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| Sátiro Sodré/ SS Press/ CBDA |
Apesar de mostrar resignação por conta de não ter ido ao pódio nos jogos olímpicos de Paris, o nadador Guilherme Costa ainda sente um pouco por não ter trazido a medalha nos 400m livre, prova que ele foi muito bem, mas por conta do nível dela - a prova mais rápida da história, o deixou de fora do pódio por 20 centésimos.
Em entrevista exclusiva ao Surto Olímpico no evento de recepção do atletas do time Petrobras após a olimpíada, realizado nesta sexta (23) no Rio de Janeiro, Guilherme foi questionado sobre a situação da natação brasileira estar sofrendo uma entressafra e concordou, mostrando que ele era quem carregava as maiores esperanças de pódio na modalidade:
"Vejo que nessa Olimpíada de Paris tivemos uma troca de geração, era difícil vir essa medalha. E a esperança maior era comigo. Então se não veio medalha, a culpa foi minha."
Mas Guilherme não se vê como único nome da natação brasileira que brilhará nos próximos anos e aposta em dois nomes que estiveram em Paris como próximos postulantes ao pódio em mundiais e Jogos olímpicos:
"A Mafê (Costa) tá nadando muito bem agora e ela é nova. Tem o (Guilherme) Caribé também, então acho que se cada um deles, que estrearam nos Jogos, usarem o que aprenderam lá e treinarem muito pro próximo ciclo, eles vão chegar com condição de disputar medalha na próxima (olimpíada). Foi o que aconteceu comigo depois de Tóquio e então acho que se eles fizerem isso vão chegar lá também pra disputar medalhas."
Apesar de ter nadado no Troféu José Finkel e se classificado para o mundial de Piscina curta, cachorrão disse que não irá para o mundial de piscina curta e que o seu foco é treinar em piscina longa para no próximo mundial no ano que vem: "Meu foco sempre foi para a piscina longa. Eu prefiro não ir para o mundial de piscina curta para focar nos treinos para o mundial do ano que vem em (piscina) longa, que é lá que eu quero fazer coisas grandes"
Outra mudança já confirmada por Guilherme Costa é que par ao ciclo de Los Angeles, o foco agora é em apenas duas provas: 200m e 400m livre. As provas mais longas como os 800m e 1500m serão deixadas de lado por ele, que vê nos 200m uma real oportunidade ser tão competitivo quanto nos 400m:
Eu sou muito gratos pelos 800 e 1500 metros, prova que me trouxeram até aqui, mas hoje em dia faz muito mais sentido focar nos 200 e 400 metros . Os 200 inclusive é uma prova relativamente nova para mim, que eu ainda acho que eu posso evoluir muito e quem sabe chegar ao nível dos 400 até Los Angeles" concluiu
Sobre a prova da maratona aquática que disputou no Rio Sena, ele falou que não encontrou nada de suspeito durante a prova e que não teve nenhum problema após sua participação. "A gente acabou acompanhando, vi que teve gente de outros países que passaram mal depois, mas na hora da prova estava tudo normal. Acho que o que mais atrapalhou era não ter a certeza sobre a data, se podia acontecer ou não, mas é como o meu foco tava na piscina durante todos esses problemas, eu estava mais relaxado ali já, então não impactou muito."
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