogos de voleibol realizados socialmente na praia de Santa Mônica, na Califórnia, EUA, durante a década de 1920, e chegou à Europa na década seguinte.

No entanto, há registros da prática de vôlei de praia nas areias da antiga Praia do Caju, no Rio de Janeiro, na década de 1950, por membros da Polícia do Exército e remadores do São Cristóvão de Futebol e Regatas.

Na década de 1940, ocorriam dois torneios amadores na praia de Santa Mônica, onde mais tarde houve uma tentativa, sem sucesso, de iniciar um campeonato profissional. Ainda em Santa Mônica, durante a década de 1970, alguns torneios profissionais começaram a ser disputados, começaram a ser realizados alguns torneios profissionais, patrocinados por empresas de cerveja e cigarros.

Nos anos 80, o circuito estadunidense de vôlei de praia se profissionalizou e o esporte começou a ganhar adeptos de todo o mundo, inclusive o Brasil, onde a modalidade passou a fazer muito sucesso nas praias de Ipanema e Copacabana, após a primeira exibição internacional do esporte em 1986.

Nos anos 90, a entrada do esporte na olimpíada passou a ser considerado questão de tempo e e em 1996, nos Jogos Olímpicos de Atlanta, o voleibol de praia foi incluído no programa dos Jogos Olímpicos, como a primeira variação de um esporte coletivo estreando em olimpíadas. Na categoria feminina, a primeira medalha de ouro foi conquistada pela dupla brasileira Jacqueline Silva e Sandra Pires, com as também brasileiras Mônica Rodrigues e Adriana Samuel ficando com a medalha de prata.

Os Estados Unidos são os maiores campeões olímpicos da modalidades, com sete ouros. Brasil vem logo atrás com três ouros e a Alemanha vem em seguida, com 2 conquistas olímpicas.

Em Paris o vôlei de praia será disputado em um local icônico, em uma arena montada aos pés da torre Eiffel, monumento mais marcante da França, que com certeza proporcionará muitas fotos icônicas durante as competições.


BRASIL

A trajetória do Brasil no vôlei de praia nas Olimpíadas é marcada por um histórico de sucesso e conquistas notáveis. A inclusão do vôlei de praia como esporte olímpico começou nos Jogos Olímpicos de  Atlanta- em 1996, e desde então, o Brasil tem sido uma potência dominante na modalidade, tanto no masculino, quanto no feminino.

Ao todo, o país conquistou 11 medalhas olímpicas, sendo três ouros - Jaqueline e Sandra em Atlanta 1996, Ricardo e Emanuel em Atenas 2004 e Alison e Bruno Schmidt na Rio 2016. Além destes ouros, são mais sete prata e três bronzes. Em Tóquio, o Brasil ficou fora do pódio do vôlei de praia pela primeira vez em olimpíadas.

André/George é a dupla brasileira com maior chance de pódio no masculino (foto: FIVB)


Em Paris, Duda e Ana Patrícia e Carol Solberg e Bárbara no feminino e André e George e Evandro e Arthur Lanci são os nomes que tentarão colocar o Brasil no pódio novamente em Paris.


FORMATO DE DISPUTA

Com 24 duplas por gênero, o formato das competições de vôlei de praia de Paris segue o modelo de Tóquio- 2020. As duplas são divididas em grupos de quatro equipes e os dois primeiros colocados avançam diretamente à fase de mata-mata. Os dois melhores terceiros colocados gerais também avançam. Os terceiros colocados restantes disputam a repescagem. Em seguida, começam as fases eliminatórias a partir das oitavas de final, em jogos únicos até a grande decisão.

A disputa do vôlei de praia em Paris com a torre Eiffel ao fundo (Foto: Paris 2024)


ANÁLISE


MASCULINO

Fase de grupos/eliminatórias: 27/07 a 08/08

Final: 10/08, às 17h30

Favoritos ao ouro: Mol/Sørum (NOR) e Perusic/Schweiner (CZE)

Candidatos à medalha: Åhman/Hellvig (SWE) e André/George (BRA), Losyak/Bryl (POL)

Podem surpreender: Ehlers/Wickler (GER) e Cottafava/Nicolai (ITA), Evandro/Arthur Lanci (BRA)

Brasil: Evandro/Arthur Lanci e André/George

Será que a lesão de Mol vai atrapalhar o favoritismo da dupla norueguesa? (Foto: FIVB)

O vôlei de praia masculino nas Olimpíadas de 2024 será uma competição disputada, com várias duplas de elite brigando pelo o ouro. A Noruega, com Mol e Sørum, aparece como a principal favorita, mas a lesão de Mol sofrida em março deixou as coisas mais equilibradas, já que o norueguês fez de tudo para estar nos Jogos pode não estar 100%

Os atuais campeões mundiais Perusic/Schweiner pintam como grandes rivais dos noruegueses, mas os líderes do ranking Åhman/Hellvig, os brasileiros Andre/George e Losyal/Bryl também estão na briga.  

Evandro e Arthur Lanci fizeram bons torneios durante o ciclo olímpico e correm por fora pelo pódio, Ehlers/Wickler e Cottafava e Nicolai. Um detalhe curioso é que Chase Budinger, ex-jogador da NBA, se classificou ao lado de Miles Evans e vai representar os Estados Unidos no vôlei de praia. 

 

FEMININO

Fase de grupos: 27/07 a 08/08

Final: 09/08, às 17h30

Favoritas ao ouro: Cheng/Hughes (USA) e Ana Patrícia/Duda (BRA)

Candidatas à medalha: Kloth/Nuss (USA), Humana-Paredes/Wilkerson (CAN) e Carol Solberg/Bárbara (BRA) 

Podem surpreender: Huberli/Brunner (SUI) e Stam/Schoon (NED)

Brasil: Ana Patrícia/Duda e Carol Solberg/Bárbara

Duda e Ana Patrícia vem para brigar pelo ouro (foto: Alexandre Loureiro/COB)

Em Paris, Duda e Ana Patrícia pinta como a grande dupla candidata ao ouro olímpico. Número 1 do ranking, e com um vice e um título nos últimos mundiais, a dupla brasileira parece ser destinada a um lugar pódio se conseguir manter as boas atuações em Paris. A dupla que pinta como maior rival das brasileiras vem dos Estados Unidos, com Cheng e Hughes, que inclusive venceram Duda e Ana Patrícia no último mundial

Quem corre por fora na briga pelo ouro são a outra dupla estadunidense formada por Kloth e Nuss, canadenses Humana-Paredes/Wilkerson e as brasileiras Carol Solberg e Bárbara, que no melhor dos mundos poderemos ter duas duplas brasileiras no pódio, o que não acontece desde Pequim-2008, com Fabio Luiz/ Márcio prata e Ricardo/Emanuel bronze.

As europeias mais bem colocadas no ranking mundial, Huberli/Bruner da Suíça e Stam/Schoon dos Países Baixos, vão tentar causar uma surpresa e pintar no pódio em Paris.



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