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Após participação Olímpica, Pepe Gonçalves diz que: 'Voltar para casa e não baixar a cabeça. Vou brigar por minha medalha em Los Angeles'

Após participação Olímpica, Pepe Gonçalves diz que: 'Voltar para casa e não baixar a cabeça. Vou brigar por minha medalha em Los Angeles'
Foto: Luiza Moraes/COB 



O sonho da medalha olímpica não acabou. Foi apenas adiado. Pepe Gonçalves chegou a Paris confiante em bons resultados em sua terceira participação olímpica (havia competido nos Jogos do Rio-2016 e Tóquio-2020). Um dos primeiros atletas brasileiros a desembarcar na França, o canoísta brasileiro chegou forte para as provas de K1 e caiaque cross (ainda disputou o C1), vindo de bons resultados em Copas do Mundo, mas acabou parando na semifinal do slalom após levar uma penalidade e prejudicado após levar um golpe no rosto com o remo de um adversário nas oitavas do extreme. Pepe lamentou, mas já olha para frente: agora começa a regressiva rumo a Los Angeles-2028.


- Não foi a participação que eu planejei, que eu esperava, para a qual eu trabalhei e treinei muito. Mas é do esporte. É superar esse momento e seguir trabalhando. Vim para Paris focado 100% na briga por uma medalha. Abri mão de muita coisa, me dediquei ao máximo, cheguei a competir no C1 para ter uma vantagem, ainda que pequena sobre meus adversários, ficamos fora da Vila para evitar desgaste... Fizemos de tudo para brigar por medalha. Agora é voltar para casa, trabalhar mais ainda e não baixar a cabeça. Começar de novo o ciclo olímpico para estar brigando pelo pódio em Los Angeles, daqui a quatro anos, por essa medalha que escapou aqui em Paris. Tenho certeza de que isso vai me deixar mais forte - afirmou o paulista.

Pepe elogiou a preparação e a estrutura oferecida pelo Comitê Olímpico do Brasil e relembrou os problemas que teve nas provas.

- O COB investiu muito na gente. Tivemos a melhor estrutura, a melhor preparação. Não faltou nada. No slalom tive um toque no bico do barco. Estava andando bem, muito rápido, mas aquilo me desconcentrou e acabei ficando fora. É um esporte onde um toque, uma falta, faz tudo ir por água abaixo. Saí muito frustrado. Coloquei toda a minha energia no cross, onde via mais chances mas, na briga por espaço, o japonês acertou o remo no meu rosto. Foi muito forte, fiquei desnorteado, sem enxergar direito, mas consegui me localizar pelas balizas. Quando chegou no rolamento, saí um pouco perdido, e isso me custou caro. É um sentimento muito ruim, um detalhe me tirou a chance de brigar por medalha - disse ele, referindo-se ao japonês Yuuki Tanaka.

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