Marcelo Zambrana/ CPB |
O tênis de mesa é um dos poucos que está desde a primeira edição dos Jogos Paralímpicos, em Roma 1960, quando foram disputadas apenas os torneios de simples e de duplas, tanto no feminino quanto no masculino. Isso mudou em 1972, quando começaram as competições por equipes. Inicialmente era disputado só por cadeirantes, mas hoje em dia jogam atletas com paralisia cerebral, amputados e com deficiência intelectual.
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As regras do tênis de mesa paralímpico são praticamente as mesmas do tênis de mesa convencional - há diferenças no saque para as classes de cadeirantes, por exemplo. Cada partida é disputada em melhor de cinco sets, que vão até 11 pontos cada.
Há 11 classes funcionais no tênis de mesa. Em Tóquio, serão 21 disputas por medalha individuais e dez por duplas, totalizando 31. Nas competições por duplas, as categorias são definidas pela soma das classes dos mesatenistas.
A primeira participação brasileira veio em 1976, quando também começaram a participar os atletas em pé. O país participou com quatro homens e uma mulher. Embora tenha participado da quinta edição dos Jogos, a modalidade só chegou de vez ao Brasil em 1995, junto da criação do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).
A primeira medalha brasileira veio nas disputa por equipes masculina em Pequim-2008 com Welder Knaf e Luiz Algacir Silva. Na Rio-2016, o Brasil teve sua melhor participação com uma prata, conquistada por Israel Stroh e três bronzes, sendo dois com Bruna Alexandre.
Já nos Jogos de Tóquio 2020, o país conquistou três medalhas: uma prata com a catarinense Bruna Alexandre e dois bronzes, sendo um por equipes das classes 9-10 e outro com a paulista Cátia Oliveira.
CLASSIFICAÇÃO
Os atletas são divididos em 11 classes distintas, sendo dez para deficiência física e uma para deficiência intelectual. Para deficiência física, mais uma vez segue a lógica de que quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físico-motor do atleta.
A classificação é realizada a partir da mensuração do alcance de movimentos de cada atleta, sua força muscular, restrições locomotoras, equilíbrio na cadeira de rodas e a habilidade para segurar a raquete.
Classes 1 a 5 - Para atletas cadeirantes
Classes 6 a 10 - Para atletas andantes
Classe 11 - Para atletas andantes com deficiência intelectual
VOCÊ SABIA?
- O Tênis de mesa estreou nos jogos Paralímpicos 28 anos antes da estreia da modalidade nos Jogos olímpicos. Já o primeiro mundial paralímpico de tênis de mesa, só ocorreu em 1990.
- Natalia Partyka, da Polônia, e Melissa Tapper, da Austrália e Bruna Alexandre, do Brasil são as três mesatenistas que disputaram os Jogos Olímpicos e Paralímpicos
BRASILEIROS EM PARIS-2024
Classe 2: Carla Maia e Cátia Oliveira (F)
Classe 3: Marliane Santos (F)
Classe 4: Joyce Oliveira (F)
Classe 5: Lucas Carvalhal (M)
Classe 7: Israel Stroh e Paulo Salmin (M)
Classe 8: Luiz Felipe Manara (M) e Sophia Kelmer (F)
Classe 9: Dani Rauen e Jennyfer Parinos (F)
Classe 10: Cláudio Massad (M) e Bruna Alexandre (F)
Classe 11: Thiago Gomes (M) e Evellyn Pereira (F)
Programação
29/8 a 1º/9 - Competição de duplas (M/F/Misto)
1º/9 a 7/9 - Competição de simples (M/F)
ANÁLISE
O Brasil vai em busca do seu primeiro ouro no tênis de mesa paralímpico. Mas a missão não será fácil, afinal a China domina também entre os atletas com deficiência, mas não tanto - foram 16 dos 31 ouros em disputa. O país é forte em competições de duplas e devem pegar algumas medalhas. No individual, Bruna Alexandre, que disputou a olimpíada, pode usar sua experiência para pegar um ouro inédito. Lucas Carvalhal, Dani Rauen, Paulo Salmin e Joyce Oliveira são nomes que podem também brigar por pódios
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