Wander Roberto/COB |
Os diretores e subchefes da missão Paris-2024 do Comitê olímpico do Brasil (COB) fizeram uma avaliação pública neste domingo (11) do desempenho do Brasil na olimpíada. E para o COB, o Brasil termina os Jogos Olímpicos Paris 2024 com muitos motivos para se orgulhar. Do desempenho histórico das mulheres, que foram maioria na delegação brasileira pela primeira vez, a medalhas inéditas em provas do programa olímpico, passando pela reafirmação de ídolos que entraram no patamar de maiores nomes brasileiros da modalidade e por desempenhos nunca antes conquistados, que bateram na trave do Olimpo, o desempenho foi considerado positivo apesar de não ter conseguido bater os recordes de ouros e de totais de medalhas
“Queremos sempre ultrapassar barreiras, vencer sempre. Conseguimos quebrar recordes, principalmente quanto ao esporte feminino. Isso nos deixa bastante satisfeitos. Com a apresentação dos nossos atletas, inspiramos a sociedade. Todos que acompanharam as competições se sentiram inspirados. Mesmo aqueles que não conseguiram conquistar uma medalha, tiveram seus melhores desempenhos, também inspiraram nossos torcedores e a população brasileira”, disse Rogério Sampaio, chefe da Missão Paris 2024 e diretor-geral do COB.
O Brasil conquistou 20 medalhas nessa edição dos Jogos Olímpicos, sendo três de ouro, sete de prata e 10 de bronze. É a segunda melhor campanha da história em quantidade de medalhas, superando o desempenho na Rio 2016 no número total de medalhas, atrás apenas de Tóquio 2020. Mas em ouros o número é o menor desde os Jogos de Lodnres-2012, três medalhas com Rebeca Andrade no solo da ginástica artística, Bia Souza no judô e Duda/Ana Patrícia no vôlei de praia:
“Pequenos detalhes fazem muita diferença entre uma medalha de ouro, de prata, de bronze, um quarto ou um quinto lugar. Se algumas ondas, alguns ventos e algumas situações não tivessem acontecido, a gente teria ainda mais motivos para comemorar”, disse Ney Wilson, diretor de Alto Rendimento do COB.
Já as mulheres brasileiras foram o grande destaque do Brasil, com 12 das 20 medalhas olímpicas, o que o COB já monitorava que esta seria a olimpíada das Mulheres: “Há dois ciclos olímpicos, após ser identificada uma oportunidade de crescimento do esporte feminino, o COB começou a investir especificamente nas mulheres. Não só atletas, mas também para tentar aumentar o número de treinadoras e gestoras. O que vimos aqui em Paris no esporte, também reflete o que está acontecendo na sociedade: a mulher cada vez mais se fortalecendo” comentou Mariana Mello, subchefe da Missão Paris 2024 e gerente de Planejamento e Desempenho Esportivo do COB.
Na coletiva, o COB afirmou que já começou planejar os Jogos de Los Angeles-28 desde o ano passado e vai intensificar o planejamento a partir de agora, além de estudar como será em Brisbane-2032: “Se o atleta está se preparando de um lado, estamos nos preparando do outro. Em 2023, fizemos a primeira visita a Los Angeles. Temos um consultar local bastante engajado na procura de soluções concretas. Esperamos até o final do ano já termos uma ideia das instalações que irão prover toda a infraestrutura para os atletas. Para Brisbane 2032, já começamos a fazer reuniões, uma aqui em Paris, para entender onde será a Vila, perímetro de segurança, e a questão do fuso de 12 ou 13 horas, que exigirá um período de aclimatação bem grande, com estruturas que serão bastante concorridas. Então, temos que trabalhar com antecedência, montar um plano de ação para chegarmos o mais preparados possíveis para esses Jogos”, falou Joyce Ardies, subchefe da Missão Paris 2024 do COB e gerente de Jogos e Operações Internacionais.
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