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| Foto: Luiza Moraes/COB |
A brasileira Juliana Viana Vieira fez história em Paris-2024 nesta segunda-feira (29). Ela conquistou a primeira vitória brasileira no badminton feminino de todos os tempos em Jogos Olímpicos.
A adversária de Juliana foi Lo Sin Yan Happy, de Hong Kong, que fez um jogo parelho durante os sets. Nenhuma das atletas conseguiu abrir largas vantagens durante a partida.
A brasileira começou liderando durante a primeira metade do set inicial, porém, tomou a virada quando chegou aos 11 pontos. A partir de então, a atleta asiática comandou as ações do set e conseguiu se manter na liderança até atingir 19 pontos. Nesse momento a brasileira reagiu e conseguiu virar a partida, nos últimos pontos e fechou o set por 21x19, largando bem rumo à vitória.
No segundo set da partida, Lo Sin foi mais incisiva, buscando atacar a brasileira com mais agressividade. No entanto, Juliana não se intimidou com o ímpeto da honconguesa e manteve o equilíbrio no confronto. Após o tempo técnico, Juliana voltou à quadra mais focada na partida e conseguiu abrir uma ótima vantagem sobre a sua adversária, mantendo uma distância tranquila e fechando o segundo set sem sustos, por 21x14.
Após a grande vitória, Juliana conversou com o Surto Olímpico e exaltou a grande marca: "Na verdade eu estou em choque ainda, eu acho que vai cair a ficha quando eu esfriar mais o meu corpo, mas eu estou muito emocionada, muito feliz de ter feito história. Não somente de ter feito história, mas de representar o meu país. Desde pequena, esse era o meu sonho, representar o Brasil internacionalmente. Ainda mais no maior evento esportivo que é os Jogos Olímpicos, com 19 anos, a bandeira do Brasil, sabe? É surreal, então tudo que eu posso dizer... sei lá, não tenho nem palavras, é uma coisa tão inexplicável que eu estou sentindo a sensação que é difícil por em palavras, mas com certeza eu estou muito feliz."
Após isso, a brasileira falou sobre as diferenças entre o jogo de hoje e a sua partida de estreia: "O primeiro jogo realmente é quando eu entrei e vi o estádio lotado. E percebi que eram os Jogos Olímpicos, então isso realmente pegou um pouco, fiquei bem tensa, mas eu consegui fazer um bom jogo, afinal das contas, eu acho que poderia ter sido bem pior por conta do nervosismo, só que eu consegui desenrolar, eu fui entrando junto com a atmosfera, sabe, então eu me dei bem, e nesse segundo, de verdade, claro que eu estava nervosa, é normal do atleta sentir esse frio na barriga, só que eu fui com vontade de aproveitar, sabe, porque foi meu último jogo, sei que, infelizmente, eu não passei da fase de grupo, mas eu fui como eu já tive de aproveitar, de aproveitar as Olimpíadas, porque a cada quatro anos o atleta nunca se sabe se vai uma próxima, então tudo que eu fiz foi Juliana aproveita, aproveita esse momento, e deu, foi bem, sabe, aproveitei, acho que até demais."
Juliana fez, também, um balanço de seu desempenho em Paris-2024 e falou sobre suas expectativas para Los Angeles-2028: "Eu saí daqui muito feliz, acho que foi de forma positiva, por mais com o nervosismo e tudo, não só em mente e em quadro, acho que os Jogos Olímpicos são mais que isso, é experiência em geral. A experiência na Vila Olímpica, eu também tô aproveitando muito a Vila, tirando foto com grandes nomes no esporte, brasileiro e também do estrangeiro, então acho que isso tudo me veio a favor, sabe, fez eu sentir esse espírito olímpico, eu realmente vivi o espírito olímpico dentro e fora de quadra, então eu saí daqui muito positiva, com muita força de vontade, porque eu vi que é muito possível passar da fase de grupo, sabe, não é um bicho de sete cabeças, e eu posso ir mais além, mais além, e agora o objetivo é voltar e já começa a Olimpíada Los Angeles de 2028, já é no dia seguinte, então meu foco é esse. Eu espero que as cinco modalidades do Brasil se classifiquem. Foi por muito pouco que a dupla masculina e a místia não tiveram aqui. A feminina também. Então eu vi com esse sentimento de poxa. Eu poderia estar compartilhando esse momento com eles também. Então eu representei todos aqueles que me ajudaram, que eu treino lá na seleção. Mas para a próxima eu acho que realizaria outro sonho meu. O que eu já realizei, já estou realizando esse momento histórico, é o Badminton crescer, crescer e conseguir ir com cinco modalidades completas para a Los Angeles. Eu acho que eu vou inspirar pequenos, novos talentos pelo Brasil inteiro. O Brasil é muito grande, então vamos encontrar gente aí para começar o Badminton e ter sonhos como o meu."
Com a vitória na segunda rodada, Juliana Viana Vieira fica na segunda posição do grupo D, atrás da tailandesa Katethong Supanida. Para conquistar uma vaga, ainda que difícil, a brasileira terá que torcer para uma derrota da tailandesa que tire o seu saldo de games e de pontos conquistados.
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