A boxeadora brasileira Bia Ferreira se manifestou sobre o caso da atleta argelina Imane Khelif e cuja participação provocou polêmica nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Bia compartilhou um texto da também boxeadora Amy Broadhurst, que venceu Imane Khelif no Mundial de 2022, defendendo a atleta apontada como intersexo nos ataques discriminatórios.
Na postagem compartilhada por Bia Ferreira, a irlandesa Amy Broadhurst disse que a situação é "louca" e se indignou com o fato de a IBA — órgão regulador hoje descredenciado da modalidade — ter divulgado a informação de que a argelina não teria passado em testes de gênero sem apresentar publicamente os resultados. Ela disse que as pessoas têm acreditado no que foi dito por uma entidade que, em tese, teria motivos para tumultuar os Jogos.
Amy pediu ainda que as pessoas "parassem com o bullying" enquanto "esperam pelos fatos". A boxeadora brasileira Bia Ferreira publicou emoji de aplausos na postagem de Amy Broadhurst e ainda repostou a publicação em seus stories do Instagram nesta sexta-feira (02).
"Tenha em mente que a IBA foi proibida de ter qualquer coisa a ver com as Olimpíadas, então, que momento brilhante para eles fazerem uma tempestade. Durante os Jogos Olímpicos. Eu não concordo com Masculino vs Feminino. Eu nunca concordarei porque é errado. Mas o abuso que essa pessoa recebeu nas últimas 24 horas sem nenhum fato ou prova real é tão errado!!", criticou a boxeadora conforme divulgado na matéria do O Globo.
Entenda o caso
No ano passado, as pugilistas Imane Khelif e a Lin Yu-ting, de Taipé Chinês, foram desclassificadas da Copa do Mundo, em Nova Delhi, organizada pela IBA — hoje descredenciada pelo COI —, após serem reprovadas nos testes de elegibilidade. O tema voltou a tona com a vitória de Khelif sobre a italiana Angela Carini.
O tema mobilizou as redes, com ataques que levaram o Comitê Olímpico Internacional (COI) a se pronunciar. Na quinta-feira (01), o COI emitiu um comunicado informando que as atletas sofreram ataques enganosos em redes sociais e classificando os testes aplicados pela IBA como pouco claros e arbitrários. Antes disso, ambas sempre estiveram nos parâmetros estabelecidos pelo COI e pela Unidade de Boxe de Paris 2024 (PBU).
"Os ataques contra essas duas atletas se baseiam inteiramente nessa decisão arbitrária, que foi tomada sem nenhum procedimento adequado – especialmente considerando que essas atletas participam de competições de alto nível há muitos anos", disse o COI na nota.
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