"Arrepiada'' com a medalha no peito, capitã Gabi e jogadoras do Brasil exaltam conquista do bronze no vôlei feminino

Foto: Miriam Jeske/COB

*Com Laura Leme, direto de Paris

Neste domingo (11), a seleção feminina de vôlei pode finalmente subir no pódio para pegar sua medalha, já que a premiação é feita apenas após a final. As brasileiras estavam muito felizes e orgulhosas no pódio, afinal, elas ganharam uma medalha olímpica.

As brasileiras aproveitaram para abraçar as estadunidenses, as consolando por perder a final e ao mesmo tempo abraçando as italianas, podendo viver junto a alegria delas por terem alcançado o Olimpo,

A capitã da seleção, Gabi Guimarães, é competitiva como ela mesmo diz e deu uma grande lição de olimpismo com esta medalha de bronze. Ela exaltou que para conquistá-la é preciso terminar os Jogos vencendo e que quando ela a colocou no seu pescoço, ficou arrepiada.

"Eu fiquei muito arrepiada, com certeza é um sentimento muito diferente quando você perde uma final, eu abracei lá as meninas, as americanas pelo campeonato. É um sorriso muito amarelo e me remete a Tóquio, quando a gente perdeu a final. Então é um sentimento muito diferente agora você terminar a competição vencendo e levando a medalha de bronze pra casa e principalmente porque não é fácil dar essa remontada que a gente deu, quando eu coloquei a medalha no peito, veio o filme na cabeça destes últimos 3 anos, dei um beijo nela, olhei para cima e agradeci a Deus por ter nos protegido, ter nos guiado por toda a trajetória''.

Gabi ressalta o quanto importante é esta medalha, principalmente pelo fato de que o torneio foi disputado em um nível muito alto de competição e que não é fácil ser um dos três melhores times do mundo. 

''Por tudo o que a gente fez, eu acho que esse bronze é realmente muito importante para a gente. Não é fácil estar entre as três melhores equipes do mundo, principalmente quando falamos de Jogos Olímpicos e desta edição, onde na minha opinião tinham pelos menos oito times com potencial para pegar o top-4 e cinco que poderiam ter tranquilamente ter vencido", completou.

Carol revelou estar ansiosa depois de ter vencido o jogo ontem contra a Turquia, diz que achou a medalha bonita e que uma medalha olímpica é para sempre se recordar, não importa a cor dela, pois é o resultado de muito dedicação e lembra que passo pelo esforço não só delas, mas de quem está ao redor.

" É uma medalha linda, que materializa toda a nossa dedicação, toda a nossa vida, uma vida dentro das quadras, dentro e fora, de dedicação, para quando a gente consegue um feito assim, ter na mão. Então é algo para recordar, para lembrar, para levar para a família também, para todos aqueles que fazem parte, todo mundo tem um pedacinho aqui".

Foto: Miriam Jeske/COB

Na mesma toada, Ana Cristina se diz muito feliz com a medalha de bronze, mas que para o próximo ciclo busca sim a dourada. 

" É uma medalhona muito linda, de verdade, muito feliz. Acho que é o meu sentimento quando a gente sai do jogo, muito feliz. Claro que não é a cor que a gente queria, mas, cara, valeu a pena ter chegado até aqui. Essa medalha realmente vale ouro pelo menos pra mim, eu posso dizer isso com toda a convicção. E ela é muito, muito linda, pesada, vou guardar muito bem junto com a outra. Se Deus quiser, o próximo ciclo é ouro".

Macris, que esteve na campanha da prata nos Jogos de Tóquio-2020, respondeu que talvez este bronze seja melhor do que seria ter sido vice-campeão em Paris, pois aqui o Brasil chegou muito melhor do que no Japão, quando aquela prata valeu ouro para elas.

"A sensação lá em Tóquio, apesar de ser uma condição diferente que estávamos, aquela prata realmente valeu como ouro para nós. Mas se fosse aqui, eu acho a prata, eu acho que seria uma sensação pior ainda. Realmente sair com a vitória, dar a diferença. A gente sabe que o pódio, qualquer uma das equipes que estão ali, poderiam ter chegado e foi o melhor momento para a Itália, para os Estados Unidos, então, de parabéns, mas eu fico feliz que a gente conseguiu trazer essa medalha para o Brasil"