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Miriam Jeske/CPB |
O goalball é um esporte exclusivo para deficientes visuais. Criado em 1946 pelo austríaco Hans Lorenzen e pelo alemão Sepp Reindle para a reabilitação de veteranos da Segunda Guerra que acabaram ficando cegos durante o conflito, o goalball vai para sua 12ª edição de Paralimpíadas. A modalidade entrou no programa em Montreal-1976 após servir de demonstração em 1972.
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A partidas são realizadas em uma quadra de 9m de largura e 18m de comprimento. São dois tempos de 12 minutos, com três minutos de intervalo. Cada equipe tem três jogadores que arremessam e defendem com o objetivo é fazer gols no adversário e defender sua baliza. em confrontos eliminatórios, se houver um empate, há um tempo extra com um gol de ouro (quem fizer o gol primeiro ganha o jogo).
Assim como no futebol de 5, a bola tem um guizo para auxiliar os atletas. Ela tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25kg. O goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso, não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo e nas paradas oficiais.
O Brasil é uma das potências do goalball na atualidade entre os homens. Já são três medalhas paralímpicas - prata em Londres, bronze no Rio e ouro em Tóquio. O país começou a disputar a modalidade em Paralimpíadas na edição de Atenas-2004, quando foi apenas com a equipe feminina. Em Pequim, a delegação já foi com as duas equipes, o que se manteve desde então.
CLASSIFICAÇÃO
As três categorias competem juntas, variando o grau de deficiência visual do atleta
B1 – Nesta categoria os atletas são cegos totais ou tem pouca percepção de luz, não conseguindo reconhecer o desenho de uma mão a sua frente.
B2 - Nesta categoria, os atletas conseguem visualizar vultos, mas ainda tem a visão bem comprometida.
B3 – Os atletas dessa classe são os de menor grau de deficiência, conseguindo definir imagens, mas eles também competem vedados.
Todos os atletas, independentemente do nível de perda visual, utilizam uma venda durante as competições para que todos possam competir em condições de igualdade.
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Brasil perdeu para a Finlândia na decisão de Londres-2012 (Foto: Guilherme Taboada/CPB) |
VÔCÊ SABIA?
- Por ter as mesmas dimensões, as partidas de goalball costumam ser disputadas em quadras de vôlei
- No goalball os três jogadores podem mudar de posições constantemente se quiserem. Quem fica no meio fica mais responsável pela defesa e quem atua nas pontas são os jogadores melhores arremessadores, embora quem jogue no centro pode arremessar ao gol também.
BRASILEIROS EM PARIS-2024
Feminino - Ana Gabriely, Dani Longhini, Geovana Moura, Jéssica Vitorino, Katia Aparecida e Moniza Lima
Masculino - André Dantas, Emerson Silva, Parazinho, Leomon Moreno, Paulo Saturnino e Romário Marques
Jogos
(Masculino) Grupo A: Brasil, Irã, França e Estados Unidos
(Feminino) Grupo C: Brasil, Turquia, Israel e China
Fase de grupos
29/8, 5:30: Brasil x Turquia (F)
29/8, 12:30: Brasil x França (M)
30/8, 4:00: Brasil x Estados Unidos (M)
30/8, 5:30: Brasil x Israel (F)
31/8, 9:45: Brasil x China (F)
31/8, 12:30: Brasil x Irã (M)
2/9: Quartas de final (M)
3/9: Quartas de final (F)
4/9: Semifinais (M/F)
5/9: Disputa do bronze e finais (M/F)
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A seleção masculina de Goalball é uma das favoritas ao ouro em Paris (foto: Miriam Jeske/CPB) |
Análise (Por Marcos Antonio)
No masculino, o Brasil é o grande favorito. Atual tricampeão mundial e campeão paralímpico em Tóquio, a equipe brasileira está em grande fase e com nomes como Leomon, Parazinho e Romário, tem tudo para brigar pelo bi paralímpico. China e Ucrânia são as maiores ameaças ao segundo ouro brasileiro, e é bom ficar de olho nestas seleções
No feminino, a situação é um pouco mais complicada. O Brasil teve dificuldade em se classificar entre as mulheres e as chances de pódio são pequenas. A Turquia atual bi paralímpica e mundial é a grande favorita no feminino. Seleções da Coreia do Sul e Israel tem o favoritismo por medalhas, com Canadá correndo por fora.
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