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Guia Paralimpíada Paris 2024 - BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS

Washington Alves/CPB


Presente no programa esportivo dos Jogos Paralímpicos desde a primeira edição em Roma 1960, o basquete em cadeira de rodas é considerado um dos esportes primordiais do paradesporto, usado por Ludwig Guttmann para reabilitar soldados estadunidenses que perderam parte da capacidade motora devido aos graves ferimentos causados durante as batalhas na II Guerra Mundial.

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Durante as duas primeiras edições paralímpicas (Roma 1960 e Tóquio 1964), o basquete em cadeira de rodas contou apenas com competições masculinas, que foram divididas em duas classes: uma de atletas com paraplegia completa e outra para jogadores com paraplegia incompleta.

Só em Tel Aviv 1968 esse formato de separação de classes masculinas foi abandonado, deixando apenas um torneio para os homens e abrindo espaço para um evento feminino.

A modalidade é coordenada pela Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). Essa entidade é responsável, por exemplo, pela padronização das cadeiras utilizadas na prática do esporte e suas adaptações necessárias. Em nosso país, é a Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas (CBBC) que regulamenta tal esporte.

De acordo com as regras do basquete em cadeira de rodas, um jogador deve efetuar um arremesso, passar ou quicar a bola, a cada dois impulsos dados na cadeira. Por outro lado, coisas como o tempo de jogo (quatro quartos de 10 minutos), tamanho da quadra (28m de comprimento por 15m de largura), altura da cesta (3,05m) e número de atletas em quadra, por time (5), seguem o padrão do basquete olímpico.

As maiores potências paralímpicas da modalidade são os Estados Unidos (12 ouros, duas pratas e sete bronzes) e o Canadá (seis ouros, uma prata e um bronze) na contagem geral de medalhas, juntando as do feminino com a do masculino. 

No Brasil, basquete em cadeira de rodas foi o esporte responsável pelo início do movimento paralímpico. Hoje, o país conta com mais de 100 clubes da modalidade, que passou a ser desenvolvida por aqui, no final dos anos 50, principalmente com a criação do Clube do Otimismo, no Rio de Janeiro e do Clube do Paraplégico em São Paulo.

A estreia paralímpica do Brasil na modalidade ocorreu nos Jogos de Heidelberg 1972, com o time masculino, logo na primeira vez em que enviamos uma delegação para o megaevento. Já a seleção brasileira feminina de basquete em cadeira de rodas competiu pela primeira vez num torneio paralímpico em Atlanta 1996.

Em Jogos Paralímpicos, a seleção brasileira masculina ficou em quinto lugar na Rio 2016, enquanto o time feminino obteve a sétima posição, as melhores campanhas do Brasil neste esporte, no megaevento poliesportivo. Assim como em Tóquio, o Brasil não conseguiu se classificar para a Paralimpíada de Paris. 

CLASSIFICAÇÃO

É importante ressaltar que na classificação de comprometimento físico-motor, os atletas são avaliados numa escala de 1 a 4,5. Quanto maior for o comprometimento na habilidade motora de um jogador, menor é o número de sua classificação. A soma do número de classificação de cada um dos atletas que estiverem em quadra, não pode ultrapassar 14.

VOCÊ SABIA?


- O 'Pan Am Jets' foi o primeiro time de basquete em cadeira de rodas que fez sucesso mundialmente nos anos 50 e 60. Patrocinados pela empresa de aviação estadunidense que deu nome ao time, os Jets rodaram o mundo enfrentando equipes e ajudando a desenvolver o basquete CR em vários países, inclusive no Brasil.

- Em alguns países, como Canadá, Austrália e Inglaterra, atletas sem deficiência podem usar cadeiras de rodas para competir ao lado de outros atletas com deficiência em equipes mistas.

- Em 2019, foi criada a versão 3x3 do basquete em cadeira de rodas e a expectativa é que em breve o esporte entre no programa paralímpico.


(Foto: Reprodução/BORP)

Grupos


Masculino
A: Grã Bretanha, Alemanha, França e Canadá
B: Estados Unidos, Espanha, Países Baixos e Austrália

Feminino
A: Espanha, Grã Bretanha, Canadá e China
B: Alemanha, Estados Unidos, Japão e Países Baixos

29/8 a 2/9 - Fase de grupos (M/F)
3 a 4/9 - quartas de final (M/F)
5/9 - semifinais (M)
6/9 - semifinais (F)
7/9 - disputa do bronze e final (M)
8/9 - disputa do bronze e final (F)

Análise (Por Marcos Antônio)


Tanto no masculino quanto no feminino existem favoritos claro pelo ouro em Paris. Entre os homens, assim como no basquete para atletas sem deficiência, os Estados Unidos dominam e tem grandes chances de levar o ouro. Mas a Grã Bretanha quase surpreendeu no último mundial da modalidade e vai tentar aprontar de novo em Paris. Austrália, Países Baixos e Canadá correm por fora na briga pelo pódio

No feminino, Países Baixos e China devem repetir a final de Tóquio e do último mundial e as neerlandesas esperam que o roteiro das duas última decisões se repitam, com ouro paralímpico e título mundial. Estados Unidos Alemanha e Canadá devem brigar pela medalha de bronze, isso se nenhuma das favoritas não vacilar.

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