Miriam Jeske/CPB |
Desenvolvido em 2006, o parataekwondo explodiu em popularidade entre as pessoas com deficiência devido à sua praticidade, necessidade mínima de equipamento e técnicas espetaculares de chutes giratórios. A modalidade fez sua estreia em Jogos Paralímpicos em Tóquio 2020, com a disputa de seis categorias, todas de luta (kyorugui), sendo três masculinas e três femininas, se tornando o primeiro esporte paralímpico de contato total nos Jogos. Em Paris, entram mais duas categorias em cada gênero totalizando dez eventos da modalidade nos Jogos Paralímpicos.
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Os atletas do parataekwondo possuem algum tipo de deficiência física, principalmente nos braços, com amputação ou não. Os parataekwondistas são divididos em duas classes de acordo com a deficiência: Oficialmente, apenas a K44 integra o programa paralímpico, mas os lutadores da K43, que é voltada para atletas com mais um grau de comprometimento, também podem competir.
As lutas são realizadas em um round de cinco minutos. Ganha o atleta que tiver mais pontos ao término do combate. O confronto pode se encerrar antes dos cinco minutos no caso de um atleta somar 30 pontos a mais do que o adversário, o que é considerado uma vantagem técnica. Se a luta acabar empatada, ocorre mais um round, cujo vencedor é o lutador que fizer os dois primeiros pontos.
A área de atuação da luta é igual à das disputas convencionais: um espaço de 8m x 8m. A principal diferença do taekwondo paralímpico é no sistema de pontuação e nas faltas, em que não é permitido chute na altura da cabeça. A cada chute alto executado é considerado uma punição, gerando um ponto para o adversário e, dependendo da intensidade, o atleta pode ser penalizado com uma desclassificação no meio de um combate.
A pontuação ocorre da seguinte maneira:
1 ponto para cada falta cometida pelo adversário;
2 pontos para chutes retos no colete;
3 pontos para chutes giratórios em 180 graus no colete;
4 pontos para chutes giratórios em 360 graus no colete;
Obs: o soco é permitido, mas não é pontuado
Na primeira vez em que foi disputado em Jogos Paralímpicos, o Brasil três medalhas: ouro do paulista Nathan Torquato, prata da também paulista Débora Menezes e bronze da paraibana Silvana Fernandes e é atualmente a nação com mais medalhas paralímpicas na modalidade
A entidade que administra a modalidade internacionalmente é a WTF (Federação Mundial de Taekwondo) e no Brasil é a CBTKD (Confederação Brasileira de Taekwondo).
Débora Menezes no Parapan de Lima (Foto: Daniel Zappe/Exemplus/CPB) |
CLASSIFICAÇÃO
As classes esportivas do taekwondo são definidas pela letra P (poonse– forma) e K (kiorugui – luta). A modalidade kiorugui é para deficientes físicos – K 40. Já a classe que faz parte do programa dos Jogos Paralímpicos é apenas a K44.
K44 - Atletas com amputação unilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia unilateral, monoplegia, hemiplegia leve e diferença de tamanho nos membros inferiores, amputação bilateral do cotovelo até a articulação da mão, e dismelia bilateral
VOCÊ SABIA?
- Três juízes apertam um botão quando um chute giratório é acertado. Se pelo menos dois deles apertarem seus botões com um segundo de diferença, o lutador atacante receberá os pontos adicionais.
- Em Tóquio, era permitido que atletas da K43 (Para atletas com deficiência ou amputação de ambos os braços abaixo do cotovelo) disputassem os Jogos paralímpicos. Desta vez, apenas atletas da K44 estão permitidos
BRASILEIROS EM PARIS-2024
Feminino
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