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Em meio ao início do maior evento esportivo do mundo, 10.500 atletas participam dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Nesta edição, em que a promessa é que inteligência artificial esteja massivamente presente na capital francesa, desde as transmissões à produção de conteúdos personalizados, os desportistas também serão beneficiados por tais tecnologias.
Um dos principais pontos em que as IAs podem auxiliar os atletas é na geração e armazenamento de dados dos competidores. Tal tecnologia estará presente em Paris 2024 e permitirá, às delegações de cada um dos países presentes nos Jogos, a realização de análises mais detalhadas de seus representantes.
Um dos ganhos dos atletas nesse cenário se dá na influência positiva das IAs na fisioterapia esportiva, ao possibilitar que os profissionais tenham, em mãos, índices individuais e coletivos personalizados. É o que explica Karen Fernandes, fisioterapeuta esportiva associada à Sonafe - Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e Atividade Física e membro CTFETO do Crefito12.
“O uso da Inteligência Artificial na fisioterapia envolve diversas etapas e processos, que vão desde o tratamento dos dados coletados até um monitoramento contínuo dos atletas. Essas informações são analisadas para detectar padrões de movimento e identificar algum tipo de anomalia ou risco de lesões. Com base nessa análise, a equipe de fisioterapeutas pode desenhar estratégias de prevenção e aprimoramento, antes e durante os Jogos. Assim, os profissionais e a IA andam juntos em prol do melhor rendimento de seus competidores”.
Na mesma linha, a Dra. Flávia Magalhães, médica e nutricionista, especialista em performance de atletas, que atua no esporte há mais de 20 anos e uma das mulheres pioneiras na medicina esportiva no país, destaca o quanto as IAs podem ser determinantes no trabalho das comissões, com os esportistas, principalmente nas Olímpiadas. “O uso da Inteligência Artificial pode transformar a preparação e o desempenho dos atletas, oferecendo análises detalhadas, previsões precisas e insights estratégicos que podem fazer a diferença entre o sucesso e a perda em competições da grandeza e de alto nível como os Jogos Olímpicos”, pontua.
Outras aplicações
Além dos benefícios aos atletas, a inteligência artificial também poderá ser aplicada durante os Jogos em áreas como a segurança e o entretenimento. Na França, as autoridades adotarão câmeras de vigilância alimentadas por IA para monitorar os locais das disputas, podendo identificar potenciais riscos ou até mesmo bolsas e pacotes abandonados. Da mesma forma, a experiência dos fãs in loco também deve ser impulsionada por dispositivos alimentados por IA, a partir de um aplicativo que oferecerá informações sobre o evento e conteúdos atualizados de forma personalizada.
Bruno Maia, CEO da Feel The Match, empresa de mídia e entretenimento esportivo, que conta com o auxílio das ferramentas tecnológicas para desenvolver seus produtos, avalia o cenário da introdução das IAs nos Jogos de Paris 2024: “A crescente utilização dessas tecnologias é uma consequência natural do que se observa ao redor do mundo nos últimos anos. Desde os Jogos de Tóquio, a Inteligência Artificial tem se tornado cada vez mais frequente no nosso cotidiano, de tal modo que a utilização dessas ferramentas no ambiente esportivo se torna orgânica, e acaba beneficiando diversos agentes”.
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