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Coluna Buzzer Beater - O sentimento é de orgulho no basquete. Mas e o futuro?

 

FIBA/ Divulgação

A campanha do basquete masculino em Paris-2024 terminou mais de uma semana, mas preciso falar (o tempo por conta da cobertura e o cansaço não me permitiram antes.) Ver todo o esforço da seleção, que chegou no seu teto naquele momento - na minha última coluna eu falo que as quartas de final era um sonho possível - só posso sentir orgulho de toda a trajetória desse time.

Vamos falas das coisas boas e sou obrigado a falar primeiro do dono do time. Bruno Caboclo. Como ele se achou na posição 5, virando um pivô ágil, um tormento para qualquer garrafão adversário. Como é um bom ter um cara que decida quando a situação aperta e Caboclo foi o cara dessa seleção. É o dono do time e no próximo ciclo, o time tem que ser montado ao seu redor e do Yago, que também é craque desse time e que ao meu ver, não estava 100%. Se tivesse, acho que os jogos contra França e Alemanha seriam mais parelhos, pois a habilidade de Yago seria ainda mais latente e os adversários iam sofrer mais.

E o mais importante é que temos uma base. Além dos já citados, temos Didi, Gui Santos e Mãozinha, jovens com potencial para chegarem fortes até Los Angeles. Acredito que Lucas Dias - melhor jogador que atua no Brasil - Raulzinho - outro que acho craque, mas que pode exercer a função do Huertas - e Léo Meindl - um leão dentro de quadra, jogou muito no pré-olímpico e na olimpíada, já completam esta boa base.

Agora o que me preocupa principalmente é o garrafão. Mãozinha e Cristiano Felicio não conseguiram manter mesmo ímpeto de quando Caboclo estava em quadra e quando ele saia pra descansar ou porque estava carregado de faltas, o nível da seleção baixava muito. A expectativa é que surjam bons pivôs para a auxiliar nessa rotação e deixar o Brasil mais encorpado, pegando mais rebotes e incomodando mais os pivôs adversários.

Também acho que vai faltar chutador de perímetro, se Benite não for mais convocado - mas é bom ter um substituto desde já. Vejo um cenário promissor no masculino,  que pode fazer da nossa seleção não uma força para brigar por título, mas para pelo menos ficar entre as oito melhores no cenário mundial. Só me preocupa quem vai comandar o Brasil neste ciclo. 

Aleksandr Petrovic fez um ótimo trabalho e calou minha boca. Achei ele muito abaixo no jogo em que perdemos a vaga olímpica para Alemanha em 2021, mas desta vez contra a Letônia ele não repetiu o erro, imprimiu a intensidade defensiva e o bom trabalho ofensivo. Na olimpíada, soube usar bem o time e detalhes acabaram ocasionando as derrotas para França e Alemanha. Contra o Japão foi uma atuação muito consistente e contra o s Extados Unidos, não tinha muito que fazer

Mas ele não estará no comando da seleção. Ele revelou inclusive que comandou o Brasil nesses últimos meses na 'amizade', sem receber nada, o que preocupou para saber se temos saúde financeira para fazermos um bom ciclo para Los Angeles no masculino e no feminino. Rumores apontam que Tiago Splitter poderá ser o técnico do Brasil no ciclo. Eu acho precipitado, ao meu ver vejo que Spliter tem que se provar em outras ligas primeiro para aí sim comandar a seleção se provar seu valor. Se fosse possível, acho que Helinho Garcia seria o melhor nome para assumir a seleção, mas não sei como anda a situação financeira da CBB, então sei se rola outro técnico comandando na 'amizade' a seleção.

Como disse acima, tudo que a seleção masculina fez entre julho e agosto merece aplausos. Foi um time guerreiro, que lutou em todas as partidas, e que mesmo sofrendo com a clássica  oscilação, chegou até onde podia chegar em um torneio olímpico que foi um dos melhores das últimas olimpíadas. Agora, a expectativa é que esta boa participação não seja um caso isolado e a gente mostre que o basquete masculino (e o feminino também) estão em franca evolução para brigar por vagas em mundiais e na olimpíada de Los Angeles e não ande duas casas para trás após pular uma para frente.

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