Peças paralímpicas estarão disponíveis para venda ao público geral pela primeira vez

Flávio Melgarejo

A fornecedora de material esportivo ASICS lançou oficialmente sua campanha com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para os Jogos Paralímpicos Paris 2024, em que mostra algumas peças que já estão à venda para o público geral. A coleção será usada por toda a delegação, e a ASICS também fornecerá o vestuário de competição para as modalidades de atletismo e vôlei sentado.

“Pela primeira vez, os uniformes do CPB estão sendo comercializados para o público geral. Estamos muito satisfeitos com o resultado e por poder ampliar ainda mais a inclusão no esporte, permitindo que qualquer pessoa possa ter acesso aos uniformes que serão usados nos Jogos Paralímpicos. Isso contribui para a torcida por nossos atletas”, Alexandre Fiorati, presidente da ASICS América Latina.

A coleção foi desenvolvida em colaboração com atletas paralímpicos, desde a fase inicial de design até os testes. De forma única, as peças foram adaptadas com elementos de acessibilidade para garantir que sejam funcionais para as pessoas que vão utilizá-las.

A coleção inclui jaqueta de pódio, moletom, camisetas, camisa polo, regata, bermuda, calça, legging, tênis ASICS GEL™-Pulse 15, mochila, meia, manguito e boné. Todos os itens contam com detalhes de acessibilidade, como mochilas com alça nos puxadores, calças com zíperes na lateral próximo ao tornozelo para facilitar o uso por atletas com prótese, e etiquetas internas em Braille que destacam as cores correspondentes para auxiliar na seleção das roupas.

“Começamos este projeto dos uniformes com acessibilidade para as pessoas com deficiência lá em 2019, e começamos por conta própria, apenas para consumo interno, para uso dos atletas durante as competições. A chegada da ASICS em 2023 como uma das parceiras do Comitê Paralímpico Brasileiro agregou valor na nossa missão de incluir a pessoa com deficiência na sociedade por meio do esporte. É mais uma prova inconteste de que os resultados obtidos pelos nossos atletas nas arenas, quadras, campos e pistas de todo o mundo chamaram a atenção no mercado e induzem diversos setores a mudanças significativas em prol da causa das pessoas com deficiência. Agora teremos a comercialização dos produtos e as pessoas com deficiência terão a oportunidade de trajar os uniformes dos maiores atletas paralímpicos do mundo: os atletas brasileiros”, comentou Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008) e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.