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1 ano sem Walewska: A trajetória e os momentos marcantes da carreira de Wal

Walewska no lançamento da sua biografia "Outras Redes"

Ex - capitã do Dentil Praia Clube, Walewska Oliveira, faleceu em 21 de setembro de 2023, aos 43 anos. Wal era dona de um carisma e um estilo inconfundíveis, e dentro das quadras deixou um legado para gerações.


Trajetória nos clubes

Em sua biografia lançada em 2023, Wal contou que aos 12 anos saiu de casa e pegou um ônibus para realizar um teste no Minas Tênis Clube. Em 1995 entrou para a equipe adulta e lá permaneceu até o ano de 1998, quando migrou para o Paraná Vôlei, time de Bernardinho.




Foi no time paranaense que surgiu a “marca” que tornaria a central ainda mais única no futuro: a pronúncia de seu nome. Para distingui-la da sua companheira Valeska Menezes, o técnico começou a pronunciar o segundo “w” do seu nome, mudando a pronùncia de “Valesca” para “Valeusca”. Foi também no Paraná Vôlei Clube que se tornou campeã da Superliga em 2000.

Durante 7 temporadas a meio de rede passou pela Itália, Espanha e pela Rússia, retornando ao Brasil em 2011, sendo contratada pelo Vôlei Futuro. Em 2014 retornou ao Minas Tênis Clube, onde foi revelada. Em 2019 retornou ao Praia Clube, time que esteve entre 2015 e 2018. Lá permaneceu até se aposentar em 2022.

No voleibol brasileiro, Wal conquistou títulos na Superliga, ganhou o troféu Super Vôlei em 2020 e em 2021 conquistou o tricampeonato na SuperCopa e o bicampeonato no Mineiro feminino.

Passagem pela Seleção Brasileira


Walewska foi convocada para a Seleção Brasileira pela primeira vez em 1998, pelo técnico Bernardo Resende e ano seguinte conquistou medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg. Participou das Olimpíadas de Sydney(2000), competição na qual o Brasil conquistou a medalha de bronze.

Em Atenas 2004 o sonho de repetir o pódio não aconteceu. O Brasil ficou em quarto lugar na competição.

Foi eleita a melhor bloqueadora do mundo em 2008, quando se consagrou tricampeã no extinto Grand Prix. Naquele ano viveu o ápice da sua carreira: nas Olimpíadas de Pequim, esteve entre o elenco que colocou o Brasil no lugar mais alto do pódio.

Em sua carreira pela seleção, Walewska também conquistou títulos em campeonatos Sul-Americanos, Pan-Americanos, Grand Prix e diversos outros, se aposentando em 2008.


A aposentadoria das quadras


A aposentadoria das quadras aconteceu em 2022, na fase de grupos do Sul - Americano de Clubes. A central e então capitã do Dentil Praia Clube jogou pela última vez em uma partida contra o Regatas Lima, do Peru. Após a aposentadoria, o time de Uberlândia prestou uma homenagem a Walewska e eternizou a camisa da jogadora, logo, o número 1 não será mais utilizado por ninguém.


Foto: Eliezer/Praia Clube



Sendo uma referência de liderança dentro e fora de quadra, Wal concedeu, um pouco antes de falecer, uma entrevista ao podcast "Ataque Defesa" e relembrou a vitória em Pequim 2008 e destacou a importância do processo na sua conquista: "Sempre fui muito ligada ao processo. O processo para mim sempre foi muito importante(...) Então quando eu subo no pódio em 2008 e pego a medalha, eu absolutamente lembrei de tudo o que eu fiz, tive que percorrer, quantas vezes eu caí, quantas vezes eu levantei para alcançar aquilo."

A morte de Waleska comoveu a todos que acompanham o vôlei brasileiro e sabem da importância da história e resiliência da jogadora para o esporte. A notícia chegou para a Seleção Feminina de Vôlei quando se preparavam para um jogo contra a Turquia, no Pré - Olímpico. Ao saber do ocorrido, o técnico da seleção feminina, José Roberto disse que "perdeu uma filha" e que Walewska era "excepcional."


 
Foto: Divulgação



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