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Recuperada de lesão após cirurgia, mesatenista Laura Watanabe mostra sua superação para estar nos Jogos Olímpicos

Recuperada de lesão após cirurgia, mesatenista Laura Watanabe mostra sua superação para estar nos Jogos Olímpicos
Foto: Wallace Teixeira/FVImagem

 

 

Além das irmãs Takahashi e de Bruna Alexandre, o tênis de mesa feminino brasileiro terá outra representante em sua equipe durante os Jogos Olímpicos de Paris. Jovem e talentosa, com disputas internacionais na bagagem, Laura Watanabe ocupará a suplência e estará pronta para corresponder caso seja solicitada em uma emergência.

Por sinal, Laura ajudou o Brasil a garantir vaga na Cidade Luz. Ela fez parte da equipe feminina que conquistou nossa classificação faturando a medalha de prata no Campeonato Pan-Americano de Tênis de Mesa, disputado ano passado em Havana, Cuba. Sua participação foi muito importante, segundo palavras do técnico da seleção brasileira, Jorge Fanck.

Também como integrante das seleções de base, Laura Watanabe já teve oportunidade de disputar competições internacionais. Agora, contudo, viverá pela primeira vez a emoção de defender o Brasil numa edição de Jogos Olímpicos. E relembra como foi o ciclo olímpico para Paris.

"Estou encerrando esse ciclo olímpico da melhor forma possível, pois meu objetivo principal era estar nos Jogos de Paris. Consegui e ficou muito feliz por isso", disse Laura, que precisou superar muitas dificuldades de encontrou para chegar ao seu objetivo.

Superação

Não foi um ciclo olímpico tranquilo para Laura. Além das dificuldades normais a que os atletas de primeiro nível são submetidos, como desenvolvimento técnico e obtenção de bons resultados, um problema físico a afetou por um bom tempo. Teve até que abandonar uma edição do TMB Platinum, ano passado, em razão das dores que sentia devido a uma lesão no ombro direito.

"Meu ciclo fácil não foi fácil. Tive uma lesão e até abandonei uma competição em razão disso – além de disputar outras sentindo dor. Precisei passar por uma cirurgia no ombro direito. Tentei evitar a cirurgia o máximo que pude, mas não teve jeito. Contudo, consegui me recuperar bem e estou pronta para ir a Paris", completou.

A cirurgia de Laura Watanabe foi realizada já na reta final do ciclo olímpico, em dezembro do ano passado, e a fez ter dúvidas se teria condições de se recuperar a tempo de estar nos Jogos Olímpicos.

"É difícil para um atleta ter que conviver com uma situação assim. Mas tenho apenas 20 anos e ainda tenho muitos ciclos pela frente. Conversei muito com meus médicos e confesso que foi uma decisão difícil. Eu queria tentar aguentar até Paris, mas as dores eram muito intensas. Fazer a cirurgia foi a decisão certa", afirma.

Ansiedade

Passada a tensão que envolveu a intervenção cirúrgica, Laura Watanabe relembra como o técnico Jorge Fanck a comunicou que fora convocada como suplente para a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris.

"Foi dois dias antes da CBTM divulgar oficialmente a convocação. Sempre que eu perguntava, ele dizia que não podia revelar se eu seria chamada ou não. Que ainda estava analisando e esperaria até o último momento para tomar a decisão. Estava muito ansiosa até que recebi uma ligação dele confirmando que eu iria a Paris", recorda Laura, completando:

"Recebi como se fosse uma confirmação. Estou junto com a seleção adulta desde 2022, estou desde então neste ciclo. Joguei Campeonato Sul-Americano, Pan-Americano...Portanto, já sentia fazer parte da equipe".

Suplência

O sonho de ir às Olimpíadas Laura realizará agora, porém como suplente da equipe. O próximo a concretizar, segundo ela, é poder ter uma participação de protagonismo na maior competição do planeta.

"É muito bom poder estar lá, a realização de um sonho. Mas gostaria de ir para jogar. Estou indo como reserva, espero que no próximo ciclo olímpico eu possa fazer parte da equipe como titular, jogando", disse Laura, citando os aspectos nos quais acredita ainda ter que evoluir:

"Estou num bom nível, mas creio que preciso desenvolver ainda mais meu jogo. Na parte mental, na parte física. Enfim, se eu trabalhar duro posso evoluir bastante".

Sobre a equipe brasileira, Laura confessa ter uma relação de proximidade com Giulia Takahashi, uma companheira de longa data no tênis de mesa. Elas competem juntas desde bem novas e possuem uma grande identificação entre si, além de uma forte amizade.

"Eu e a Giulia somos muito próximas, amigas de muito tempo. Viajamos e competimos juntas desde a base, em competições internacionais. Estar na equipe com ela e também com as outras meninas, as Brunas, é algo muito legal, muito gratificante", festeja.

França

Sobre a França, palco da primeira edição de Jogos Olímpicos da qual participará, Laura tem algumas lembranças. Nunca competiu lá, mas já realizou período de treinamentos no país.

"Estive na França no final de 2022, treinando em Montpellier e Nimes. Tenho boas lembranças de lá, treinava no mesmo ginásio que os irmãos Lebrun, que são os astros locais. Foi muito legal", lembra Laura, contando um episódio engraçado ocorrido lá:

"Em Montpellier, estávamos eu, a Giulia (Takahashi), o (Jorge) Fanck e o Léo (Iizuka). Ficamos num alojamento de atletas de vários esportes. Daí que eu ela viajamos para um torneio em Portugal. A Giulia voltou antes de mim, mas esqueceu o cartão que abria o quarto dela. Como só retornei depois, ela ficou com o quarto dos rapazes e eles tiveram que se 'espremer' no meu, que era individual, até que eu voltasse", conta Laura, que estará novamente junto com estes mesmos personagens agora, nos Jogos Olímpicos de Paris.

Sobre Paris, especificamente, Laura Watanabe relata que teve oportunidade de conhecer a cidade durante um escala prolongada de um voo. Viu a Torre Eiffel, comeu croissant... Fez coisas tipicamente turísticas na breve estada. Agora, estando lá para a disputa dos Jogos, muitas marcantes lembranças passarão a fazer parte de sua memória.  

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