Medalhista nas últimas três edições, Charlotte Dujardin desiste de Paris-2024 / Foto: Reuters |
Favorita à medalha no hipismo adestramento, a britânica Charlotte Dujardin, dona de três ouros olímpicos, além de uma prata e dois bronzes, anunciou sua surpreendente desistência de Paris-2024 à três dias da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos, que ocorrerão entre os dias 26 de julho a 11 de agosto.
Dujardin revelou em uma declaração que a Federação Internacional de Esportes Equestres (FEI) estava investigando um vídeo de quatro anos atrás no qual ela é mostrada cometendo "um erro de julgamento". Não ficou claro o que foi mostrado no vídeo.
Segundo palavras da própria atleta em comunicado, "é compreensível que a FEI esteja investigando, e tomei a decisão de me retirar de todas as competições - incluindo as Olimpíadas de Paris - enquanto esse processo ocorre".
"O que aconteceu foi completamente fora do personagem e não reflete como eu treino meus cavalos ou treino meus alunos, no entanto, não há desculpa. Estou profundamente envergonhada e deveria ter dado um exemplo melhor naquele momento".
A atleta encerra o comunicado com as palavras: "Cooperarei totalmente com a FEI, com a Federação Equestre Britânica e com o Adestramento Britânico durante suas investigações e não farei mais comentários até que o processo esteja concluído".
Dujardin, de 39 anos, tinha muitas chances de se tornar a atleta feminina da Grã-Bretanha com mais medalhas olímpicas já em Paris-2024, pois precisa de apenas mais uma medalha qualquer para ultrapassar a ciclista aposentada Laura Kenny. Laura possui cinco ouros e uma prata conquistados entre os anos de 2012 a 2020. O possível recorde de Dujardin, entretanto, ficará para Los Angeles-2028.
Situações como essa reacendem a discussão sobre esportes equestres e o tratamento dispensado aos animais nas competições. Em Tóquio-2020, no pentatlo moderno, (esporte que também usa cavalos em uma das disciplinas) a técnica alemã Kim Raisner foi expulsa da competição após agredir um dos cavalos.
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