O Brasil nesta semana estará disputando a fase de grupos da Copa Davis pela primeira vez desde que o seu formato foi alterado. Após vencer Dinamarca e Suécia fora de casa e ambos os confrontos em quadra dura indoor, o Brasil conseguiu a classificação para esta fase tão sonhada. Os melhores resultados do Brasil na competição foram em 1966, 1971, 1992 e 2000 quando alcançou as semifinais e foram eliminados por Índia, Romênia, Suíça e Austrália, respectivamente.
O Brasil está no Grupo A com Itália que jogará em casa na sua sede, a Unipol Arena, em Bolonha, além de Países Baixos e Bélgica. Os dois primeiros times de cada grupo (quatro ao todo) avançam para as quartas de final em fase a ser disputada em Málaga (Espanha) em novembro. O Brasil realizará os seus jogos na quarta-feira (11) diante da Itália, quinta-feira (12) contra a Holanda, e encerrará a sua participação no sábado (14) contra a Bélgica; todos os jogos serão às 10h, horário de Brasília.
Time brasileiro reunido para a Copa Davis. Foto: ITF/André Gemmer. |
O capitão Jaime Oncins convocou os simplistas Thiago Monteiro (76º), João Fonseca (158º), Felipe Meligeni (165º), e os duplistas Rafael Matos (35º) e Marcelo Melo (37º). Anteriormente, Oncins tinha chamado Gustavo Heide (148º), mas na convocação final decidiu por Marcelo Melo para ter uma dupla forte e entrosada, já que ele vem jogando nos últimos meses com Rafael Matos. O paranaense Thiago Wild que até a convocação era o nº 1 do Brasil foi deixado de fora pelo fato de não ter atendido a algumas convocações, sobretudo a última contra a Suécia quando alegou lesão, mas continuou jogando o circuito normalmente, isso não foi bem visto pela equipe e comissão técnica.
Jaime Oncins e os atletas vem dizendo da confiança para os confrontos e que acreditam na classificação. O time brasileiro está bem montado, Monteiro vem de uma boa temporada, embora os melhores resultados tenham vindo no saibro, mas na Davis tem vencido jogos na quadra dura e possui experiência na competição. Fonseca tem tido uma ascensão meteórica e jogando bem na quadra dura, chegando a conquistar o seu primeiro título profissional no piso. Meligeni vem numa temporada mais oscilante, chegando a cair bem no ranking. Nas duplas, o Brasil tem possibilidade de montar 3 duplas diferentes com Matos/Melo e Matos/Meligeni que são duas formações entrosadas, e também Melo/Meligeni.
O Brasil tem chances de classificação, contra a Itália é muito difícil conseguir a vitória, mas contra a Holanda e Bélgica temos reais chances. A Bélgica é o confronto que eu diria que "temos" que ganhar, entramos como favoritos nesse duelo. A Holanda tem bons simplistas e uma convocação em termos de ranking parecida com a nossa, porém, são inconstantes, é um duelo onde não se tem um favorito claro. Nosso fator surpresa é João Fonseca que já arranca olhares de respeito dos adversários, é o tipo de jogador que não vai entrar em quadra com medo. Monteiro em dia inspirado pode arrancar pontos importantes, e temos uma dupla muito forte que se chegarmos vivo nos jogos de duplas, só não entraríamos favoritos contra os italianos.
A tendência por ser muitos jogos e num curto espaço de tempo é que todos os jogadores sejam utilizados de acordo com a estratégia dos técnicos e o desgaste de cada um. Todos os confrontos são decididos em uma melhor de 3 partidas, sendo iniciada com a partida de simples entre os segundos melhores ranqueados, depois mais uma partida de simples entre os melhores ranqueados de cada equipe e finalizando com a partida de duplas, mesmo se o confronto for decidido nas partidas de simples, o jogo de duplas é realizado. As partidas serão jogadas em melhor de 3 sets, inclusive a de duplas.
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